sábado, 31 de março de 2012

Em off

Nesta edição de Em off, o charme de fazer um filme sobre a produção do filme mais famoso de Hitchcock; as parcerias que ainda vão dar o que falar no cinema nos próximos dois anos; a verdade por trás do “fracasso” de Os homens que não amavam as mulheres; o cinema brasileiro dizendo a que veio e ela, a Musa Claquete eleita pelos leitores do blog.

Parcerias que ainda vão dar bons frutos no cinema
Já se sabia que a parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio ainda renderia outros projetos. Ambos estavam ligados à cinebiografia de Frank Sinatra, projeto que parece estar em encubação, e The wolf of Wall Street, autobiografia do corretor da Bolsa de Nova Iorque Jordan Belfort. A notícia é que este último será o próximo projeto que unirá a dupla. As gravações começam no segundo semestre, possivelmente em outubro. Será a quinta colaboração entre Scorsese e DiCaprio. As outras são Gangues de Nova Iorque (2002), O aviador (2004), Os infiltrados (2006) e Ilha do medo (2010).
Inspirado por essa boa nova, Claquete listou algumas parcerias entre cineastas e atores que renderão bons frutos nos próximos anos.

 1- Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling preparam Only God forgives para aproveitar o culto a Drive; 2 - Lars Von Trier quer que Charlotte Gainsbourg seja sua ninfomaníaca no filme de mesmo nome; 3 - Steve McQueen já disse que não sabe fazer filme sem Michael Fassbender e o ator estará em 12 years a slave; 4 - Martin e Leo rumam para a quinta colaboração em The wolf of Wall Street; 5-  Pablo Trapero não resistiu aos encantos de Ricardo Darín e o chamou para seu novo filme, Elefante blanco

Steve McQueen e Michael Fassbender
Com Shame ainda impregnado na mente cinéfila é impossível não salivar pelo novo filme de Steve McQueen. 12 years a slave é a adaptação da autobiografia de Solomon Northup, homem que foi sequestrado e feito escravo por doze anos no século XIX no exato período em que os EUA rumavam para a abolição da escravatura. Além de Fassbender, o filme terá Brad Pitt e Chiwtel Ejiofor no elenco. As filmagens ainda não começaram, mas a previsão de estreia é para dezembro deste ano.

Nicolas Winding Refn e Ryan Gosling
Drive foi meio que um acontecimento. Cult instantâneo que provocou no diretor dinamarquês e no ator canadense um encantamento mútuo. Only God forgives, uma história de crime e violência passada na Tailândia, marca a segunda colaboração da dupla. Se depender de Winding Refn, de acordo com suas declarações à revista Total Film, a segunda de muitas. A fita também tem estreia marcada para o final de 2012 nos EUA.  

Lars Von Trier e Charlotte Gainsbourg
Outro diretor dinamarquês que não abre mão de trabalhar com uma atriz que parece disposta a explorar seus limites nos filmes dele. Após AntiCristo e Melancolia, Charlotte Gainsbourg é a única atriz confirmada no elenco de Nymphomaniac, filme que abordará a sexualidade feminina e que, segundo o próprio Von Trier, será pornográfico. Atores pornôs, ainda não especificados, integrarão o elenco também. Ainda não há previsões oficiais a respeito do lançamento do filme.

Pablo Trapero e Ricardo Darín
O intenso e surpreendente Abutres foi mesmo o início de uma relação promissora. Além da esposa Martina Gúsman, que também estava em Abutres, o diretor Pablo Trapero escalou Ricardo Darín, ator fetiche de outros cineastas argentinos, para Elefante blanco. O filme, com lançamento previsto para maio nos cinemas argentinos, conta a história de dois padres argentinos e uma assistente social que tentam resolver os problemas de uma favela argentina. Drama? Comédia? Quem se importa?


Hitch vive
Está mobilizando Hollywood um projeto independente e de um diretor desconhecido sobre a feitura de um dos principais filmes de um dos diretores mais reconhecidos de todos os tempos. Alfred Hitchcock and the making of Psycho tem como objetivo recriar o momento profissional e pessoal que vivia o cineasta à época da produção de Psicose, no final da década de 50.
O projeto está provocando verdadeiras caravanas de estrelas interessadas em participar. Já estão certas as participações de Scarlett Jonhansson, Anthony Hopkins, James D´Arcy, Danny Houston, Helen Mirren, Jessica Biel e Michael Stuhlbarg. A atriz Toni Collette deve ser outra adição a ser confirmada em breve. O diretor Sacha Gervasi deve lançar esse filme, desde já para lá de hypado, em 2013.


Heleno e a evolução do cinema brasileiro

Está em cartaz nos cinemas de todo o país a cinebiografia Heleno. Conhecido por muitos como o craque maldito do Botafogo, Heleno de Freitas é tido como o primeiro “astro problema” do futebol brasileiro – tão exímio na produção dessa espécie. O filme de José Henrique Fonseca apresenta Rodrigo Santoro na pele de Heleno. Mas o filme tem outras atrações que ratificam a evolução do cinema nacional sob a perspectiva temática e, também, em aspectos técnicos. O filme é fotografado em um preto e branco vistoso, com assinatura do papa Walter Carvalho. É um registro histórico de uma época bastante específica, os anos 40, e o trabalho de direção de arte é muito valorizado.
Além das próprias pesquisas realizadas por Fonseca e Santoro que tanto oxigenam o filme e a figura biografada. Essa perícia, e o interesse em exercitá-la, era algo que faltava ao cinema brasileiro.
Xingu é outro filme com lançamento iminente. Com estreia marcada para 6 de abril, o filme de Cao Hamburger com produção de Fernando Meirelles e sua O2, é o que se chama por aí de épico. Com filmagens em locações grandiosas, com grande número de figurantes e um tema tão espinhoso quanto apaixonante como a criação da reserva indígena que dá nome ao filme. Billi pig, atualmente em cartaz nos cinemas brasileiros, a despeito de sua qualidade, é uma reverência às pornochanchadas brasileiras que marcaram uma era representativa do cinema do país. Selton Mello, que estrela Billi Pig, alcançou no fim de 2011 sucesso comercial e crítico com O palhaço, filme que tão bem concilia o autoral com o comercial.
São demonstrações de que o cinema brasileiro está cada vez mais encorpado, arrojado e pulsante. É uma boa notícia.     


Fracasso?
A MGM divulgou nota oficial informando que o filme Os homens que não amavam as mulheres, versão americana da primeira parte da trilogia Millennium, não rendeu ao estúdio os dividendos esperados. Com orçamento de U$ 90 milhões, a fita rendeu internacionalmente cerca de U$ 231 milhões (esse número ainda pode sofrer ajustes). Acontece que é um co-produção com a Sony e o lucro tem que ser rachado na mesma proporção dos investimentos. No mesmo comunicado, o presidente da MGM, Gary Barber, admite estar considerando alternativas para a produção dos filmes restantes com alterações orçamentárias e a possibilidade de mudança de parceiro. Mais do que descontentamento com o rendimento do filme de David Fincher, o que parece incomodar mesmo a MGM é o lucro da Sony com direitos que pertencem ao estúdio imortalizado com o leão. Vale lembrar que desde a bancarrota  da MGM, a Sony tem sido parceira ativa da MGM, inclusive, bancando a distribuição doméstica (nos EUA) da série 007. A MGM, no entanto, está associada a Warner para a produção de O hobbit, outra série com potencial para “azular” as contas do estúdio. Os homens que não amavam as mulheres, voltado para um público adulto, com censura 18 anos e uma longa metragem não foi um fracasso, foi um senhor sucesso, apenas se vê envolto em politicagens de bastidores.

Natalie Portman é Musa Claquete!

Foram 40 votos. Uma disputa intensa pelo título de Musa Claquete. E a israelense naturalizada americana Natalie Portman foi a escolhida pelos (e) leitores para se juntar a Kate Winslet na galeria, ainda em formação, de musas do blog. Foram 17 votos que consagraram a vitoriosa. Kristin Scott Thomas ficou na segunda posição com nove votos. Penelope Cruz, que obteve sua segunda derrota, ultrapassou Marion Cotillard nas últimas horas para ficar com a terceira posição. Bem vinda Natalie.

4 comentários:

  1. Já ansiosa com esse filme sobre Hitchcock. Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio também ainda me empolgam juntos.

    Fracasso de Os homens que não amavam as mulheres chega a ser um afronta a nossas bilheterias, hehe, que como você bem ressaltou amadurece a cada dia. E vida longa à musa do Claquete.

    bjs

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  2. Não sei se acho muito bacana essas eternas parceiras entre diretor e um determinado ator. Acho que isso pode ser interessante, mas, ao mesmo tempo, pode limitar o diretor, que fica sem explorar outros atores que podem ser igualmente bons. Mas vamos conferir o que vem por aí.

    Quando a Natalie Portman, é mesmo um grande atriz, acho que vai nos surpreender muito ainda.

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  3. Também fiquei bastante interessado nesse filme sobre Hitchcock e Psycho... um dos meus diretores preferidos!

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  4. Amanda: E quem em em sã consciência não fica ansioso com esse filme sobre o Hitch? rsrs. Bjs

    Luís: É... tudo tem suas vantagens e desvantagens, né? De maneira geral, eu sou um entusiastas dessas parcerias.
    abs

    Bruno Knott:Somos dois meu caro, somos dois...
    Abs

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