quinta-feira, 23 de julho de 2009

Critica: Harry Potter e o enigma do príncipe

O novo filme do bruxo, mais adolescente do que nunca, segue o tom estabelecido pelo seu predecessor.Harry Potter e o enigma do príncipe(Harry Potter and the half blood prince, EUA/ING 2009) é o mais visceral possível. É sombrio, o que atende a necessidade narrativa da série que se aproxima do fim, é soturno, pois o mistério e o suspense nunca estiveram tão vitaminados em um filme de Potter, e finalmente, é cuidadoso em retratar como a adolescência se sobrepõe a qualquer magia que seja.
Em O enigma do príncipe, Dumblendore(Michael Gambon em grande forma dramática) se empenha em descobrir o paradeiro e, não obstante, a origem da força de Voldermont. Para tal tarefa, mais uma vez, Dumblendore conta com a ajuda de Harry, cada vez mais ansioso para um confronto mais decisivo contra Voldermont. Ambos se alinham para tentar tirar do professor Horacio Slunghorn(Jim Broadbent) a peça que falta para que o quebra cabeça acerca da origem do poder de Voldermont se encaixe.
O diretor David Yates, a exemplo do que já havia ocorrido no capitulo anterior, demonstra total controle da produção. Extraí boas atuações de seu elenco, inclusive do irregular elenco adolescente, e consegue imprimir um visual arrojado. Valendo-se de uma paleta de cores acinzentadas, o diretor potencializa, através dessa solução simples, o tom sombrio da fita.
Contudo, falta ao Enigma do príncipe o viço dos últimos dois filmes. A impressão que fica é que a história propriamente dita, pouco evoluí. Até mesmo a cena mais esperada pelos fãs e o grande clímax da fita, carece de força dramática. As sugestões para os próximos capítulos diminuem a força do fim do filme, algo que invariavelmente entra na conta de Yates. Mas se aqui ele falha, o grande mérito do diretor é o calor que ele emprega aos jovens de Hogwarts. O esporte. A paquera. Os receios. A timidez. A confiança. O que pode ser observado tanto nas tramas periféricas, envolvendo amores e desamores juvenis, ou até mesmo na linha mestra que envolve Harry e Draco Molfoy. Tudo ganha veracidade e atenção pela mãos de Yates que soube manejar muito bem os sentimentos efusivos de seu trio de protagonistas.
O enigma do príncipe acerta o compasso. O ritmo agora é de guerra. Os próximos filmes( o último livro será dividido em dois filmes) sairão em Novembro de 2010 e Julho de 2011. Yates, novamente, estará a frente dos dois projetos. O destino de Harry Potter e companhia está em boas mãos.

Um comentário:

  1. Não vi ainda.... Mas assisti um filme que vc precisa ver!!! Se é que ainda não viu... "A Partida", é um filme japonês. Olha, eu nunca fui muito fã dos japoneses, talvez tivesse pré julgamentos... Mas aceitei assistir. A fotografia, como era de se imaginar, LINDA!!! Mas o resto tb, o que não era de se imaginar. Trilha sonora perfeita e, eu, especialmente, sem conhecimento de causa, amei o roteiro! Só não me pergunte nomes... não tenho nem ideia!
    BjoCAs

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