quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cenas de cinema

O jeito George de ser
Que George Clooney é um sujeito admirado por quase toda a indústria do cinema (e por quase, fala-se de 99% dela), a gente já sabia. Mas essa admiração cresceu exponencialmente nos últimos dias. Clooney se encarregou pessoalmente de organizar o maior Teleton, com finalidade humanitária, da história. O ator conduziu negociações com emissoras de TV, com empresas de telefonia (para disponibilizar linhas telefônicas), fez o corpo a corpo pessoalmente com astros e estrelas da música, do cinema, da tv e do esporte para que integrassem o espetáculo que foi ao ar, para todo o mundo, na última sexta-feira.
A iniciativa louvável e frutífera, somente durante as duas horas de exibição do show as doações somaram mais de U$ 50 milhões, foi muito bem recebida não só pela comunidade artística, como por toda a comunidade internacional. O próprio Clooney efetivou uma doação de U$ 1 milhão no ar, assim como o fizeram Sandra Bullock e o galã Leonardo DiCaprio.
No dia seguinte, na cerimônia do SAG, os atores e atrizes eram só amor para com George Clooney. Mais do que exaltarem o orgulho de serem atores naquela festa, eles exibiam o orgulho de ter George Clooney entre eles.
Clooney entrega o SAG ao elenco de Bastardos inglórios: 'Por favor, vocês são as estrelas'

Tarantino, eu te-amo
Pode até fazer parte da campanha de viabilizar um Oscar para Tarantino. Mas ao que tudo indica, o diretor e roteirista mais molecão da história do cinema cativa mesmo seus atores. Além das efusivas demonstrações de gratidão de Christoph Waltz, o xodó da temporada de premiações, Tarantino recebeu uma declaração de amor robusta do premiado elenco de Bastardos inglórios, quando este foi declarado o vencedor da categoria no SAG. “Seja você Brad Pìtt, o maior astro da terra, ou um cara que nunca atuou. Tarantino é seu diretor. Se ele acha que você é certo para o papel, ele é seu”, disse um embasbacado Eli Roth.

Diário de sundance
O festival de Sundance está a todo vapor. Foi-se o tempo em que o festival do cinema independente, realizado na gélida Utah, só atraia filmes e estrelas de segundo escalão. Já há algum tempo, a campanha pelo Oscar começa lá (vide os vitoriosos casos de Pequena miss sunshine e Preciosa que estrearam no festival). Nesse ano, o festival idealizado por Robert Redford recebe muitos filmes pequenos estrelados por gente grande. Já desfilaram no tapete vermelho, nomes como Katie Holmes (que divulga o filme The extra man que também conta com Kevin Kline), Ryan Gosling e Michelle Willians (que dividem a cena no filme Blue Valentine) e Kristen Stewart que beija Dakota Fanning no filme The runways. Mas a polêmica da vez (em Sundance sempre têm uma) é o novo filme de Michael Winterbottom, The killer inside me. O filme estrelado por Casey Affleck, Jessica Alba e Kate Hudson, dizem, é violento demais. Mas com tantas estrelas circulando por aí, quem se importa?
Na montagem da esquerda para a direita: a senhora Cruise, Jessica alba e Ryan Gosling e Michelle Willians. Todos desfilaram em Sundance essa semana
O elenco do já badalado The runaways fazendo pose

É amanhã!
Mel Gibson chega amanhã, depois de um hiato de 8 anos, as telas de cinema de todo o mundo. O thriller policial O fim da escuridão tem sido elogiado pela critica americana (obviamente saudosa de um dos mais importantes astros do século 20), mas a curiosidade geral diz respeito a performance de Mel. No filme (já que ele andava meio canhestro quanto a atuar, preferindo dirigir) e nas bilheterias (já que Avatar não parece disposto a largar o osso).
Mel Gibson e sua namorada russa na premiere do filme na noite de ontem em Los Angeles

O samba do crioulo doido das distribuidoras
Sempre foi assim. É verdade. As distribuidoras nacionais sempre bateram cabeça para batizar alguns filmes. Na maioria das vezes saíram-se com os pavorosos Corpo fechado (Olha a macumba aí gente) do original Umbreakable ou Amor sem escalas (Nova novela das oito?) do original Up in the air. As vezes optam por não se comprometer. Como nos casos de Vanilla Sky (já se imaginou indo ao cinema ver Céu de baunilha?) ou 007 – Quantum of Solace (ou uma aventura de James Bond com o infame, um tantinho de conforto?). De qualquer maneira, nada se compara ao que aconteceu recentemente. Primeiro o filme An education (cotado para o Oscar) recebeu o título nacional de Sedução; já que a história versa sobre a sedução de uma jovem por um galanteador. Há cerca de um mês o título foi mudado para o literal Educação. Sem maiores justificativas. Outro caso espantoso foi o do novo drama estrelado por Sandra Bullock. The blind side havia recebido o título óbvio, porém enigmático para o público em geral, de O lado cego. Essa semana a Warner anunciou que o filme, que chega ao Brasil em fevereiro, se chamará Um sonho possível. A pergunta que fica é: Será possível?

Sandra Bullock em cena de Um sonho possível: Alguém pode me dizer qual é o nome do meu filme?

3 comentários:

  1. Realmente Clooney é um ator admirável, assim como tantos outros, pena que em sua maioria a intenção deles é apenas a auto-promoção diante da mídia.
    E sobre o título dos filmes é realmente muito intrigante a maneira com que eles modificam o título, ainda bem que isso raramente acontece com livros, né?
    Bom, desculpe a ausência estava com preguiça. (Risos).
    Sabe o que eu notei, você é irmão da Débora Glioche não é?
    Um beijo, ótimo final de quinta e começo de sexta.

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  2. Esses títulos brasileiros seriam hilários se não fossem trágicos...

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  3. Hayek: Prazer em tê-la aqui novamente. Sim, sou irmão da Débora. De ond evc a conhece?
    Bjs

    Patty: Pois é, vc disse tudo! Bjs

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