segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Crítica - Eu queria ter a sua vida

Manjado, mas funcional...

Não é exatamente uma novidade o mote da troca de corpos no cinema. De Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan até Tony Ramos e Glória Pires, a fórmula já foi usada a exaustão. Há de se questionar, portanto, o que Eu queria ter a sua vida (The change-up, EUA 2011) pode apresentar de novo. A resposta seria um belo nada. A fábula moral que David Dobkin, cujos créditos incluem Penetras bons de bico (2005), desenrola em nada difere das que o espectador já viu, por exemplo, no nacional Se eu fosse você. Os dois pontos que tornam Eu queria ter sua vida ligeiramente mais original e divertido são frágeis, mas estão lá. O primeiro é Jason Bateman. O ator continua no topo de seu jogo no cinema. Ainda que, assim como Ben Stiller e Vince Vaughn, apresente variações do mesmo personagem, o ator consegue envolver a platéia e é justamente em Eu queria ter sua vida que ele sai um pouco de sua zona de conforto. O outro ponto a favor do filme de Dobkin é que o roteiro, assinado por Jon Lucas e Scott Moore, explora bem a ideia de “tirar férias da própria vida”. Algo que, francamente, ocorre a todo mortal uma vez ou outra.
Bateman vive Dave Lockwood, um advogado um tanto ressentido de sua vida estressada. Ryan Reynolds vive Mitch Planko, um playboy irresponsável que conhece Dave dos tempos de faculdade. Em uma noite, após se aliviarem em uma fonte enquanto externavam a admiração que tinham um pelo outro, trocam de corpos. A partir daí os clichês se avolumam e o espectador já sabe o que esperar. Mas não dá para negar que algumas boas risadas e outras um tanto forçadas irão nos guiar até o final dessa brincadeira manjada, mas que ainda funciona.

5 comentários:

  1. Pois é, divertido, sem grandes inovações e como você resumiu: funcional.

    bjs

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  2. Pra mim foi o pior filme em 2011 que assisti no cinema. Previsível, clichê, paspalhão e mal feito. Cheio de erros de continuidade e uma proposta esdrúxula.

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  3. Amanda: that´s it!
    Bjs

    Anderson Siqueira: Acho que vc viu muita coisa boa no cinema este ano, ou poucos filmes... não sei. Acho que esse tipo de filme, vc já manja pelo trailer, cartaz... Acho difícil ter uma experiência tão frustante com um filme com essa proposta como vc teve...
    abs

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  4. Não dava para esperar mais do que isso num filme com essa temática.
    Dá pra se divertir pelo menos..

    João Linno

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  5. O endereço tem lugar é ótimo, eu acho que é um filme muito engraçado, mas não devemos rotular o diretor David Dobkin como alguém que se dedica exclusivamente a comédias, um exemplo é o juiz, um filme com um enredo excelente é listado como um drama, é altamente recomendável.

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