quarta-feira, 29 de maio de 2013

Qual Bond seria melhor?


Tudo indica que Sam Mendes irá retornar como o diretor do 24º filme de 007. Mas, enquanto o contrato não é finalmente assinado, os produtores vão mantendo sondagens a um punhado de diretores que surgem como possibilidades para assumir a cadeira de diretor.
A imprensa americana veiculou na última semana os nomes do dinamarquês Nicolas Winding Refn, dos ingleses Tom Hooper e David Yates e do taiwanês Ang Lee como nomes no radar da EON, MGM e Sony, estúdios responsáveis pela série junto aos produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccolli. Com alguns desses nomes, inclusive, já se estaria negociando.
São todos nomes de qualidade e que, certamente, fariam filmes interessantes. Mas a abordagem de Bond e de seu universo seria diferente nas mãos de cada um deles. Mas qual faria o melhor Bond? A cinefilia, às vezes, encontra eco na divagação.
David Yates, por exemplo, é um homem de estúdio. Já provou eficiência na condução de grandes séries inglesas, foi o responsável pelos últimos quatro filmes da franquia Harry Potter, e seria o candidato ideal para rodar um filme de colaboradores. O outro inglês da lista, Tom Hooper, seria uma escolha inusitada. A princípio, sua menção se resumiria ao fato de ser britânico e à intenção de manter o controle criativo de Bond em terra bretã. Uma reflexão mais dimensionada, no entanto, mostra que Hooper é o tipo de diretor clássico que possibilitaria um desenvolvimento coerente da série a partir do ponto em que o também britânico Sam Mendes a deixou. Tanto Mendes quando Hooper vêm do palco londrino, cresceram com o personagem como referência inglesa e de masculinidade e demonstraram perícia técnica em suas incursões no cinema. Seguro dizer, portanto, que a opção por Hooper, assim como Mendes, vencedor do Oscar por seu primeiro longa-metragem, visaria reproduzir os efeitos da escolha pelo diretor de Beleza americana. Ang Lee seria uma escolha corajosa. Principalmente pelo fato de que Hulk, o único blockbuster essencialmente blockbuster da carreira do cineasta ficou aquém das expectativas da indústria e de grande parte do público. Mas seria uma escolha compatível com a fase de Bond ensejada por Operação skyfall. Lee é um cineasta sensível que consegue aliar alma à cenas de ação – como provado em O tigre e o dragão. Mas é sua capacidade de trabalhar com luz e sombras sobre os personagens que faz de Lee a melhor opção entre as aventadas para assumir 007
 
Lee e seu Oscar por As aventuras de Pi: ele poderia finalmente levar Bond aos prêmios
 
Nicolas Winding Refn seria uma aposta até certo ponto incoerente. Os produtores já disseram que não dariam um 007 a Quentin Tarantino por entender que a linguagem não bate. Então porque dariam a Refn, diretor tão estilizado quanto Tarantino e até mais esteta? Não faria sentido contratá-lo apenas para censurá-lo. De qualquer jeito, seria o Bond mais insuspeito e original – ainda que fosse um filme ruim.

3 comentários:

  1. Por favor, Tom Hooper, não, hehe. Acho que ficaria surpresa, mas seria interessante ver Ang Lee nessa.

    bjs

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  2. Desses aí, Lee tb seria minha primeira escolha. Até preferiria ele a repetir Mendes na direção.
    Bjs

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  3. Adorei a matéria, bom, você bem sabe que adoro a franquia James Bond. Interessante o nome do Ang Lee, Refn e Yates na roda, agora realmente, faço coro a Nanda, Hooper não!!! Seria um desastre!

    No fundo acho que eu quero o Sam Mendes de volta.

    Abs.

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