terça-feira, 14 de julho de 2009

Finalmente a critica do Movie Pass!

Em busca da Liberdade


O livro reportagem sobre a vida do jovem Christopher McCandless sempre fascinou Sean Penn que, finalmente, transformou o livro em filme. Na natureza selvagem (Into the Wild, EUA 2007) é um filme apaixonado. Comprometido com a idéia de jogar luz sobre a história do jovem que após se formar em uma prestigiada universidade abandona a civilização para uma viagem sem volta rumo ao Alasca, Penn evita o paternalismo tão caro a produções que se esmeram em fatos reais e recentes.
O diretor oxigena a jornada de Chris(Emile Hirsh) que se rebatizou com o libertário nome de Alexander Supertramp, com a bela música de Eddie Vedder. A trilha sonora realizada pelo líder do Pearl Jam é de uma suavidade e sensibilidade ímpares. É ela que conecta o expectador ao estado de espírito do protagonista. É sem dúvida alguma, um valioso uso da trilha sonora como elemento narrativo.
Penn também mostrou discernimento na escolha do elenco. Emile Hirsch apresenta uma performance devotada como o jovem inconformado que parte para a grande aventura de sua vida. Penn escala grandes atores para cruzar o caminho de Chris, mas o grande destaque recaí sobre Hal Harbrook. O veterano ator é o último personagem a se cruzar com Chris e é também o mais poderoso de todos. Harbrook vive um homem soterrado em sua dor. Que vê em Chris, por mais de uma razão, a força redentora dessa dor.
Na natureza selvagem não é um filme memorável. Talvez seu aspecto lúdico, sua introspecção, sua moral evasiva desviem qualquer avaliação de seu foco. Mas é justamente esse o filme imaginado por Penn. Um filme que não só falasse da busca pela liberdade, mas que a emulasse em cada fotograma. Do ponto de vista da realização, Na natureza selvagem é um triunfo. Enquanto experiência visual é riquíssimo. Sonoramente é estimulante, no entanto, é como se o todo não fizesse jus as partes. Como diria um personagem: "O importante não é o destino é a jornada".

2 comentários:

  1. Ah, Reinaldo, nem me fala. Eu chorei na cena de despedida de Chris e o personagem de Hal, é mesmo emocionante. Ou melhor dizendo, o filme inteiro é emocionante!
    Ótima resenha! xD

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  2. Obrigado Alan. Valeu mesmo por prestigiar minha resenha. ABS

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