domingo, 22 de novembro de 2009

ESPECIAL LUA NOVA - Pílulas de Forks

Hello bíceps!
A frase que Bella dispara assim que bate os olhos em Jacob é exatamente o que pensa a platéia do lado de cá (principalmente a feminina). O ator Taylor Lautner, que a despeito de sua avantajada forma física nesse segundo filme, cumpre direitinho o papel de colírio da vez. Jacob suspira, protege, enfim faz tudo por Bella em Lua Nova e, como já se sabia, leva um pé na bunda. “It´s always been him”. A dolorosa frase de Bella no epílogo de Lua nova no entanto, não deve encontrar eco entre as adoradoras de Edward. Essas sim são capazes de balançar em suas convicções.

Pai babaca!
Tudo bem que Bella seja saidinha e que seu pai não desconfie de metade do imbróglio vampírico que ela está envolvida. Mas peraí, Charlie(Billy Burke) que calha de ser também o xerife de Forks, não deixa de parecer um tanto frouxo. Ele simplesmente não consegue impor limites a sua filha. Pode-se argumentar que isso acontece com todos os pais às voltas com filhos adolescentes, mas eles pelo menos reagem mais energicamente a certas insubordinações características dessa fase. Charlie, infelizmente, leva o troféu de pai babaca da temporada. Há de se ponderar, o que ele faz lá afinal?

Meus cinco minutos
É impressionante o que bons atores são capazes de fazer. Mesmo com pouco tempo,Michael Sheen que vive o líder do clã dos poderosos e temidos Volturi,que se aparece 5 minutos em cena é muito, consegue cativar. Sheen, que já esteve do lado dos lobisomens em Anjos da noite, dá um delicioso toque inglês aos afetados vampiros. Charme e senso de humor que até então não haviam sido engatilhados corretamente por nenhum outro vampiro do filme. Com mais tempo de tela em Eclipse, Sheen deve roubar o filme para ele.

Assumindo a inspiração
Há muitas cenas para garotas suspirarem em Lua nova. Mas uma delas em especial deve ter um efeito cardíaco em muitas adolescentes. Edward ( um super pálido Robert Pattinson) recita um trecho de Romeu e Julieta de Shakespeare com paixão palpável. A angústia de Edward encontra em Shakespeare a mais bela e eloquente tradução.


Ainda os sentimentos
Muito se falou sobre a evolução dos efeitos especiais para esse segundo filme. De fato eles melhoraram sensivelmente. Mas o cerne da história e o que melhor tratamento recebe são os sentimentos desencadeados pelo triangulo amoroso mais badalado de Forks. O diretor Chris Weitz, por sinal, conseguiu ser muito mais bem sucedido nessa área do que muitos imaginavam ser possível.

Ainda os sentimentos II
E o amor não é para principiantes. Em meio a transformações, perda de alma, lobisomens, vampiros, pais inertes, vampiras vingativas e depressão, o amor permanece sendo o inicio, o meio e o fim. Para Bella, significa virar vampira para passar a eternidade com seu amado, para Edward, significa em resistir a essa tola vontade, e para Jacob, significa contorcer-se em sua dor de não ser ele o escolhido. Haja lágrimas.

Sobre atuar...
Todo o elenco parece melhor em Lua nova. Robert Pattinson capricha na cara de dor de barriga. Taylor Lautner se vira nos 30 muito bem, já Kristen Stewart destoa um pouco. Exprimir sentimentos tão dolorosos e intensos realmente não é fácil, mas a atriz exagerou um pouco nas caretas. O minimalismo passou longe das atuações em Lua nova. Mas quem se importa?

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