quinta-feira, 23 de julho de 2009

Movie Pass

No Movie Pass de hoje,destaco Jogos, trapaças e dois canos fumegantes. Primeiro filme do diretor inglês Guy Ritchie que depois trocaria o aspecto cult pela fama de marido da Madonna, para depois reaver o aspecto deixado para trás com o hit Rocknrolla( já sem Madonna). Mas isso é outra história. Nesse agitado filme do final da década de 90, Ritchie supreendeu meio mundo ao injetar ânimo em um gênero cambaleante. O filme de gangster. Depois do cinema americano esgotar o filão a reboque da trilogia O poderoso chefão era difícil imaginar que viria do cinema independente inglês a obra que revitalizaria o gênero.
Jogos, trapaças e dois canos fumegantes concedeu uma nova aura aos filmes de gansters e consagrou o estilo acelerado de filmar do diretor como um modelo a ser seguido. O próprio, só conseguiu se livrar da arapuca que armou para si esse ano. É dele o aguardado Sherlock Holmes. Sua primeira superprodução e também seu primeiro filme em que não há a remota presença de gangsters.

A seguir o trailer do filme e a minha critica:





A nova onda dos gangsters...

Essa pequena pérola do cinema inglês tem muitos predicados. E o maior deles, talvez seja, a originalidade com que retrata um universo há muito familiar ao cinema de gênero. Os gângsters sempre estiveram presente no desenvolvimento do cinema,enquanto linguagem e mídia, mas poucas vezes tiveram um tratamento diferenciado, poucas vezes foram beneficiados das mudanças e do contexto cultural. O escopo de um filme de gangster parecia engessado desde os anos 30.
Sem dúvida alguma essa é a maior contribuição de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998), pequeno filme independente inglês que ganha o mundo e toda a sua atenção a medida que sua carreira internacional avança.
O diretor Guy Ritchie, a mais quente revelação do cinema atual, investe em uma narrativa pop e estilosa, faz bom uso da música e de enquadramentos que fogem do clássico e do solene. Investe em uma paleta de cores variada, em personagens marginais, em uma verborragia alucinante e faz um filme com ironia. Mas com pegada mesmo. Um filme de gangster que não deixa de ser vibrante. É mais vibrante em razão disso.
A história é banal. Três amigos, que contraem uma dívida de pôquer, tem uma semana para levantar o dinheiro, senão estarão mortos. Os juros da divida são absurdos, tais como os tipos que aparecem na tela. Ritchie tem o mérito de até mesmo na cena mais violenta, fazer piada. Ele não se leva tão a sério e exige que seu público faça o mesmo. Jogos, trapaças e dois canos fumegantes é daqueles filmes que fazem uma revolução silenciosa. É um filme simples, bem engendrado, sem grandes valores. Contudo, adicionou novas digitais no gênero. Filme de gangster daqui para frente será comparado com esse daqui.

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