segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crítica - Um parto de viagem

Em time que está ganhando...


Todd Phillips resolveu não ousar muito no filme subsequente ao maior sucesso de bilheteria e crítica de sua carreira, Se beber não case (2009). O diretor escalou a grande atração do filme de maior buzz do ano passado, Zach Galifianakis, para contracenar com o carismático Robert Downey Jr. Um parto de viagem (Due date, EUA 2010) traz então uma trinca em franca ascensão. Traz, também, algumas fórmulas que deram certo em Se beber não case, como o espírito de road movie, a comédia física e Galifianakis fazendo um tipo bem intencionado atrapalhado. Então por que Um parto de viagem não é essa coca cola toda?
A primeira e mais óbvia conclusão é de que Se beber não case é uma sombra poderosa sobre o novo filme e, em parte, a culpa é de Todd Phillips. Ao emular a fita de 2009 em vários níveis (o mais acintoso é a caracterização de Zach Galifianakis), o diretor faz uma opção perigosa. Garante os números da bilheteria (já que há um genuíno interesse em revisitar Se beber não case, não à toa uma continuação está em produção), mas coloca seu capital junto a critica em risco.
Robert Downey Jr. vive Peter, um arquiteto um tanto irritadiço que após um inconveniente pouco plausível em um avião se vê forçado a viajar de carro com o rascunho de ator Ethan (Galifianakis), para que possa chegar a Los Angeles a tempo de testemunhar o parto de seu filho.


Uma dupla quase perfeita: Downey Jr. e Galifianakis têm momentos inspirados, mas não salvam o filme do lugar comum


O roteiro, embora esquemático, propicia algumas boas piadas e se alimenta da dinâmica inspirada construída pelo par de atores. Por falar nos atores, é preciso reverenciar, mais uma vez, o timing de Robert Downey Jr. Mesmo com um comediante habilidoso e com fama de ladrão de cenas ao lado, o ator sai com o filme embaixo dos braços ao criar um tipo irascível, egoísta e mesquinho que não deixa de ser simpático, por mais antipático que seja. São poucos os atores capazes de capturar uma dicotomia como essa em um produto escapista como esse. Errasse o tom, como errou Galifianakis, e Um parto de viagem se assemelharia a um parto. Do jeito que ficou, é só uma viagem que você fica sabendo de antemão que já fez inúmeras vezes na vida.

6 comentários:

  1. A química entre Downey Jr. e Galifianakis, realmente, é o melhor deste filme que, no geral, é inferior à "Se Beber, Não Case!".

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  2. Seu título resume bem o projeto. É engraçado, mas não é melhor que Se Beber, Não Case. Boa diversão.

    bjs

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  3. Bem, ainda irei ver este. Não estou com grandes expectativas nem nada do tipo, sei o que me aguarda.

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  4. Bom Reinaldo, eu estou para assistir este filme. Rs! Agora que estou mais tranquilo com meu TCC que foi "um parto de viagem" tbm, rs! Acabei que pari meu filho, kkkk

    Gostei daquela matéria do Insight sobre o Gibson envolvido na continuação do 'Se Beber....'

    O Galifianakis até que tem graça, mas ele que não venha com ego, fácil para prejudicar uma carreira que esta progredindo.

    Verei o filme e sempre gostei do Downey Jr (ele até foi Chaplin, po, rs)

    Abs.
    Rodrigo

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  5. Kamila:É verdade. Bjs

    Amanda: Pois é... bjs

    Alan: Que bom.rsrs. abs

    Pat:Eu tb gostei.But I think you already know thar.rsrs.bjs

    Rodrigo:Que bom que seu rebento já foi parido.rsrs. Sorte nas próximas etapas. Pois é, Lian Neeson ficou com o papel que seria de Gibson e Galifianakis já está achando que está com o rei na barriga. Até fumar maconha ao vivo em um talk show americano ele já fumou... Gosto dele, mas sinto um passo maior que as pernas aí...
    Quanto a Downey Jr. He´s the man!
    Abs

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