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sábado, 25 de junho de 2011

Cantinho do DVD

Robert De Niro é, mais uma vez, o astro de um filme escolhido para destaque de Cantinho do DVD. Em Estão todos bem, refilmagem do italiano Estamos todos bem, o ator vive o patriarca de uma família que precisa se reconectar. É por meio de seu personagem que esse processo terá início. De ritmo calmo e com boas intenções, o filme é uma ótima pedida para um fim de semana em família.



Crítica

Se há dois subgêneros caros ao cinema mainstream hollywoodiano são o filme família e o feel good movie. Dois exemplares que costumam pipocar nos cinemas em época de festas natalinas e de ação de graças. É o caso de Estão todos bem (Everybody´s fine, EUA 2009). A fita de Kirk Jones é um competente remake de um agradável filme italiano dirigido por Giuseppe Tornatorre em que um envelhecido Marcello Mastroianni cruza a Itália para visitar seus filhos após esses cancelarem a visita que lhe fariam. Estamos todos bem, o filme italiano, talvez seja mais sugestivo do que sua contraparte americana, mas a ideia de trocar Mastroianni por Robert De Niro, por si só, já é suficientemente curiosa.
Estão todos bem se constrói em cima do carisma de De Niro. E o faz sem comedimento. O ator, presente em quase todas as cenas, é o marcapasso das emoções que o filme suscita. Aqueles que são pais, avós, ou mesmo filhos crescidos receberão esse carinhoso filme com mais disposição. Isso justifica a opção pelo lançamento em datas mais festivas e familiares.
A história de Estão todos bem é a mesma do original. Viúvo, Frank (De Niro), precisa reaprender a se relacionar com seus filhos – todos as voltas com os espinhos da vida. Após uma mal sucedida tentativa de reuni-los em sua casa, Frank parte ao encontro dos rebentos na tentativa de descobrir se seus filhos são felizes. O pai, que se relacionava com eles através da mãe, não saberia dizer.
Estão todos bem, nessa lógica emocional, apresenta pelo menos uma cena espetacular. Quando converge o momento da redenção de todos os personagens e na qual De Niro brilha intensamente. O espectador saberá de qual cena se trata tão logo avistá-la.
A fita de Kirk Jones não é nada de fora de série, mas é aquele tipo de entretenimento impossível de desgostar. Bem feito, com atores de bom trânsito e um tema que facilita a identificação com a platéia.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Crítica - Amor à distância

Comédia romântica moderna


É preciso seguir alguns preceitos para ser qualificado como uma comédia romântica moderna. Amor à distância (Going the distance, EUA 2010) segue a risca esses preceitos. Existe a preocupação em agradar meninos e meninas. A estrutura do filme segue a tradicional fórmula boy meets girl, they fall in love and they suddenly realize they´re perfect to each other, mas o discurso mudou. A escatalogia tem vez e propriedade em um cenário dominado pelos filmes de Judd Apatow ( O virgem de 40 anos) e sua turma. É preciso caprichar também nas referências pop em um mundo pós 500 dias com ela (filme que não tem nada demais, mas é excelente nisso). Há também o cuidado com o casting. As comédias românticas modernas que se prezam, prescidem do galã acima de qualquer suspeita e da estrela do comercial de condicionador. É aí que chegamos a Justin Long (cada vez mais confortável na função de protagonista) e Drew Barrymore (em mais um revés como produtora). Barrymore, que passou a namorar Long durante as gravações do filme, chamou uma mulher – a diretora Nanette Burstein – para rodar um filme de menina, mas com jeitão de menino. Amor à distância, embora agrade pelo charme de seus protagonistas e pela proposta de se adequar ao movimento vanguardista que move as comédias românticas atuais, não se sustenta como entretenimento suficientemente satisfatório para o abrangente público que pretende alcançar. Focasse em um nicho específico e o sucesso seria certeiro. Não à toa, o filme é um fracasso de bilheteria. Um julgamento injusto para com uma fita divertida e com algumas boas sacadas de um humor cínico que cada vez mais invade os romances hollywoodianos. De qualquer maneira, é positivo ver um esforço de mudança. Mesmo que no fim das contas, todos os caminhos levem a Roma.