domingo, 26 de maio de 2013

Insight - 50 tons hollywoodianos



De vez em quando um projeto suscita muito interesse nos bastidores de Hollywood. Não há projeto que se adeque melhor a essa noção do que "50 tons de cinza". Os produtores ligados ao projeto não têm pressa. A pré-produção já vigora há quase um ano. A Focus Pictures, braço do cinema independente da Universal, já detém os direitos de adaptação desde meados de 2012. De concreto, apenas a roteirista Kelly Marcel. Ela vem da TV e seu primeiro roteiro é do ainda inédito Saving Mr. Banks. Kelly foi anunciada em outubro do ano passado. Desde então, nenhuma outra novidade concreta surgiu na pré-produção do filme. O processo de casting tem sido mais longo do que o habitual; assim como a escolha de um diretor. Essa aparente hesitação só tumultua o noticiário cultural que faz pipocar boatos sobre quem está na dianteira para assumir as principais cadeiras de "50 tons de cinza" no cinema. A direção, o papel de Christian Grey e o de Anastasia Steele.
Bledel e Bomer em pôster feitos pelos fãs
Há atores se oferecendo ao papel, caso dos atores Stephen Amell (mais conhecido pela série de TV "Arrow") que vazou que negociava com a produção do filme e Alex Pettyfer (de Magic Mike) e há atores que refutam todos os esforços da produção – como seria o caso de Emma Watson.
A mais recente onda de boatos dá conta de que Matt Bomer, o favorito de muitos fãs tanto nos EUA como no Brasil pode, enfim, ser o Christian Grey do cinema. Há, na verdade, uma fan page no Facebook que pede para que o ator seja o escolhido e indica a atriz Alexis Bledel (de filmes como Recém-formada e Sin city- a cidade do pecado) como a “Anastasia Steele” dos sonhos.
O último nome aventado para a direção foi o de Joe Wright. De acordo com reportes da Variety, a opção por Wright se daria por ele já gozar de um bom relacionamento com o estúdio. Gus Vant Sant, que já havia se oferecido para dirigir o último capítulo de Crepúsculo – dividido em dois filmes – voltou a se oferecer para ser o diretor de um fenômeno pop literário com forte apelo junto ao público jovem. Ainda não se sabe se sua reivindicação surtirá algum efeito.
Tanto Wright como Van Sant seriam boas escolhas, mas talvez fossem escolhas aborrecidas. Wright por seu academicismo exacerbado, ainda que detenha vigor no enquadramento do feminino (tão bem emulado por ele em obras como Desejo e reparação e Anna Karenina), e Sant por sua tendência de “problematizar” um produto que vive para ser entretenimento. Cineastas como Jane Campion, Adrian Lyne e mesmo Paul Verhoeven talvez fossem melhores opções. Se a ideia é surpreender, boas pedidas seriam Anne Fontaine, Atom Egoyan, Cristian Mungiu ou Roman Polanski. Mas é improvável que qualquer um desses nomes seja considerado ou aceite a proposta.

Joe Wright dirige Keira Knightley nos bastidores de Anna Karenina: ele já disse não a 50 tons de cinza

Wright, envolvido em outros dois projetos, já disse que não tem agenda para fazer o filme. Mas tudo é negociável em Hollywood. A escolha do diretor, no entanto, é algo que habitualmente antecede o casting.
A boataria sugere que os atores não devem ser celebridades do primeiro escalão. O que já cortaria nomes como Ryan Gosling, James Franco e Jake Gyllenhaal da bolsa de apostas. Matt Bomer não deixa de ser um bom nome, mas assim como seu rival mais lembrado – Iam Somerhalder – fraqueja nos dotes dramáticos. Mila Kunis é muito sensual para o papel de Anastasia. Watson seria a escolha perfeita, mas ela parece hesitante. A escolhida deve vir da TV. Enquanto essas definições não chegam, e não se sabe ao certo até que ponto essa demora tem a mão da autora E.L. James no zelo de sua cria, a fogueira das vaidades hollywoodiana vai ardendo.

Um comentário:

  1. Ian Somerhalder seria perfeito para o papel de Christian Grey, mas acho dificil escolherem ele.

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