sexta-feira, 17 de setembro de 2010

ESPECIAL WALL STREET - O DINHEIRO NUNCA DORME: O legado de Wall street - poder e cobiça




O ano era 1987. Hollywood ainda não estava, pelo menos assumidamente, entregue as caixas registradoras das bilheterias e Oliver Stone era o cara que tinha feito o mundo se resignar com a guerra do Vietnã (com o filme Platton) no ano anterior. Wall Street era um frisson ainda distante. Uma ideia que ainda não tinha forma na cabeça do cidadão médio. A globalização e suas vicissitudes capitalistas eram matéria para ensaístas e teóricos e não costumavam ser pauta em produções voltadas para o cinemão. Mas Stone e o roteirista Stanley Weiser resolveram subverter essa lógica. Wall Street –poder e cobiça realinhou a forma como Hollywood via Wall street e vice versa. Ajudou também no boom da bolsa de valores, que em meados da década de 90 se tornou um fenômeno irreversível.
Gordon Gekko e seu bordão “a ganância é boa” tornaram-se modelo para toda uma geração de corretores e operadores da bolsa e o filme se tornou referencial para toda e qualquer produção que abordasse as entranhas do capitalismo, mesmo que não fosse ambientada no universo da bolsa de valores.
Outra influência notável do filme diz respeito ao ceticismo com que os yuppies são enxergados pela sociedade. Houve até mesmo filmes que tentaram repercutir essa noção, como Primeiro milhão (Boiller room, EUA 2000) em que um grupo de jovens se mira nos “mandamentos” de Gordon Gekko para fazer dinheiro fácil. Literalmente.
Não foi o filme de Stone que fez Wall Street tão nociva quanto a percebemos. A fita apenas descortinou essa realidade, ainda que a tenha revestido de charme e fascinação.
Crédito da foto: Vanityfair.com

4 comentários:

  1. Eta, que a contagem regressiva tá grande, heim? hehe. Espero que Oliver Stone não nos decepcione.

    bjs

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  2. Reinaldo, como em ' A Origem' você faz ótimas pílulas de um filme antes da estréia. 'Wal Street' é a melhor espera da penúltima temporada do ano. Difícil ser decepcionante.

    Acho que vai funcionar muito na tela Michael Douglas ensiando Shia. Tanto na ficção quando na arte de ser ator.

    Abraços
    Rodrigo

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  3. Que belo especial, Reinaldo!
    Parabéns!

    Se Milton Santos apreciava o Cinema, tanto quanto a Geografia, e assistiu ao Wall Street de 1987, certamente que desejaria estar vivo para assistir a sua continuação...

    ...e que não nos decepcione a todos!

    Abração, meu caro!
    ;)

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  4. Amanda: e o especial continua semana que vem. Fique por perto! Sei que vc está meio ressabiada com essa sequÊncia, mas eu estou otimista. bjs

    Rodrigo:Grande Rodrigo. Obrigado pelo reconhecimento. Penso como vc. Depois desse, espero avidamente por A rede social. Abs

    Cássio:rsrs. Obrigado meu amigo. E semana que vem o especial continua. Segunda-feira tem uma reportagem sobre o segundo filme aqui em Claquete. abs

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