quarta-feira, 3 de abril de 2013

Crítica - Jack, o caçador de gigantes



Sabor de aventura e fantasia!

Jack, o caçador de gigantes (Jack the giant slayer, EUA 2013) é, antes de qualquer coisa, um filme que honra o conto de fadas do qual se origina, “João e o pé de feijão”. Algo que deve ser recebido como boa notícia em meio à onda de atualizações e versões para contos de fadas clássicos que invadem o cinema. Bryan Singer, diretor de ótimos filmes como Os suspeitos (1995), O aprendiz (1998) e X-men (2000) e outros irregulares como Superman: o retorno (2006) e Operação Valquíria (2008), tem no 3D um aliado. Dos filmes lançados em 2013 no formato, este é de longe o que faz melhor uso da ferramenta. Além do fato de que Singer não descuida dos personagens e seu Jack, defendido com vigor pelo justificadamente em ascendência Nicholas Hoult, é um personagem com o estofo dramático necessário para carregar um filme que não pretende ser apenas um simulacro dos efeitos especiais mais caros e atuais do cinema americano.
Jack, o caçador de gigantes se alimenta com propriedade de sua fonte e se apresenta como um entretenimento familiar acima da média nessa temporada cinematográfica. Com bastante ação e sem ser piegas quando a emoção é a matéria-prima, Jack – o caçador de gigantes avaliza o talento de Singer para o cinema blockbuster.
O prólogo do filme perpassa o conto de maneira ágil. O filme então se põe a viabilizar uma releitura desse conto e o faz de maneira charmosa e movimentada.

Jack e Isabelle em momento fofo: a história de amor é bobinha, mas o filme é uma delícia

Jack é um camponês que por força do acaso acaba com feijões ditos mágicos que foram roubados por um monge na expectativa de evitar que caia em mãos erradas. Na mesma noite, novamente por força do acaso, ele recebe a princesa Isabelle (Eleanor Tomlison), em fuga por resistir a casar-se com um homem que não ama. Logo, o feijão que não deveria ser molhado é molhado e Isabelle vai parar na terra dos gigantes. O rei (Ian McShane) monta uma equipe de resgate, da qual fazem parte o corajoso Elmont (Ewan McGregor), responsável pela guarda do rei, o ardiloso Roderick (Stanley Tucci), pretendente de Isabelle, e Jack, que se provará mais engenhoso e corajoso do que muitos criam possível.
O embate final entre os gigantes e os humanos em nada fica a dever aos grandes épicos do cinema em matéria de emoção e adrenalina.
Singer, desde o primeiro X-men, não conseguia fazer entretenimento de qualidade com uma narrativa tão bem azeitada. Seu Superman era um deleite visual, mas narrativamente desarranjado. Seu Jack, o caçador de gigantes é vigoroso, vívido e cativante. 

6 comentários:

  1. Não estava muito animada para assistir a esse filme, mas confesso que, depois de ler boas opiniões como a sua, até que fiquei com vontade de assistir a esse "Jack: O Caçador de Gigantes".

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  2. O filme é mesmo bom Ka. Vale a pena!
    bjs

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  3. Uma boa notícia, ainda assim, torci o nariz e deixei o filme passar. Tenho trauma das incursões de Singer neste tipo de gênero. Prefiro, sem dúvida, suas fitas mais sérias como o já clássico "Os Suspeitos". Tu sabe que não sou tão fã assim de X-Men e que prefiro o "Primeira Classe" do Vaughn do que os do Singer. Bom, deixarei pra o home-video. ;)

    Abs.

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  4. Rodrigo: O Vaughn bateu a carteira do Singer meu amigo! rsrs. Quando vc vir em home-video, vai curtir. É o melhor filme do Singer desde o segundo X-men.
    abs

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  5. Curioso, Reinaldo, porque também me diverti à beça (como uma criança), com este filme no cinema! Mas fui exceção aqui em casa. hehehe Abraço.

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  6. Cássio: E viva às exceções né meu querido?
    Abs

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