sexta-feira, 15 de abril de 2011

Filme em destaque: Pânico 4

Levando pânico a uma nova geração...
A série de terror que marcou toda uma geração volta aos cinemas 11 anos depois da terceira parte. Nessa reportagem especial, Claquete explica o por quê



Qual é o seu filme de terror favorito? Com essa singela e legítima pergunta, Pânico, uma fita de terror com esquetes bem simples e elenco semidesconhecido, se inscreveu no imaginário cultural como um acontecimento cinematográfico. Copiado por toda a década de 90 e renovando a produção de terror no cinema americano, amenizando – em certos níveis – o tom do gênero. O terror era pop; e o era porque por trás da máscara do Ghostface estava Wes Craven, um dos diretores mais importantes do gênero e responsável por perolas como A hora do pesadelo (1984) e Quadrilha de sádicos (1977).
Com as continuações de 1997 e 2000, a série parecia ter esgotado o seu fôlego, mas vez ou outra surgia na mídia rumores de uma nova continuação. Craven rodou alguns filmes minimamente interessantes na década, como Amaldiçoados (2005) e Vôo noturno (2005) e outro péssimo, A sétima alma (2010). Uma má sucedida tentativa de recriar o sucesso de Pânico. Mas ei, que tal, voltar a Woodsboro? A ideia, afinal de contas, não era nova e com Harvey Weinstein, o todo poderoso produtor dos primeiros filmes, pondo as fichas na mesa, por que não?
Quando tudo parecia certo, as coisas começaram a dar errado. O roteirista Kevin Williamson (responsável pelos roteiros dos três primeiros filmes) exigia ter a palavra final sobre o roteiro e não se acertava com os outros contratados para dar sequência a franquia no cinema. Depois de algumas negociações, Williamson assumiu sozinho o crédito pelo argumento.
Vieram então alguns problemas nas gravações, sempre temperados com novas adições ao elenco.
Anna Paquin e Kristen Bell foram dois nomes prontamente confirmados. As loiras fazem uma cena reverencial à clássica cena de abertura do primeiro filme. A ideia é remeter aos primórdios de Pânico, se é que podemos colocar Pânico e primórdios em uma mesma sentença. É esse interesse que está por trás da marketeira declaração de Craven nessa semana. O diretor comparou sua trilogia original a Star wars, em um contexto específico do cinema de terror. A declaração não disfarça também um outro interesse que o slogan (Nova década. Novas regras) escandaliza: de dar início a uma nova trilogia. “Mas dessa vez, o clichê é ser imprevisível e as virgens também morrem”, alerta um personagem em uma atualização de uma cena do filme original de 1996.
Flashback: o que restou do elenco original esteve presente na premiere americana do novo filme, realizada na segunda-feira (11) em Los Angeles 


It´s good to be back: Craven entre Neve Campbell e Courteney Cox em um dos primeiros dias de filmagem do novo filme



A volta dos que não foram

A trama de Pânico 4 é tão simples quanto óbvia. Alguém resolve resgatar a máscara do Ghostface, justamente no momento que Sidney Prescott (Neve Campbell) retorna a Woodsboro - a cidade dos crimes originais. O jeitão de lenda urbana, história de mistério, e comédia involuntária continua a pautar a condução de Craven aqui. Outros dois célebres personagens retornam: a intrépida repórter Gale (Courteney Cox ) e o agora xerife Dewey Riley (David Arquette). “Mas qualquer um deles pode morrer dessa vez”, advertiu um debochado Kevin Williamson em entrevista ao canal E entertainment television.
Se Craven tentou dar viço a uma opaca produção de terror no alvorecer dos anos 00, o resto da turma passou ao largo de grandes conquistas. Kevin Williamson até conseguiu alguma notoriedade com a criação da série The vampire Diares, mas longe de repetir a febre de Pânico ou de sua outra criação famosa, Dawson´s creek. Neve Campbell tentou se provar atriz de verdade sob as ordens de Robert Altman em De corpo e alma (2003), mas embora impressionasse nos movimentos de balé, faltava-lhe ranço artístico. Courteney Cox teve o ápice no fim de Friends, sitcom que fez com que fosse a mais conhecida do primeiro filme. Com o fim do seriado, tentou a sorte em dois outros programas na TV sem grande ressonância. David Arquette, a parte os problemas com o alcoolismo, só era lembrado por ser o marido de Courteney. Coisa que já não é mais desde meados de 2010.
Essa turma andava precisando mesmo que alguém resolvesse tirar essa máscara do armário...

6 comentários:

  1. Pois é Reinaldo foi divertido. Me senti velho e maduro frente ao filme lembrando dos meus 10, 11,12, 13, 14 e 15 anos revendo a trilogia original. Nada mudou...muitos anos se passaram. E alguns falam que Pânico envelheceu mal. Discordo.

    Uma correção: Kevin Williamson não foi o roteirista de Pânico 3, e sim Ehren Kruger, Williamson assinou apenas como argumento. Foi graças a ele e Craven que vimos uma avalanche de filmes até a formular se inovar e se repetir nos clichês e refilmagens. Adoro a metalinguagem da fita! Rs! É...foi divertido e gosto da Neve Campbell. Acho que ela fez muitos trabalhos bons - muito mais que o filme do Altman. Ela é mesmo uma Sigourney Weaver...sempre a sobrevivente e a estrela original!

    Abs.
    RODRIGO

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  2. assisti hoje e ja publiquei uma critica no meu blog... da uma olhada lá!

    http://filme-do-dia.blogspot.com/

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  3. Rodrigo: Eu, particularmente, acho Pânico o máximo.
    Obrigado pela correção Rodrigo. No terceiro filme aconteceram os mesmos problemas desse quarto filme entre Williamson e outros membros da produção. Só que lá ele foi creditado apenas como responsável pelo argumento mesmo. A Dimension era um estúdio com dinheiro na época...
    Abs

    Kahlil: OK!

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  4. Achei o texto de "Pânico 4"! rs.
    Eu sou um dos fãs da série que aprovaram o retorno da franquia, mas estava temendo a morte de Sidney como apontaram os rumores e outras questões que vc aponta no texto e eu não vou falar pq isso implica em revelar o assassino - vai q um desavisado lê o meu comentário hehe - mas tem relaçao com a substituiçao de Sidney e talz. Mas gostei demais do resultado.

    Na verdade, eu sou suspeito pra falar. As mortes deixaram a desejar no critério criatividade, mas a concepção do filme de apresentar o manual dos novos filmes de terror, mas não vestir a carapuça, eu achei demais! Isso, eu discorri mais no texto do meu blog.

    Fora isso, de fato, o trio precisava voltar rs. Dó, nenhum se deu muito bem artisticamente fora da série, mas ainda sim já imortalizaram seus nomes e seus rostos e serão lembrados quando a franquia vir sempre à tona. =)


    abs!

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  5. Elton: Valeu pelo comentário meu caro. De fã para fã, mr. Craven arrasou nesse filme aqui.
    Abs

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  6. Qual seu filme de terror favorito?
    Panico e o filme de terror que eu assistir.Eu amo quadriologia toda e maravilhoso esse filme.

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