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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Momento Claquete #33

 Oscar 2013

Jack Nicholson é o penetra na festa de George Clooney, Grant Heslov e Ben Affleck, produtores premiados por Argo 

Adele, que não desgrudou de seu Oscar, bate um papo com Richard Gere: fãs mútuos? 

Daniel Day Lewis e Meryl Streep posam para os fotógrafos no backstage do teatro Dolby 

Anne Hathaway e Jennifer Lawrence posam para as lentes da revista Entertainment Weekly 

Anne Hathaway em momento "vamos cair essa ficha?" no backstage do teatro Dolby 

Robert De Niro e Bradley Cooper compartilham um momento de descontração durante a cerimônia do Oscar 

George Clooney e Denzel Washington posam para uma foto que foi parar no instagram da Academia

Jennifer Lawrence faz cara de "me poupe" e se pronuncia graficamente no backstage do teatro Dolby

Laços de família: Se Summer Phoenix viu seu irmão Joaquin perder a disputa de melhor ator, seu marido, Casey Affleck, testemunhou a consagração de seu irmão, Ben, no Oscar 2013 

Catherine Zeta Jones prestes a dançar All that Jazz dez anos depois de tê-lo feito pela primeira vez no Oscar 

Joseph Gordon-Levitt e Daniel Radcliffe foram parar no Instagram 

Natalie Portman, no after party da Vanity Fair, provocou boatos de uma nova gravidez. Será?


Fotos: Just Jared, Entertainment Weekly, reprodução/Instagram, Vanity Fair

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Crítica - A negociação


Thriller inteligente e sofisticado

Não é de hoje que os thrillers financeiros rendem bons filmes. Nos últimos anos tivemos a sequência de Wall Street, Poder e cobiça (2010) e Margin Call – o dia antes do fim (2011) abrilhantando esse subgênero cada vez mais reluzente. 2012 parece ser o ano de A negociação (Arbitrage, EUA 2012). Surgido no festival de Sundance deste ano, o filme tem a felicidade de ostentar a melhor atuação da carreira de Richard Gere, que aos 63 anos já tem uma carreia com pelo menos 40 anos. Não é pouca coisa. Mas o filme de estreia na direção de Nicholas Jarecki não merece ser lembrado pelo rótulo (já lisonjeiro) de melhor trabalho da carreira de Richard Gere. O filme tem muito mais a apresentar. Filho de corretores de Wall Street, Jarecki escreveu o roteiro de A negociação e foi buscar financiamento para o filme. A proposta é mais ousada do que a trama que move Margin call, por exemplo, a qual seu diretor e roteirista J.C  Chandor detém referencial semelhante ao de Jarecki.
A negociação acompanha de muito perto uma semana decisiva na vida de Robert Miller (Gere). Um magnata do mundo financeiro que, como muita gente em Wall Street, perde dinheiro com investimentos megalomaníacos. Para reaver as perdas de uma aposta errada, Miller tenta vender sua empresa enquanto disfarça o rombo financeiro com dinheiro emprestado e movendo fortunas de um fundo para outro de maneira a ludibriar auditorias independentes indispensáveis para aquisições desse porte. A pressão estoura de vez quando ele se envolve em um acidente automobilístico, fatal para sua amante, e escapa da cena que passa a ser automaticamente de um crime. Em seu encalço, um detetive com bom faro para tipos escorregadios vivido por Tim Roth. Ao relacionar a tensão oriunda da negociação envolvendo o império financeiro de Miller à investigação da qual ele é alvo, Jarecki poderia facilmente se perder. Não é o que ocorre. A negociação ganha estofo dramático e se costura em um thriller francamente claustrofóbico.

Gere brilha como Robert Miller, um leão de Wall Street que não se enxerga como tal

A visão de mundo de Miller, em suas distorções inebriadas pelo poder, é outro ponto forte do filme. O confronto entre a moral usual e aquela esfumaçada pela condição de Miller é um dos desagravos de A negociação enquanto obra cinematográfica. Não que o filme seja moralista ou moralizante. Longe disso! A negociação é um thriller inteligente e sofisticado que torna a iluminar um mundo que sempre nos provoca um misto de fascinação e asco, mas que a cada incursão nos surge mais humano. Nesse sentido, Richard Gere é um providencial ás. Carismático e charmoso, ele alcança aqui efeitos similares ao obtido por Michael Douglas no primeiro Wall Street. Mas com um diferencial. Ele compõe seu Robert Miller como um homem que se vê como um homem bom, levado pelas circunstâncias; diferentemente do Gordon Gekko de Douglas.
Gere dá relevo à consternação emocional de seu personagem e permite que o público se identifique com um homem bastante peculiar em suas particularidades. Um tour de force que congrega sutileza e expressividade.
Enfim, a negociação entre Gere e A negociação, o filme, rende frutos a ambos. Mas, no limiar, é mesmo Gere quem se sai melhor desse sedutor negócio.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Oscar Watch 2013 - O sobe e desce na corrida pelo Oscar


Com dezembro chegando ao fim e o anúncio dos indicados ao Oscar a menos de 20 dias de nós mortais, Claquete elaborou um painel com o sobe e desce da vigente temporada de premiações. Quem ganhou força e quem desidratou depois de toda a movimentação que já houve? Quais os filmes e artistas que assumiram a dianteira na corrida por uma vaga no Oscar? Confira!

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   Lincoln
O grande filme da temporada, pelo menos em musculatura. Lincoln pode até não ter o número de prêmios já conquistados por A hora mais escura, mas suas bases vão se construindo de maneira muito mais sólida na temporada de premiações com forte presença no SAG, Critic´s Choice Awards e Globo de ouro.

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         Daniel Day Lewis

Tudo começou quando a Time lhe colocou na capa e sacramentou “o maior ator do mundo”. Daí para o favoritismo absoluto na temporada de premiações foi um pulo. Poucos creem que ele não vá papar prêmios a torto e a direito nessa temporada e, possivelmente, alcançar a marca de Jack Nicholson entre os atores com três Oscars.

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O mestre
O filme começou uma campanha demolidora no Festival de Veneza. Outros bons filmes americanos que chegaram ao oscar fizeram o mesmo, como O segredo de Brokeback Mountain e Boa noite e boa sorte em 2005 e O lutador em 2008. No entanto, o filme de Paul Thomas Anderson esbarra em um tema ainda mais polêmico, e certamente mais hermético, do que cowboys gays. O filme ainda tem sólidas chances no Oscar, mas é indubitável o fato de que elas diminuíram consideravelmente.

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John Goodman
Com três boas aparições em 2012, o veterano e querido ator reunia condições de receber de seus pares um reconhecimento nesta temporada de premiações. Mas se o SAG não alçou seu nome às chances reais de indicação ao Oscar, é muito difícil que isso ainda aconteça.

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Mark Boal

O roteirista vencedor do Oscar por Guerra ao terror se vê no centro de uma polêmica com o governo americano. Congressistas andam chiando porque Boal teria tido acesso a documentos confidenciais sobre a operação que culminou na morte do terrorista Osama Bin Laden. Na onda do hype, Boal e a diretora Kathryn Bigelow têm dito que fizeram um filme jornalístico a respeito, mas ainda assim uma peça de ficção. Certo é que essa polêmica toda coloca Boal como favorito ao Oscar de roteiro original.

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Javier Bardem
Público e crítica reagiram com perplexidade a performance de Javier Bardem como vilão de 007 em Operação Skyfall. Imediatamente surgiram comentários sobre prêmios, mas todos dentro daquela margem de segurança. Pois bem, com as indicações para o SAG e o Critic´s Choice Awards, a indicação ao Oscar de ator coadjuvante passa a ser uma possibilidade bastante palpável. Seria mais um feito notável para o espanhol que conquistaria sua terceira indicação ao prêmio da academia em seis anos.

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Os miseráveis
O filme ainda não estreou nos EUA, mas vai chegar com menos pompa do que se imaginava. Não que tenha sido um fracasso em matéria de indicações a prêmios, mas as críticas divididas e predominância em categorias técnicas no Critic´s Choice Awards subtraíram um pouco da força do filme na temporada.

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David O. Russell
O seu filme, O lado bom da vida, está bem na fita. Mas Russell, em parte por ter sido indicado recentemente ao Oscar e em parte por competir com uma comédia contra dramas elogiados, pode ficar de fora da disputa pelo Oscar de direção. O que abalaria terminantemente as chances de seu filme na temporada.

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         Nicole Kidman

Ninguém falava dela antes da semana das indicações ao Globo de Ouro e SAG, prêmios aos quais a atriz australiana foi nomeada. Em parte pelo fato do filme que estrela, The paperboy, ter dividido a crítica. Agora, Kidman é presença quase certa entre as indicadas a atriz coadjuvante.  

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           Bradley Cooper
E quem segura Cooper? Depois de um dezembro de muitas menções, indicações e alguns prêmios. O ator é presença praticamente certa entre os cinco melhores do ano no Oscar. Muita gente dada como favas contadas deve ir ao evento. Mas para aplaudi-lo.

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Indomável sonhadora
O “independente do ano” pode ficar pelo caminho. Por não ser elegível para o SAG, seus atores não são sindicalizados, o filme perdeu um precioso apoio (dos atores, ora) na busca por uma indicação ao Oscar. Pode ser que entre, já que o Oscar agora tem sua principal categoria mais dilatada, mas já entrará em baixa.

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      Amour

O filme venceu o prêmio da crítica de Los Angeles e todo mundo em Hollywood fala de Michael Haneke entre os diretores. Fato é que poucas vezes um filme estrangeiro teve tanto apelo para figurar com substância nas principais categorias do Oscar. O artista, mezzo francês, mezzo americano, não conta.

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O impossível
O filme vem ganhando um insuspeito suporte de algumas figuras centrais da Hollywood atual como Angelina Jolie, Reese Whiterspoon e Colin Firth. Em comum, os três tem a defesa de que o filme merece ser lembrado no Oscar. Naomi Watts já é praticamente certa entre as atrizes, mas o filme vestiu de vez a carapuça de azarão em outras categorias. Até mesmo de melhor produção do ano.

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Quentin Tarantino
Se a recepção a Django livre tivesse sido a maravilha que foi a de Bastardos inglórios, a presença de Quentin Tarantino no Oscar já seria incerta. Como a reação ao filme foi bem morna, dá para imaginar o drama. O mais provável é uma vaguinha entre os roteiristas e olhe lá. O peso do Globo de Ouro e do Critic´s Choice Awards em matéria de Tarantino precisa ser relevado. Afinal, eles são fãs do cara!

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Roger Deakins

Em nove indicações, Deakins nunca levou um Oscar. É um dos maiores perdedores da categoria de direção de fotografia. Quem diria que o habitual colaborador dos Coen poderia levar sua aguardada estatueta por um filme de 007, o auge da inadequação na categoria? É mais ou menos isso que está pintando...

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  Ang Lee
O cineasta, dos mais talentosos e sensíveis em atividade no cinema, tem muitos fãs na indústria americana. E As aventuras de Pi tem impressionado as pessoas certas. Lee pode ser o quinto elemento entre os diretores e conquistar sua terceira indicação na categoria por um épico espiritual em 3D.

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     O voo
Um legítimo blockbuster de outono, o filme estrelado por Denzel Washington que marca o retorno do diretor Robert Zemeckis aos filmes live action, tem feito boa carreia nas bilheterias. Esse fato pode impulsionar o filme para além da praticamente certa indicação de seu protagonista.

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Matthew McConaughey
The paperboy, killer Joe, Magic Mike... muito tem se falado do brilhante ano de McConaughey, mas a candidatura do ator não emplacou. Apesar de lembrado no Spirit Awards e no Critic´s Choice, dificilmente o marido de Camila Alves terá forças para chegar ao Oscar.
                               
Robert De Niro
Apesar da presença no SAG, a ausência de De Niro entre os concorrentes ao Globo de ouro de ator coadjuvante pode ter consequências nefastas para o ator. Afinal, ele já é um patrimônio do cinema americano e muitos podem preferir nomear um ator que ainda não seja uma instituição.

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Richard Gere         
O ator pode se beneficiar da indicação no Globo de ouro. A bem da verdade, desde que A negociação foi exibido no festival de Sundance de 2012, uma indicação para Gere já era comentada. Favoritos se estabeleceram e ele ficou meio esquecido. O Globo de Ouro pode ter resgatado seu nome no momento certo. Vale lembrar que Gere nunca foi indicado ao Oscar. Essa “incorreção” pode contar a seu favor.

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Rachel Weisz

O mesmo raciocínio aplicado a Gere. Só que poucos a consideravam uma concorrente legítima por Deep blue sea até o círculo de críticos de Nova Iorque anuncia-la como a melhor atriz de 2012. O Globo de ouro, que indicou-a ao prêmio, pode fazer por ela o que fez por Rooney Mara no ano passado.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Oscar Watch 2013 - O ano dos esquecidos ou dos favoritos?




Existem muitas particularidades na vigente corrida pelo Oscar, uma delas confronta personalidades queridas pela academia e outras frequentemente negligenciadas por esta. O Oscar 2013 será de quem? Dos favoritos como Daniel Day Lewis, Steven Spielberg e, mais recentemente, Tom Hooper e Kathryn Bigelow, ou dos frequentemente esquecidos Ewan McGregor, Leonardo DiCaprio, Quentin Tarantino e John Goodman?
A teoria mais fácil de abraçar indica que os favoritos devem prevalecer. O que ajudaria, portanto, a definir a parada na corrida em algumas categorias chaves. Que ator seria indicado por Argo? Alan Arkin ou John Goodman? Arkin já provou prestígio junto aos acadêmicos antes e pode se valer deste para prevalecer sobre o colega de elenco que também apresentou outros sólidos trabalhos no ano como em O voo e Curvas da vida. Entre os diretores, por exemplo, será que Quentin Tarantino voltaria à disputa por um filme com críticas divididas? Como serão os critérios, por exemplo, para Tom Hooper, cujo Os miseráveis também dividiu a crítica? Será possível os dois entrarem? Tarantino é cult e, em certa perspectiva, poderia ser tomado como um favorito da academia. Afinal, com apenas seis filmes no currículo já ostenta duas indicações para o Oscar de direção e outras duas como roteirista. No entanto, não é segredo que seu cinema não tange a muitos membros da academia. Já Hooper sai-se incrivelmente bem com quem geralmente desgosta de Tarantino. Ainda que agrade a muitos outros também com seu classicismo. Steven Spielberg, que ficou de fora ano passado, mas viu seu questionado Cavalo de guerra selecionado entre os melhores filmes, é nome certo entre os diretores. Resta saber se o hermético e genioso Paul Thomas Anderson, sempre um diretor elaborado e sofisticado demais para os padrões da academia, será lembrado por O mestre. Helen Mirren (Hitchcock), uma realeza de verdade, conseguirá no peso do nome impor sua candidatura às muito mais elogiadas Emmanuelle Riva (Amour) e Naomi Watts (O impossível), essa que há muito já merece uma segunda indicação ao Oscar. E seu parceiro de cena, Ewan McGregor finalmente será indicado como coadjuvante? A academia optará por conceder a sexta indicação da carreira de Denzel Washington (O voo) ao invés de destacar pela primeira vez Richard Gere (A negociação)?  
Daniel Day Lewis (Lincoln) ganhará seu terceiro Oscar na categoria de melhor ator ou a academia privilegiará o ingrato Joaquin Phoenix (O mestre)?

Quentin Tarantino voltará à disputa pelo Oscar de direção ou a academia lhe relegará apenas à disputa por roteiro?


O Oscar de coadjuvante ficará mesmo entre as queridas Sally Field (Lincoln), Anne Hathaway (Os miseráveis) e Nicole Kidman (The paperboy) ou teremos alguma novidade? E o bonitão Matthew McConaughey poderá ser lembrado depois de um ano de ótimos trabalhos ou Tommy Lee Jones (Lincoln) e Philip Seymour Hoffman (O mestre) não lhe darão oportunidade?
Michael Haneke, diretor genial e sensível e eternamente importante para a história do cinema, será lembrado pelo Oscar pela primeira vez pelo multipremiado Amour?
Mais do que em qualquer outra temporada, a atual corrida pelo Oscar se inscreve como um confronto mordaz entre os favoritos da academia e os frequentemente esquecidos por ela. É um combate interessante que pode produzir um cenário inovador, multifacetado e mais justo dentro da inescapável injustiça que toda a temporada de premiações fomenta.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

TOP 10 Especial: Discursos/Monólogos do cinema

6 – “You gotta give them the Razzle Dazzle”, Richard Gere em Chicago

Espera-se de um bom advogado que ele seja capaz de reverter desvantagens. De fazer o ruim parecer bom. De convencer uma audiência de que o culpado é na verdade a vítima. O mecanismo dessa arte de ludibriar é belamente devassado em Chicago. O musical de Rob Marshall tem muitas cenas esplendorosas. Sejam pelo vigor visual, pela exacerbação técnica ou pelo sentido matador que apresentam. As vezes tudo isso junto. Como nessa cena em que o advogado cafajeste vivido por Richard Gere explica a sua cliente, uma assassina desequilibrada emocionalmente (Renée Zellweger) como ele irá manipular o júri, a mídia, e todos os demais componentes desse teatro social que é o tribunal do júri.
Pode-se argumentar que a percepção de Billy Flynt (Gere), além de moralmente condenável, é um tanto ultrapassada e repetitiva. Mas é infalível. Os cânones sociais e da cultura de celebridades são balançados enquanto Gere sapateia com voracidade. Para se ter sucesso em Chicago, ou qualquer outro lugar, é preciso dar o Razzle Dazzle.


sábado, 13 de março de 2010

De olho no futuro...

Nolan fala!
Com a ansiedade, de público e crítica, pelo novo filme do Batman estourando e a responsabilidade pela reimaginação do Superman no cinema, o peso sobre os ombros de Christopher Nolan não deve estar mole. Mas ao site Latino Review, para o qual falou sobre os dois projetos em entrevista exclusiva, o diretor mostrou entusiasmo. Nolan disse que “sabe como fazer certo” e que ele e David Goyer (roteirista) estão trabalhando em uma história sensacional para o homem de aço. Sobre Batman, o diretor alertou que o terceiro filme será épico e que, justamente por isso, deverá ser o último. “O cinema não funciona como as HQs. É bom ter um fim em mente”, advertiu Nolan que avisou que seu irmão, Jonathan, está trabalhando no roteiro do filme.


Sem Daniel San
Karatê kid fez parte da vida de quem foi criança ou adolescente nos anos 80. O clássico que trazia o desajeitado Daniel San e o calmo sr. Miyagi rendeu quatro filmes. O último estrelado por uma então desconhecida Hillary Swank. Na febre oitentista que acometeu Hollywood (Rambo, John McLane e Rocky Balboa já voltaram, sem falar nos brinquedos de Transformers e comandos em ação), um remake de Karatê Kid já está pronto para sair do forno. Com Jackie Chan e o filho de Will Smith, Jaden Smith, a frente do elenco, o novo filme que por um breve tempo os produtores negaram que se tratasse de um remake do clássico dos anos 80, aproveita o mesmo mote do original. Atualiza a história e globaliza o elenco. Dirigido por Harald Zwart (do quase engraçado A pantera cor de rosa 2), o novo Karatê Kid estréia, nos EUA, em junho .

Jack ensina Jaden a arte de fazer filmes com Chris Tucker... ops


Edgar J.Hoover na mira de Eastwood
E Clint Eastwood não quer saber de parar de trabalhar. O diretor está finalizando a pós-produção de seu novo filme, Hereafter, protagonizado por Matt Damom e roteirizado por Peter Morgan (roteirista de A rainha e Frost/Nixon), e já discute seu próximo projeto. Clint acaba de assumir a direção de um filme, ainda sem título, sobre a vida de J.Edgar Hoover, um dos articuladores e patronos da criação do FBI (a polícia federal americana). A produção será de Brian Grazer e Ron Howard que já produziram Eastwood em A troca e o roteiro (que já está pronto) é de Dustin Lance Black, roteirista oscarizado por Milk – a voz da igualdade.
Hoover recentemente foi retratado de maneira caricatural por Michael Mann em seu Inimigos públicos. Na ocasião, o patrono do FBI foi vivido pelo ator Billy Crudup.


De volta ao habitat
Antoine Fuqua, diretor do intenso Dia de treinamento, volta a abordar a relação de policiais com a corrupção, em Atraídos pelo crime (Brooklyn´s Finest). O filme, que estreou no fim de semana passado nos EUA, traz no elenco Richard Gere, Wesley Snipes, Don Cheadle, Will Patton e Ethan Hawke (que trabalhou com Fuqua em Dia de treinamento). Depois de reimaginar a lenda do rei Arthur no filme estrelado por Clive Owen e colocar Bruce Willis na Nigéria para resgatar Mônica Bellucci em Lágrimas do sol, Fuqua volta a seu habitat natural com Atraídos pelo crime que estréia dia 2 de abril no Brasil. Enquanto espera, confira o trailer.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Critica - Sempre ao seu lado

Amor de verdade!

O novo filme do cineasta sueco Lasse Hallström é uma história comovente e real sobre a amizade, o carinho, a lealdade e o amor incondicionais de um cão por seu dono. O filme, embora fortaleça a impressão que se tem de que todo o fim de ano, além de um filme de fantasia, precisa-se de um filme estrelado por um cachorro para fechar o ano com chave de ouro e lágrimas no lenço, é digno de nota.
Sempre ao seu lado (Hachiko: a dog´s story EUA 2009) é um remake de um filme japonês que contava a história de um cão da raça akita que mesmo depois da morte de seu dono continuava indo a estação de trem esperar por seu retorno. Essa história, que ocorreu no princípio do século passado, virou um poderoso elemento da cultura japonesa, a ponto do cão ter recebido uma estátua em sua homenagem.
Na versão americana, Richard Gere vive Parker Wilson, um professor de música que encontra um filhote de akita abandonado e o leva para sua casa. Aos poucos ele constrói uma relação afetuosa com Hatchi.
Sempre ao seu lado não esconde suas maquinações para levar as platéias ás lágrimas. Elas brotam até mesmo no trailer do filme. Contudo, a despeito da veia manipuladora de Hallström, a história de Hatchi é poderosa. E o amor que se vislumbra, que rompe as barreiras da compreensão, é puro, honesto e generoso. Sempre ao seu lado é uma história cristã. Um amor puro e casto como esse não se vê tão frequentemente, ainda mais no cinema.
O diretor acerta no tom do registro. Ao procurar posicionar sua narrativa à perspectiva de Hatchi, sempre no limite do permissível, ele constitui um canal de transferência entre seu público e o personagem. Ajuda nesse sentido, a morte do protagonista (vivido por Gere); que mesmo antecipada na sinopse causa um vácuo em nossa percepção do funcionamento de um filme.
Outro ponto interessante de se notar é a mensagem do filme. É óbvio que as fáceis lições de moral sobre lealdade e amizade estão lá; intactas e cristalinas. Mas o grande trunfo da fita é mostrar a intensidade do carinho, do amor, da devoção de Hatchi a seu dono. Para estabelecer uma comparação, no também emocionante Marley & eu ano passado, a vida de Marley é a ponte para as mudanças pelas quais John (personagem de Owen Wilson) passou em sua vida e rotinas familiar e profissional. Aqui o foco é mais modesto, mas muito mais eficiente em termos dramáticos.

Um filme que enaltece o mais puro, sincero e verdadeiro amor

Sempre ao seu lado é um filme digno que ainda traz uma frase maravilhosa e revestida de sabedoria. Quando Parker indaga a um colega professor por que os cães da raça akita não correm atrás da bola quando o dono a joga e ouve do amigo: “Lembre-se que eles são japoneses, não americanos. Não podem ser comprados”. Em uma outra cena essa frase espirituosa contribuirá para mais um punhado de lágrimas.

domingo, 11 de outubro de 2009

TOP 10

Os 10 melhores psicólogos do cinema

10 - Isaac Barr / Richard Gere em Desejos, alguém foi seduzido (EUA 1992)

Gere vive aqui um homem em tentação. Objeto de um jogo perigoso e sexual travado entre duas irmãs rivais. O psiquiatra Isaac Barr acaba enveredando por caminhos, que ele sabia, perigosos. Mas consegue evitar o pior. Desejos é um filme que mesmo sem focar na questão propriamente dita, mostra que nem sempre o fato de termos consciência de que algo é desaconselhável é o bastante para evitarmo-lo.

9 – Ben Sobel / Billy Cristal em A máfia no divã (EUA 1999)

Billy Cristal vive aqui o mais neurótico e caricato psicólogo que o cinema já concebeu. Não é para menos. Um mafioso resolve contratar seus préstimos e eleva a relação médico – paciente a outros patamares. O que impressiona aqui é justamente a descompostura de Sobel em um mundo totalmente diferente do seu. Ele acaba revitalizando sua prática.

8 – Jennifer Melfi / Lorraine Bracco em A família Soprano (1999 -2007)

Tudo bem. A família Soprano não é um filme. Mas as séries da HBO, ainda há outra na lista, são conhecidas por sua qualidade, para fazer uma analogia cabível, cinematográfica. Aproveitando uma idéia esboçada no filme da posição anterior, mas potencializando-a sob todas as perspectivas possíveis, a série parte da relação entre a Dr. Melfi e o chefão Tony Soprano para teorizar e refletir sobre os mais diversos temas. Há também, principalmente nas primeiras temporadas, a preocupação de repercutir, tanto na vida da dr. Melfi, quanto na de Tony, os efeitos da terapia.

7 –Nathan R. Conrad / Michael Douglas em Refém do silêncio (EUA 2000)

Quando seu filho é seqüestrado, o Dr. Nathan tem que tirar, dentro de um curto prazo de tempo, um segredo da mente de uma menina perturbada. Algo praticamente impossível de acontecer, como bem sabem os psicólogos. Contudo, Refém do silêncio é interessante por mostrar como certas coisas dependem mais do acaso do que de um bom terapeuta. E bem, Michael Douglas vive um psicólogo com sofisticação. O que já é, por si só, salutar.

6- Mark Powell / Jeff Bridges em K- Pax, o caminho da luz (EUA 2002)

Não é fácil por suas convicções a prova. Muito menos quando você é um renomado psicólogo. Menos ainda, se é um paciente tido, largamente, como louco quem lhe oferece novas perspectivas. É o que ocorre em K- pax, quando um homem que alega ser alienígena desmonta todas as convicções do psicólogo vivivo por Jeff Bridges.

5- Malcolm Crowe / Bruce Willis em O sexto sentido (EUA 1999)

O que dizer de um psicólogo que se predispõe a continuar cuidando de seus pacientes mesmo depois de morto? Tudo bem, o Dr. Malcolm não sabia que já tinha passado dessa para melhor. Mas seu empenho e carinho pelo menino que via gente morta é assombroso (no bom sentido).E o melhor, ele realmente consegue ajudar de forma decisiva seu paciente.

4- Lisa Metzger/ Meryl Streep em Terapia do amor (EUA 2005)

O que fazer quando seu filho começa a namorar uma de suas pacientes. É nesse dilema que se encontra a personagem vivida por Meryl Streep. Terapia do amor é um filme muito maduro sobre as coisas do amor. E o procedimento da personagem de Streep é aquele que qualquer mortal (neurótico e com um tantinho de preconceito) teria. Desmonta-se então aquela desarranjada visão que se tem dos terapeutas. Somos, afinal, todos humanos.

3- Henry Carter/Kevin Spacey em Shrink (EUA 2009)

Filme iindependente que vem colhendo muitos elogios nos EUA. Kevin Spacey vive um psicólogo que,além de atender pacientes cheios de excentricidades, vive um momento especialmente desolador e desestimulante. O filme parte do pressuposto de que todos precisam de ajuda. Todos, mesmo os terapeutas, precisam de terapia. Put the shit togheter, não é uma coisa simples.

2- Sean Maguire / Robin Willians em Gênio indomável ( EUA 1998)

O psicólogo vivido por Robin Willians é um dos mais eloquentes retratos da profissão. Desde o preconceito que o exercício da psicologia desperta até seus efeitos mais positivos e libertadores. Encantam também os embates protagonizados pelo terapeuta Sean e seu mais hostil paciente, Will, em diálogos verdadeiramente brilhantes. Sean se predispõe a ajudar um jovem extremamente inteligente, mas que esconde seu dom e perspicácia atrás de uma atitude raivosa e de uma vida marcada por mágoas.

1- Paul Weston / Gabriel Byrne em Em terapia ( EUA 2008 - )

Paul Weston é , definitivamente, o melhor terapeuta já concebido em um filme, ou série, como é o caso de Em terapia. A série da HBO enfoca não só o trato diário dentro de um consultório, inovando a habitual misè en scene característica a esse universo, como as angústias que pairam ali. Tanto as dos pacientes, como as do terapeuta. Gabriel Byrne vive com acintosa competência Paul Weston. Um terapeuta, sem dúvida alguma, talentosíssimo, mas que experimenta dramas pessoais dantescos, freudianos, faustianos e yungianos. Para ficar em algumas referências. O curioso é ver como o terapeuta, por mais capaz que seja, quando paciente, é acometido dos mesmo sintomas e enfrenta as mesmas dificuldades que procura isolar em seu consultório.

domingo, 2 de agosto de 2009

Top 10

Top 10: 10 advogados inesquecíveis do cinema

10- Jan Schlichtmann / John Travolta em A qualquer preço

Advogado de causas milionárias, o tipo vivido por Travolta aqui, é daqueles que não se embrenha em buraco fundo, gosta de atuar com margem de segurança e sua carteira de clientes é composta basicamente por corporações corruptoras. Contudo, por razões diversas, ele acaba defendendo uma associação de moradores contra uma empresa que envenena a água da cidade deliberadamente. Ele não só se apaixona pela causa, como recupera o gosto pela justiça.

9- Michael Clayton / George Clooney em Conduta de Risco

Michael Clayton é aquele advogado que atua nos bastidores. Brilhante, de raciocínio rápido e leal, foi destacado pela empresa para " limpar" as cagadas de seus clientes e sócios. Até que um dia um caso explode em seu colo. Um dos sócios da firma tem uma crise de consciência e ameaça seriamente um caso de milhões de dólares. Michael, então é acionado, mas dessa vez a sujeira é grande demais, até mesmo para suas habilidades. No ínterim, Michael Clayton abandona algumas de suas convicções e estabelece outras tantas.

8- Billy Flynn/ Richard Gere em Chicago

" Sem querer me gabar, mas se Jesus estivesse em Chicago e me procurasse, digamos que seu destino seria outro". É com essa frase, infame é verdade, que Billy Flynn encerra uma dissertação sobre suas habilidades em um tribunal. O advogado encarnado com gosto por Richard Gere no musical de Rob Marshall é canastrão ao extremo, misógino, interesseiro, mas voraz. Tudo aquilo que habita o imaginário cultural acerca dessa nobre profissão. E Flynn, não custa dizer, ganha todas.

7- Kathryn Murphy/ Kelly McGillis em Acusados

Não é fácil defender uma causa em que você se identifica com a vitima. Os sentimentos podem ser um componente desestabilizador. Não é fácil defender uma causa em uma cidade, cuja justiça pende deliberadamente para o outro lado, por fim não é fácil defender uma causa quando encara-se desconfiança geral e proveniente de todas as partes. É assim que se encontra a advogada Kathryn Murphy que defende a personagem de Jodie Foster, estuprada por três homens, em um caso que parece cada vez mais distante de solução. Sua força, seu despreendimento e seu (aparente) inabalável desejo de justiça ditam o tom nesse filme imperdível.

6- Martin Vail / Richard Gere em As duas faces de um crime

Novamente Gere vive aqui um advogado de popularidade e vaidade exacerbadas. Só que no filme de Gregory Hoblit, há um ônus bem claro e doloroso para essas características. Há de se lembrar que advogados têm por ofício cativar e manipular, mas não estão salvos de serem manipulados em virtude disso. É essa crônica moralista que vemos aqui. Importante frisar que o filme não é moralista, a moral surge naturalmente com o fim da fita. Vail aceita defender um jovem acusado de assassinar um arcebispo pela popularidade que o caso oferece.

5- Atticus Finch /Gregory Peck em O sol é para todos

Nesse clássico do cinema americano, Peck vive um advogado idealista que abraça o próximo sem hesitar. Defende um negro acusado injustamente de um crime, que toda uma sociedade anseia por condena-lo. Importante ressaltar que o filme – datado de 1955- foi feito em um época que a segregação racial era institucionalizada nos EUA. Aqui provavelmente se tem o retrato mais nobre e lisonjeiro da profissão.

4- Jake Brigance / Matthew McConaughey em Tempo de matar

Em um papel de seu início de carreira, McConaughey vive um advogado em inicio de carreira que assume meio que por impulso meio que pela projeção, o caso de um negro que atirou nos estupradores de sua filha após eles terem sido inocentados em um júri. O filme, outro libelo contra o racismo, assume sua contemporaneidade e envereda pelo politicamente correto. Contudo o amadurecimento vivenciado por Jake Brigance é impressionante. É nesse caso, através do turbilhão de emoções que provoca, que Jake torna-se um advogado. Do tipo humano. E justamente por isso ainda mais brilhante.

3- Frank Galvin / Paul Newman em O veredito

Galvin é aquele advogado que já foi brilhante. Mas deixou sua conturbada rotina emocional intervir em seu ofício. Tornou-se uma sombra de si mesmo. E pior conformou-se com isso e achou conforto na bebida. No entanto, um caso de imperícia médica lhe devolve a satisfação de atuar. O orgulho e a obstinação lhe voltam aos poucos e aos poucos ele volta acreditar em si mesmo. Galvin em O veredito demonstra que se é tão bom quanto se acredita que é. Ressurgir das cinzas , afinal de contas, é algo que muito frequentemente se dá em um tribunal.

2 - Alan Shore / James Spader em Justiça sem limites (Série de tv)

Ok, Alan Shore não é personagem de um filme. Ele é um personagem fixo de uma das melhores séries da década, Justiça sem limites. Alan Shore representa tudo que se imagina de um advogado. É brilhante, vaidoso, dedicado, austero, amigo e desafiador. O personagem ainda soma alguns outros predicados, já que funciona como alter- ego do criador da série. Shore é aquele advogado que mergulha peremptoriamente em uma causa e não aceita sair derrotado dela. Seus encerramentos – nomenclatura jurídica para a argumentação final perante o júri em um julgamento- são admirados e temidos.

1- Joe Miller/ Denzel Washington em Filadélfia

Deixar o preconceito de lado e abraçar um caso é algo que exige determinação. E não foi só isso que Joe Miller ostentou em Filadélfia. Ele aceitou representar um paciente homossexual com AIDS que processava sua ex empresa, mesmo reticente à idéia. E foi além. Aos poucos foi superando aquela barreira e desenvolvendo afeto por seu cliente, a medida que isso acontecia, Miller dominava mais a cena no tribunal. Até que sua atuação beirasse o impecável. Filadéfia comunica, entre outras coisas, a importância de prevalecermos humanos em todas as nossas dimensões.