segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Movie Pass - Um homem sério

A seção Movie Pass desse mês destaca um filme que acabou de estrear nos cinemas brasileiros. O novo filme dos irmãos Coen, Um homem sério (A serious man, EUA 2009), porém, já é cult por natureza. Como o é toda e qualquer obra dos cineastas que miram a América com sua verve criativa e subversiva.
Com duas indicações ao Oscar 2010 (filme e roteiro original), o filme mostra a história de um homem, membro diligente de uma comunidade judaica, que sem mais nem menos tem sua vida virada do avesso. É vitima de suborno e sabotagem no trabalho, sua mulher exige o divórcio porque se apaixonou por outro (e ela age em relação a isso como se fosse a coisa mais natural do mundo), um irmão invejoso e encostado não lhe dá trégua, tão pouco os filhos...
A vida de Larry (vivido pelo bom e comedido Michael Stuhlbarg) é tomada literalmente por um tsunami. Aliás, um terremoto funciona como uma metáfora eloquente em uma das cenas do filme, cuja critica pode ser conferida no post abaixo.
O novo filme dos Coen não é fácil. Exige familiaridade com a linguagem do cinema dos irmãos e, mais que isso, disposição para rir da desgraça junto com eles.


2 comentários:

  1. É um filme muito bom que exige silêncio e atenção. Eu mesmo pensei que não tinha entendido nada, no fim, quando ouvi Somebody to Love. Mas parei para pensar um pouco, e as coisas começaram a fazer sentido, desde a parábola inicial, até a cena final. De fato, é um filme para poucos, e tem mais, quem começou a gostar dos Irmãos vendo "Queime depois de ler", vai passar a odiá-los.

    Abraço!

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  2. Pois é Santiago. Os irmãos Coen dominam essa seção Movie Pass aqui do meu blog(que é destinada a filmes cult).Já foram destaques aqui O homem que não estava lá, Queime depois de ler e O grande Leboswki. Chegou a vez de Um homem sério. Na minha opinião, o filme mais hermético da dupla. Concordo com vc quanto ao tom de comédia. Aqui a ironia é bem menor do que em Queime depois de ler. O sarcarsmo é mais seco. Pode parecer apenas semântica, mas não é.
    E Somebody to love diz tudo. No inicio e no fim.ABS

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