quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ESPECIAL MINHAS MÃES E MEU PAI - Julianne Moore em cinco takes

A parceira de Hugh Grant
Nove meses (Nine months,EUA 1995)

Quem é aquela ruiva que faz par com Hugh Grant (então saído de um grande sucesso da temporada anterior, Quatro casamentos em um funeral)? Essa era a pergunta mais frequente que se fazia em uma sessão de Nove meses. Comédia romântica fofa da Fox, dirigida por Chris Columbus. Embora já ostentasse algumas produções gabaritadas como Short cuts –cenas da vida no currículo, foi nesse filme que Moore chamou atenção para si pela primeira vez. Embora dona de uma beleza exótica, era o talento que clamava à curiosidade.



O surgimento do culto
Boogie Nights – prazer sem limites (Boggie Nights, EUA 1997)

Paul Tomas Anderson exigiu entrega de seus atores em Boogie Nights, filme que se debruçava sobre a industria pornográfica. Julliane Moore foi reconhecida com indicações para o globo de ouro e o Oscar por ter sido, de longe, quem melhor atendeu a demanda do cineasta. Foi aqui, também, que Julianne passou a reunir um séquito de adoradores a seu redor.



Afirmação artística
Longe do paraíso/As horas (Far from heaven, EUA 2002), (The hours, EUA 2002)


O ano de 2002 foi especial para a atriz. Ela adentrou uma seleta galeria que nem Meryl Streep, com que contracenou em As horas, faz parte. Moore foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por As horas e de melhor atriz por Longe do paraíso em que interioriza com astúcia toda a agonia de sua personagem. Mais do que nunca Moore fez uso do gestual para compor uma personagem amargurada pela vida. Apesar da distinção concedida pela academia com a dupla nomeação naquele ano, a atriz não foi mais indicada desde então.

Boa de qualquer jeito
 Leis da atração (Laws of atraction, EUA 2004)

De volta à comédia romântica, agora como atriz consagrada, Julianne Moore provou ser capaz de atrair um público completamente diferente do que a conhece em filmes independentes. Fazendo par com o ex- James Bond Pierce Brosnan, Moore faz uma advogada insegura com charme e sofisticação. Impossível não se divertir com sua caracterização nessa atualizada guerra dos sexos made in Hollywood.

 
Potencializando a cena
Direito de amar (A single man, EUA 2009)

Julianne Moore é daquelas atrizes que dominam uma cena com tanta naturalidade que chegam a nos chocar. Essa era a função dela em Direito de amar. Arrebatar-nos em uma única cena com sua densidade interpretativa. Não por acaso, ela configura esta na melhor cena do filme.

9 comentários:

  1. Ah, acho que você já deve saber, mas, Julianne é uma [acho que é até a primeira..] das minhas atrizes favoritas, talentosa, competente e completamente versátil!

    ResponderExcluir
  2. Boa atriz!!!
    O primeiro filme que vi com ela foi o segundo Parque dos Dinossauros
    hehe
    ...

    ResponderExcluir
  3. Adoro Julianne Moore, lembraria vários outros Ensaio sobre a Cegueira ou Pecados Inocentes. Mas, está uma ótima homenagem.

    bjs

    ResponderExcluir
  4. The Movie Is ALL Right!
    The Actors Are ALL Right! [too]
    Falando sério, é inacreditável a realização deste filme. Tudo bem que estejamos no século 21, e alguns podem dizer que era normal surgir algo assim.
    Mas então por que nunca o pensaram?
    Enfim, Minhas Mães e Meu Pai é a mais pura quintessência da arte de atuar, de fazer filmes, de contar histórias.
    A aparente caricatura dos personagens muito rapidamente desmancha-se...
    Um filme para ser apreciado sempre.
    Como diria Julianne Moore, "queria que fosse gay, assim seria mais sensível".
    Se assim o for, talvez todos tornemo-nos realmente um pouco gay depois deste filme.
    Impossível é passar indelével às suas teias.
    Uma obra-prima!

    ResponderExcluir
  5. Fantástica, Julianne Moore dispensa comentários. Gosto do balanço que ela faz com a sua carreira, embora aceite atuar em cada catálogo que pelamor rs, mas ela sempre tira de letra - como é o caso de "As Leis da Atração".

    Se ela merecia o Oscar em 2003, eu não sei, porque tanto Kidman como Zeta-Jones também estavam ferozes, mas certamente Moore tinha papéis e atuações de grande destaque.

    Ela conquistou a fama pelo talento e não pela beleza ou qualquer outro artifício. E é sorte nossa ter uma atriz tão dedicada e corajosa como ela nessa indústria. Admiro-a demais =)


    abraço, R.! o/

    Pós-première vai ser atualizado com mais frequencia, cara. I promise! rs. Faculdade, maldita faculdade... =)

    ResponderExcluir
  6. Eu assisti apenas os três primeiros filmes da sua lista. Julianne Moore está simpática e eficiente na comédia com Hugh Grant e tem duas grandes interpretações em filmes e personagens tão diferentes, no ótimo "Boogie Nights" e no polêmico "Longe do Paraíso".

    Abraço

    ResponderExcluir
  7. Adoro o trabalho de Julianne Moore, é o tipo de atriz que não chama muita atenção, mas que sempre rende ótimas atuações.

    Só acho uma injustiça que até hoje não tenha se destacado nas grandes premiações de cinema.

    ResponderExcluir
  8. Alan: Eu já sabia!rsrs. Tb é uma de minhas favoritas. Abs

    Marcelo: Até nesse filme ela convence não é mesmo?!rsrs.Abs

    Amanda: A questão desse cinco takes (como de todos os outros) não é sublinhar os melhores trabalhos ou momentos do ator ou atriz em questão, mas momentos significativos em sua carreira a partir do reflexo dos filmes. E acho que deu para mimetizar com os selecionados. Por exemplo, me vi na obrigação de colocar As horas e Longe do paraíso juntos pelo que ambos juntos significaram para Moore naquele ano. Bjs

    Cássio: Gostei do entusiamo. O filme é realmente ótimo. All star, para seguir nos trocadilhos. A crítica vai ao ar aqui em Claquete ainda hj.
    Aliás, gosto de pensar que sou um cara sensível. Imagino que vc tb seja, afinal, gostar e admirar arte, seja ela qual for, exige um componente de sensibilidade. Os incautos confundem essa sensibilidade, mas deixe-os no alto de sua ignorância. Grande abraço!

    ResponderExcluir
  9. Elton: Acho que ela fez de Leis da atração um filme melhor do que seria caso fosse estrelado por uma atriz mais mainstream. Francamente, gostei do resultado. Quanto ao Oscar 2003, não acho que ela era a melhor em nenhuma das categorias, mas também não acho que era Nicole Kidman e Catherine Zeta Jones tb. Abs

    Hugo: Tenho certeza que vc irá apreciar os outros dois tb. Abração!

    Película criativa:Vc disse tudo. Não há o que acrescentar. abs

    ResponderExcluir