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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 5

Item 22 - So you think you can dance (melhor musical)
Moulin Rouge – amor em vermelho. Sem pestanejar. O musical de Baz Luhrmann não só revigorou o apreço pelos musicais no cinema como demonstrou fôlego e inventividade na forma como o fez. A fita é apaixonante. Os números musicais, uma extravagância. Os personagens são os mais perfeitos arquétipos românticos a ter vez nos cinemas e Luhrmann demonstra firmeza na misè-en-scene. Contudo, o que mais impressiona em Moulin Rouge é a originalidade dos mashups propostos que juntam David Bowie, Elton John, Madonna, U2, entre outros.



Item 23 - Melhor DR

Poderia citar alguma cena de um filme e são muitas as ótimas cenas a embarcar drs. Das mais explosivas (como Clive Owen e Julia Roberts em Closer) às mais sutis (Jake Gyllenhaall e Heath Ledger em O segredo de Brokeback Mountain), mas momentaneamente a melhor indicação me parece ser Namorados para sempre. O filme inteiro é uma DR que consegue ser apaixonada e desapaixonada ao mesmo tempo. Vai lidar com uma dicotomia dessas.


Item 24 - Melhor par romântico

Julia Roberts e Richard Gere? A dama e o vagabundo?Rock Hudson e Doris Day? Leonardo DiCaprio e Kate Winslet? A bela e a fera? Nenhum deles! Sou muito impressionável em matéria de casais cinematográficos. Vivo variando meus preferidos. O melhor que posso fazer é apontar o que mais me cativa no momento: Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway em Amor e outras drogas.

Química, beleza, sensualidade... Jake e Anne merecem o seu voto!


Item 25 - Meu Vilão Favorito nos Filmes

Não tem jeito. Ninguém tem vilões como Batman. Por mais tentador que possa ser apontar Darth Vader ou Hannibal Lecter, o ensandecido e, ainda assim, incrivelmente genial coringa de Heath Ledger em Batman - o cavaleiro das trevas é uma imagem da qual não se pode desvencilhar. 


Item 26 - Unha e Carne (Melhor Amizade)
São muitas as amizades que nos comovem no cinema. Mas, talvez, a que mais tenha me marcado é a que une Martin Riggs (Mel Gibson) e Roger Murtaugh (Danny Glover) na franquia Máquina mortífera. Quando você desarma uma bomba com teu amigo na privada, é sinal de que a amizade chegou a níveis irrevogáveis.

Riggs e Murtaugh já passaram por poucas e boas na quadrilogia  Máquina mortífera

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Crítica - Amor e outras drogas

A droga do amor


O grande mérito de uma fita como Amor e outras drogas (Love and other drugs, EUA 2010) é ser plural e multifacetada e se apresentar como um clichê riponga. Esse mérito qualitativo talvez explique o fracasso da fita na bilheteria americana onde arrecadou pouco mais de U$ 30 milhões (o equivalente a seu orçamento, configurando, portanto, um prejuízo).
A fita de Edward Zwick tem muitos objetivos: satirizar a indústria farmacêutica (uma vilã moderna e representada como tal em filmes como O jardineiro fiel), fazer uma comédia que atraia tanto o público masculino quanto o feminino (mistura-se o nascedouro do viagra a fórmula “boy meets girl”) e desvelar uma história de amor de fundo dramático (em que uma doença degenerativa, no caso o mal de Parkinson, se impõe ao sentimento).

Carisma e graciosidade: Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway são os responsáveis pelo bom fluxo do novo filme de Edward Zwick


É um alento, do ponto de vista narrativo, o que se consegue em Amor e outras drogas. O filme é uma graça (do ponto de vista da comédia romântica), cínico (do ponto de vista da sátira) e eficiente (do ponto de vista da carga emocional que pretende com seu arco principal). Conta muito para o sucesso da fita seu par de protagonistas. Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway confirmam o carisma crescente que vêm apresentando nas recentes produções que estrelaram e são os fiadores do projeto audacioso de Zwick: fazer uma comédia mais sofisticada e sem se ater especificamente a convenções de gênero. Isso não quer dizer que Amor e outras drogas evite os clichês, apenas os abraça por trás, digamos assim. A primeira solução de Zwick ao voltar ao romance (dirigiu um único exemplar em 1986, Sobre ontem a noite, quando ainda era um diretor em formação), foi fazer com que o sexo se parecesse menos com cinema e mais com a vida real. “Você diz fuck o tempo todo”, diz o personagem de Jake Gyllenhaal para o de Anne em certo momento. Essa sem vergonhice dá respaldo ao filme; que se apresenta como malicioso e, embora essa condição possa afastar um ou outro puritano, não se trata de um filme maldoso.
Jamie Randall (Gyllenhaal) e Maggie (Hathaway) vivem as voltas com drogas (medicamentosas, que fique claro). Seja por ofício ou necessidade, essa idiossincrasia cotidiana é parte de quem eles são, mas não os define. É no amor que eles vão encontrar a droga definitiva. Aquela dependência que pode ser a resposta para o vazio que sentem. É uma solução conservadora, esbravejarão alguns mais interessados na sátira. É mesmo. Mas ainda é a melhor solução disponível. Que o diga o sucesso do viagra!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Filme em destaque: Amor e outras drogas

Filme pseudofilosófico
Edward Zwick dirige um casal de muita química em Amor e outras drogas, fita que obteve um par de indicações ao Globo de ouro e que Claquete explica porque é um filme que foge das convenções de gênero


É de se estranhar, à primeira vista, o nome de Edward Zwick como diretor de Amor e outras drogas, filme que chega esta sexta-feira (28 de janeiro) às telas de cinema do país.
Mas Amor e outras drogas, diferentemente do que o título pode sugerir (nome original providencialmente mantido pela distribuidora nacional), não é uma comédia romântica. Pelo menos não em termos convencionais. E isso ajuda a entender porque o diretor de épicos como O último samurai (2004) e Um ato de liberdade (2007) e dramas pretensiosos como Nova Iorque sitiada (1995) e Diamante de sangue (2006) se interessou pelo projeto. “É sobre pessoas as voltas com uma infinidade de questões pseudofilosóficas”, filosofou o diretor em depoimento ao site Collider.com. É por isso que Zwick optou por queimar etapas. “Escolhi Jake (Gyllenhaal) e Anne (Hathaway) porque eles já haviam provado ter química antes e isso era importante para o filme”. O diretor alude ao fato de que os protagonistas de Amor e outras drogas contracenaram (e também fizeram sexo de mentirinha) em O segredo de Brokeback Mountain.
Baseado no livro "Hard sell: a evolução de um vendedor de viagra" (não editado no Brasil), o filme mostra como Jamie Randall, um boa pinta que se desvirtuou da carreira familiar (no caso a medicina) se apaixonou, se deu bem nos negócios e teve uma epifania existencial. Não necessariamente nessa ordem.

Jamie em ação: ele sabe como vender pílulas azuis e fisgar mulheres, mas não estava preparando para os dilemas do coração



Chama a atenção em Amor e outras drogas a forma modernosa que o sexo é apresentado. O filme se passa em meados dos anos 90, quando a internet ainda era embrionária e o viagra radicalizava os ganhos da indústria farmacêutica. Os dois protagonistas, ainda que com motivações diversas, são entusiastas do sexo casual e receosos dos desmandos do coração. É do bifurcamento entre a modernidade sexual (aventada na figura da milagrosa pílula azul) e a tradicional busca pela completude no outro que Amor e outras drogas tira sua força. Zwick, emulando o vendedor convencido vivido por Jake Gyllenhaal em seu filme ainda acrescenta um dado curioso: “Ao compor as cenas de sexo, tive como referência alguns filmes como O último tango em Paris e 9 canções”. Como se fosse preciso né, Zwick?