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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Panorama - Assassinos por natureza


Depois de alguns filmes de cunho político, era natural que Oliver Stone se voltasse para outro componente de profunda ressonância social. A mídia e seus motores socioeconômicos. Assassinos por natureza é um roteiro de Quentin Tarantino. Não há cineasta mais indicado para chancelar as loucuras de Tarantino do que Oliver Stone. Só que o filme de Stone não é só sobre a saga de dois lunáticos que cruzam a América fazendo um banho de sangue por onde passam, é uma dura crítica a sociedade do espetáculo e ao combustível sensacionalista que explode de seu seio. Em Assassinos por natureza tudo é histriônico. Desde os protagonistas, vividos com exagero e insanidade por Woody Harrelson e Juliette Lewis, até a ambientação. Passando pela linguagem e pela moral que emerge da fita. O jeito anárquico dos “heróis” do filme poderia servir de parâmetro para as convicções políticas de Stone. Mas seria impreciso fazer uma afirmação dessas. Seria tentar colar esse filme ao contexto político das bases da filmografia do cineasta americano. Ele não é político aqui. Pelo menos não em termos convencionais. O que Stone diz com seu Assassinos por natureza (mais seu do que de Tarantino) é que nós somos responsáveis por nossos monstros. E nem sempre os assassinos são os piores. Loucura? Sim. Esse é o ponto de partida dessa viagem sem volta.