segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Crítica - Quero matar meu chefe

Para ver com o chefe!


A comédia americana está cada vez mais fluída e as relações entre a tv e o cinema cada vez mais amistosas. Egressos da tv, Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis já brilham no cinema e Quero matar meu chefe (Horrible bosses, EUA 2011) pode fazer por eles o que Se beber não case fez por Bradley Cooper, Zach Galifianakis e Ed Helms dois anos atrás. O espírito de farra e sátira move os dois filmes. A caricatura calculadamente hiperbólica com que Quero matar meu chefe apresenta alguns personagens se viabiliza como um plus da fita de Seth Gordon. Com um currículo bastante diverso, que vai de documentários como Freakonomics (2010) à direção de episódios de Modern Family e The Office, o diretor mostra-se contido na direção da fita e permite que seu elenco brilhe com improvisações a granel.

Jennifer Aniston e Charlie Day em cena de Quero matar meu chefe: Atores improvisando e se divertindo...


Nesse departamento, Jason Bateman surge como o controlado Nick, um sujeito constantemente humilhado pelo patrão, Dave Harken (Kevin Spacey); Jason Sudeikis faz Kurt que não suporta Bobby Pellitt (Colin Farrell), o filho viciado e preconceituoso de seu patrão que herda a empresa após a morte deste; Charlie Day faz Dale, um tipo histérico que se incomoda com o assédio incessante da dentista para a qual trabalha- vivida por Jennifer Aniston. Jennifer, aliás, está fantástica no papel de tarada. Sem se fazer de rogada na hora de proferir sacanagens. Uma ótima forma de rir de sua persona como american sweetheart. Kevin Spacey é outro que atropela com sua ironia e canastrice. E o que dizer de Colin Farrell sem medo de aparecer careca, barrigudo e histriônico? A participação desses atores ajuda Quero matar meu chefe em seu intento: ser um tremendo sarro.
Jamie Foxx, outro que está hilário, representa outra boa piada do filme que só se anuncia completamente no clímax da fita. Cheio de referências ao universo pop, assumindo sua fonte de inspiração (Pacto sinistro, de Hitchcock) e com extrema capacidade de dosar os pontos altos de seus protagonistas (todos têm chance de brilhar), Quero matar meu chefe é diversão garantida. Das melhores comédias do ano. Tão boa, que não tem perigo em indicar para o chefe.

6 comentários:

  1. Oi reinaldo, tudo bem? estou passando por aqui pra falar que voltei a escrever lá no acento negativo, depois de muito tempo. hehe. depois dê uma passada lá!

    abraços!

    ResponderExcluir
  2. olha, na situação que me encontro, clamo a mesma ânsia que os personagens desse filme rsrs. Mas deixemos isso pra lá.

    Não estreou por aqui, mas vi muitas pessoas divididas. Seu texto foi um dos mais elogiosos que conferi sobre o filme até então. Fico no aguardo.

    abs!

    ResponderExcluir
  3. Reinaldo, pelo seu texto iria hoje mesmo assistir o filme! Pareceu pra mim, que tu viu o filme sem compromisso mesmo, só pelo prazer de rir! Assisto toda comédia assim, por isso acho todas legais!! ehhehehe

    Abraço

    ResponderExcluir
  4. Estou no aguardo para a estreia aqui na minha cidade. Pelo visto, é uma ótima comédia. Quero ver!!

    ResponderExcluir
  5. Ciro: Ok meu velho. Vou dar uma olhada sim. Abs

    Elton: Pois é meu caro. I know what you mean. Bem, as divisões quanto ao filme me parecem fruto de falta de compreensão da proposta da fita. Das duas uma: ou se é uma pessoa muito aborrecida ou não entrou no espírito do filme.(o que dá quase na mesma!)
    abs

    Eri Jr. Pois é meu brother. É preciso ter em mente a proposta da fita na hora de avaliá-la. E Quero matar meu chefe é puro sarro. E faz isso com muita desenvoltura. Portanto, não tem como avaliá-lo negativamente.
    Abs

    Alan: Tu vai gostar.
    Abs

    ResponderExcluir
  6. Eu nem sei qual interpretação eu gostei mais no filme, mas o Collin Farrell barrigudo e careca está impagável!

    ResponderExcluir