Al Pacino há muito deve uma grande atuação. O ator vêm atuando no piloto automático faz um tempo. Em O informante, na pele do produtor do jornalistíco 60 minutes, Pacino tem um de seus últimos grandes momentos. Novamente colaborando com Michael Mann( assim como em Fogo contra fogo, dois posts abaixo) o ator exercita aqui alguns de seus cacoetes mas também traz muita coisa genuinamente nova.Além do mais o filme é um achado.
O informante dá conta de um caso veridíco. O momento em que se descobre que os cigarros não só viciam, como são fabricados com essa finalidade. Além de um espetacular suspense, o filme também funciona como tese jornalistica. Já que discute questões bem alinhadas ao exercício da profissão. Além de sua história ter como fio condutor a produção de uma matéria.
Robert De Niro já tinha um Oscar quando fez Touro indomável (que lhe daria sua segunda estatueta dourada), mas ainda não era De Niro, com a pompa e prestigio que o nome reluz. Escolhida pelo American Film Institute como a melhor atuação do cinema americano na década de 80, e até hoje lembrada como uma das maiores de todos os tempos,seu trabalho aqui é de uma grandeza que beira a estupidez.
O ator vive de maneira intensa ( perdeu e ganhou peso vorazmente) Jack La Motta, lutador de boxe que vai do céu ao inferno. O filme é sobre essa figura que padece no paraíso e De Niro cobre todos os aspectos e nuanças que careciam de cobertura. O filme, além do mais, é fantástico.Fotografado em preto e branco, tem seu ápice nas lutas belamente coreografadas por Scorsese que na sala de edição conseguiu tornar o belo, brutal.
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