domingo, 18 de novembro de 2012

Insight


Brasileiro vai gastar R$1,9 bilhão com cinema em 2012
Fachada de uma das muitas salas da rede Cinemark no país: negócio "cinema" prospera, mas ainda carece de ajustes

O brasileiro está indo mais ao cinema. É o que diz a análise do Ibope Inteligência, organização integrante do grupo Ibope que tem como objetivo o alinhamento de estratégias de mercado. O resultado da análise foi obtido a partir do sistema Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de potencial de mercado. De acordo com o apurado, o potencial de consumo do brasileiro para despesas com cinema até o final do ano é de R$ 1,99 bilhão, aumento de 13% em relação a 2011.
A classe B tem maior potencial de consumo: R$ 1,08 bilhão. Depois aparece a classe C, com R$ 449,52 milhões, a classe A, com R$ 423,46 milhões, e as classes D e E, com R$ 31,22 milhões. Essa ordem, em si, não surpreende o mercado. Já que desde o fim de 2009, as classes B e C se posicionaram à frente dos gastos com cinema no Brasil.
Mas os dados do Ibope Inteligência indicam que a classe C é mesmo a principal fatia do mercado, o que ajuda a explicar o sucesso da “neochanchada” brasileira, cujo mais recente exemplar Até que a sorte nos separe, sagrou-se recentemente o filme nacional mais visto do ano.
A classe C, responsável por 52,38% dos domicílios do país irá gastar em 2012, conforme apontam os números acima, menos do que a metade da Classe B, responsável por 24,45 % dos lares brasileiros. A pesquisa sugere, mais do que uma estagnação do consumo de cinema pela classe B, a possibilidade de crescimento da Classe C que em algumas regiões, como Nordeste e Sul, já está a frente da Classe A em gastos relativos ao cinema.
Como esperado, a região sudeste apresenta maior potencial de consumo para cinema com 60% do total nacional.
Nesta região, o consumo per capita, de acordo com o estudo, é de R$ 15,83 ao ano. Depois vêm as regiões Sul e Nordeste, com 13% cada, porém com consumo por habitante diferentes: nos estados do Sul, o gasto per capita em 2012 deve ser de R$ 11,15 e na região Nordeste, de R$ 6,88. O Centro-Oeste apesar de ter um potencial de consumo de 9%, registra o segundo maior gasto por habitante: R$ 13,93.  
Os números apresentados pelo Ibope, mais do que um alento para exibidores e distribuidores, demonstra que o aumento da produção cinematográfica nacional não é um movimento isolado. Está em compasso com o interesse, e a disponibilidade financeira, cada vez maior dos brasileiros em ir ao cinema.
Os números, porém, reforçam o desequilíbrio no acesso à cultura nos interiores do país. O investimento em infraestrutura é um tema mais adequado a um blog de outra natureza, mas convém lembrar que sem esses investimentos esse potencial que faz brilhar os olhos jamais será plenamente alcançado.

Fonte: Pyxis Consumo/Ibope Inteligência

4 comentários:

  1. Eu, particularmente, fui pouquíssimas vezes ao cinema esse ano. A falta de tempo vem sendo um problema, assim como a preguiça, rs

    Já é uma das minhas resoluções para 2013: ir mais vezes ao cinema!

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  2. Amigo,
    este ano eu fui ai cinema!!! mas ainda o ano que mais compareci foi 2002! Um ano antológico pra mim. Só "Sinais" eu assisti umas 7 vezes! Era estudante e não sei o que deu em mim na época, rs

    Ótima e curiosa matéria!
    Abs.

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  3. Que excelente esse panorama apresentado pelos números divulgados pelo IBOPE. Especialmente os que dizem respeito à classe C. Teoricamente, esse seria o grupo que gastaria mais com DVDs piratas, mas saber que eles estão frequentando mais e gastando mais no cinema é excelente, como você disse, especialmente para o mercado de exibidores, de produtores e de distribuição cinematográfica. Entretanto, o importante, pra mim, é sempre trabalhar na formação e fidelização de um público interessado verdadeiramente em cinema.

    Beijos!

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  4. Alan: rsrs. Nem me fale em falta de tempo! Compartilhamos de meta para 2013!
    Abs

    Rodrigo Mendes: Obrigado Rodrigo! Agora que vc falou, fiquei curioso por saber em qual ano fui mais ao cinema... irei checar!
    Abs

    Kamila: É verdade Ka. Ainda há muito a ser feito!
    Bjs

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