quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Em off

Nesta edição de Em off, o que Viggo Mortensen tirou da experiência de viver Freud no cinema; George Clooney e suas preferências cinematográficas em 2011; como Woody Harrelson quer voltar ao Oscar; o possível retorno do eterno galã Warren Beatty aos cinemas; as alegrias e tristezas de ser Sarah Jessica Parker e os resultados das últimas enquetes promovidas pelo blog.


O melhor Almodóvar recente...
Foi uma eleição tranquila. Apesar de Volver não ter suscitado paixões à época de seu lançamento, o filme de 2006 venceu a enquete promovida por Claquete para saber qual era o melhor filme recente de Almodóvar na opinião do (e)leitor do blog. A fita foi seguida de perto por Má educação e o novo A pele que habito.


O Polanski favorito
Quem ainda não leu a resenha que o blog fez da mais completa, embasada e corajosa biografia sobre Roman Polanski pode lê-la clicando aqui. Quem leu e votou em seu filme favorito do franco polonês pode comemorar. O cult O bebê de Rosemary venceu com sobras. A fita de terror psicológico estralada por Mia Farrow ainda impressiona os espectadores e, em breve, será tema da seção Claquete repercute. O pianista, Busca frenética e Lua de Fel brigaram arduamente pela segunda posição que acabou ficando com o filme que valeu o Oscar a Roman Polanski.


Os filmes favoritos de George Clooney no ano
Ainda estamos em novembro e Hollywood já se prepara para conceder o segundo prêmio especial a George Clooney pelo fantástico ano de 2011. E a Oscar season ainda nem começou efetivamente... Depois do prêmio no Hollywood Gala Awards, o ator será honrado no Palm Springs Festival.
Clooney, em uma rodada de entrevistas promovida pelo jornal Los Angeles Times, foi questionado sobre seus filmes favoritos da temporada. O ator apontou o francês The artist, que distribuído pela Weinstein Company já suscita algum buzz para o Oscar, e O homem que mudou o jogo, filme estrelado por Brad Pitt e originalmente chamado Moneyball.
Para Clooney, o filme francês mudo e em preto e branco, e a fita de baseball que não é sobre o esporte são as duas produções mais humanas e que melhor exprimem o sentido da sétima arte em 2011. Os brasileiros poderão concordar (ou não) com Clooney a partir de janeiro – quando as respectivas fitas devem ser lançadas no país.


E por falar em George Clooney...
Não é de hoje que o ator é o favorito de muita gente, mas essa condição tem suscitado situações, no mínimo, inusitadas. Quem não se lembra da demorada escolha para o papel de Frank Sinatra na biografia que Martin Scorsese fará do mito americano? DiCaprio, conforme esperado, acabou vencendo a disputa que reunia gente como Chris Pine. O interessante é que era George Clooney o favorito de Nancy Sinatra para viver o pai na biopic. A queda de braço entre a principal herdeira do clã e a Paramount, que considerava Clooney velho demais para o papel, acabou com o protegido de Scorsese escolhido para viver o ícone americano. Porém, a biografia segue estagnada. Oficialmente, o roteiro está sendo reescrito, mas a verdade é que o desacordo sobre o protagonista pode ter levado à falência do projeto. Não surpreenderia se daqui a cinco ou seis anos o projeto voltasse a circular por Hollywood sem Scorsese ligado a ele. O diretor, que atualmente lança Hugo nos cinemas, já está desenvolvendo outros três projetos – dois junto a DiCaprio – e nenhum deles é a bio de Sinatra.
Na última semana, circulou pela internet que George Clooney estaria interessado em interpretar Steve Jobs na adaptação cinematográfica que a Sony irá fazer da biografia recém-lançada. Na verdade, Clooney foi uma sugestão do autor Walter Isaacson ao estúdio. Não há nada definido a respeito deste filme ainda. O que há de mais encaminhado, conforme Claquete já havia antecipado, é a possível contratação de Aaron Sorkin (A rede social) para roteirizar o longa.


O retorno de Warren Beatty


Vira e mexe surgem boatos sobre o retorno de Warren Beatty, um dos grandes de Hollywood, ao cinema. Afastado das telas desde a piada de um tom só Ricos, bonitos e infiéis (1999), o marido de Annette Bening, vencedor do Oscar de melhor diretor por Reds, ensaia um retorno em grande estilo. Beatty costura nos bastidores a possibilidade de dirigir e estrelar um filme sobre Howard Hughes, aquela figura tão apaixonante quanto odiosa vista em O aviador, épico clean de Martin Scorsese. Segundo apurou o site Deadline, no entanto, não se trataria de uma biografia, mas sim de um recorte sobre a vida amorosa de Hughes.
E Beatty sonha grande. Entre os nomes aventados para estrelar a fita estão o da mulher Annette Bening, do amigo Jack Nicholson e de Andrew Garfield, Shia LaBeouf, Rooney Mara, Amber Heard e Evan Rachel Wood.


Freud explicou
Viggo Mortensen assumiu o papel de Sigmond Freud em Um método perigoso, o aguardado filme de David Cronenberg, após a desistência do austríaco Christoph Waltz- escalado originalmente para o papel. “Antes de me preparar para o personagem, pensava que ele era muito sério, reprimido, magro, acadêmico e sem senso de humor. Aprender que ele não era assim foi o mais divertido, declarou o ator à agência Efe. A experiência mais vívida extraída dos sets de sua terceira colaboração com Cronenberg (as outras duas foram Marcas da violência e Senhores do crime) foi de que é preciso saber viver. “Ele (Freud) era um bon vivant. Não devemos nos levar a sério demais. Essa era uma ideia que eu já tinha, mas foi reforçada com minha experiência nesse filme”, declarou Mortensen.
Um método perigoso tem lançamento previsto para janeiro e é mais um dos filmes cotados para o próximo Oscar.



O que Sarah Jessicar Parker tem e o que ela nunca terá
Sarah Jessica Parker volta as telas de cinema brasileiras neste final de semana como protagonista da comédia Não sei como ela consegue. Essa é a primeira aparição de Sarah em um filme desde a ultrajante sequência de Sex and the city. Na fita, ela vive uma executiva que se divide entre o trabalho e a vida de esposa e mãe. O humor é trabalhado a partir dos conflitos que se erguem dessa bifurcação. Para a fashionista Sarah, trata-se de um papel até certo ponto impensável: mãe e esposa em uma comédia de inegável apelo familiar, ainda que mais orientado para o público feminino. A guinada remete Sarah ao início da carreira em que estrelou filmes como Medidas extremas (1996), Marte ataca (1996), Ed Wood (1994) e Lua de mel a três (1992).
De lá para cá, Sarah se viu na condição de ícone fashion e de expressão de feminilidade contemporânea. Infelizmente, esses predicados a prejudicaram como atriz. Com um timing cômico por vezes ruidoso e essencialmente dependente de uma boa direção, Sarah não parece capaz de contornar as más impressões que levanta quando protagoniza um filme. Com Pierce Brosnan e Greg Kinnear lhe servindo de apoio, sua mais recente investida se materializou em outro fracasso de bilheteria nos EUA.
A tristeza aí contida é que Sarah tem capital suficiente para que roteiros sejam aprovados com o seu nome, mas falta-lhe talento para fazer com que esses roteiros, geralmente banais, se transformem em filmes minimamente agradáveis.

Sarah e Greg Kinnear em cena do filme que estreia nesta sexta (25) no país: deixando o lado fashion um pouco de lado...



O jeito Woody Harrelson de atuar
Se você perguntar quem são as cinco pessoas mais bacanas do show business hollywoodiano, ouvirá respostas e nomes variados. No entanto, há uma probabilidade muito alta de o nome de Woody Harrelson constar da maioria, senão todas as respostas.
Com visual caipirão e estilo relaxado, Harrelson não aparenta ser o grande ator que é. Com mais de 70 produções no currículo, esse americano de 50 anos já possui duas indicações ao Oscar. A primeira foi em 1996 por O povo contra Larry Flint, filmaço de Milos Forman. A segunda veio há dois anos pelo intenso O mensageiro. É com o diretor deste último, Oren Moverman, que Harrelson volta a colaborar em Rampart, um tenso thriller policial em que vive um tira corrupto, racista e extremamente violento.
O trailer de Rampart, o leitor confere abaixo e um perfil detalhado de Woody Harrelson será publicado na próxima semana no blog.



4 comentários:

  1. Nossa e não é que o blogger está aqui firme e forte... Saudades Ass:Anny

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  2. Hehehehe, eu tinha votado em Volver! Por mais que Almodóvar tenha ótimos filmes e melhores que Volver, este filme é intrigante e consegue, realmente, envolver. Muito... amor, sabe?

    Do Polanski eu também prefiro O Bebê de Rosemary (filme que eu votei também). Gosto de O Pianista, mas nada se compara com o terror estrelado pela Mia... Mas, estranho... Esses foram os únicos filmes que eu vi do diretor. Nunca fui muito fã de Polanski.

    Espero que este cinebiografia sobre Howard Hughes saia. Tem tudo para ser um excelente filme, ainda mais com este elenco!

    Nunca fui com a cara (literalmente) de Sarah Jessica Parker, mas sei que é pouco de birra sem noção que sinto dela... Talvez eu até dê uma chance e veja esta comédia romântica... Quem sabe.

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  3. Belo post "on" Reinaldo! Sempre conectado e ligado nas notícias da sétima arte do entretenimento e ainda dando um resumo semanal do Claquete.

    Legal a enquete do Almodóvar. Eu lembro de ter votado em Carne Trêmula, o Almodóvar que mais mexe comigo em termos cinematográficos com ótimas referências ao cinema de Buñuel, mesmo apreciando mais Má Educação, Fale Com Ela e o clássico Tudo Sobre Minha Mãe (aliás, belo texto seu abaixo!) só não gosto de "A Pele" mesmo como já discutimos.

    Este novo filme do Harrelson me parece bom. Gosto do ator que hoje esta lindamente canastrão (Zumbilândia é uma delícia). Adoro "Assassinos Por Natureza" que em breve irei postar e o ótimo "O Povo Contra Larry Flynt". Um ator soberbo nestes papéis.

    Tb aprecio Warren Beatty, um vetereno de tantos clássicos que já demorou demais para voltar. No aguardo e curioso.

    Abraço.

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  4. Anny: Saudades aqui tb!
    Bjao

    Alan: Mas vc só viu dois filmes dele Alan?! Tem que correr atrás... rsrs. O homem é discutível, mas o artista é genial!
    Pois é, eu acho que esse novo da Sarah Jessica Parker é daquele tipo inofensivo. A conferir!
    Abs

    Rodrigo Mendes:Valeu Rodrigão!
    Pois é, essa eleição era só sobre os Almodóvars recentes, portanto, não tinha "Carne trêmula". Mas certamente, se tivesse, venceria a eleição. Tb o acho superior aos filmes que competiam. Tb estou ansioso por "Rampart" e gosto muito do Harrelson. Baita ator e sabe tirar um sarro como ninguém!
    Abs

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