quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Crítica - Amor à distância

Comédia romântica moderna


É preciso seguir alguns preceitos para ser qualificado como uma comédia romântica moderna. Amor à distância (Going the distance, EUA 2010) segue a risca esses preceitos. Existe a preocupação em agradar meninos e meninas. A estrutura do filme segue a tradicional fórmula boy meets girl, they fall in love and they suddenly realize they´re perfect to each other, mas o discurso mudou. A escatalogia tem vez e propriedade em um cenário dominado pelos filmes de Judd Apatow ( O virgem de 40 anos) e sua turma. É preciso caprichar também nas referências pop em um mundo pós 500 dias com ela (filme que não tem nada demais, mas é excelente nisso). Há também o cuidado com o casting. As comédias românticas modernas que se prezam, prescidem do galã acima de qualquer suspeita e da estrela do comercial de condicionador. É aí que chegamos a Justin Long (cada vez mais confortável na função de protagonista) e Drew Barrymore (em mais um revés como produtora). Barrymore, que passou a namorar Long durante as gravações do filme, chamou uma mulher – a diretora Nanette Burstein – para rodar um filme de menina, mas com jeitão de menino. Amor à distância, embora agrade pelo charme de seus protagonistas e pela proposta de se adequar ao movimento vanguardista que move as comédias românticas atuais, não se sustenta como entretenimento suficientemente satisfatório para o abrangente público que pretende alcançar. Focasse em um nicho específico e o sucesso seria certeiro. Não à toa, o filme é um fracasso de bilheteria. Um julgamento injusto para com uma fita divertida e com algumas boas sacadas de um humor cínico que cada vez mais invade os romances hollywoodianos. De qualquer maneira, é positivo ver um esforço de mudança. Mesmo que no fim das contas, todos os caminhos levem a Roma.

8 comentários:

  1. Judd Apatow faz o que o povo gosta.

    Escatologia gera bilheteria. Eu ri mas já esqueci deste filme, a diretora Nanette Burstein segue aqui o que é de praxe. E como a fórmula se esgota depressa tái o motivo do fracasso de bilheteria que você afirma.

    Outro diretor deste meio é o Roger Klumbe com 'Tudo Pra Ficar Com Ele'. Uma fita difícil de esquecer tendo Cameron Diaz e a tal Christina Applegate sempre amiga ou irmã coadjuvante. E a cena do piercing no pênis do sujeito que enrosca na pobre da Selma Blair quando fazia sexo oral. RISOS!

    'Amor À Distância' é um filhote destes primeiros.

    Abraços
    Rodrigo

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  2. Acho que ele agrada mais aos meninos que as meninas, hehehe. Mas, é um filme descartável. Como Rodrigo falou, a gente esquece assim que sai do cinema.

    bjs

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  3. Gosto de comédias românticas (mais comédias do que romance), então acho que vou gostar deste filme, é bom ver algo 'fútil' (apenas modo de dizer...) de vez em quando!

    Abs.

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  4. Rodrigo: O diferencial de Amor à distância, que pode não ser exatamente uma vantagem, é ele tentar dialogar com uma pluralidade em termos de público. Enquanto que esse pessoal aí (Judd Apatow, Roger Klumbe e as comédias indies) não fazem. Pelo menos não a primazia. Enfim, é um filme mesmo esquecível. Como o são 90 % das comédias românticas, que não deixam de ser agradáveis por causa disso não é mesmo?!
    Quanto a Tudo para ficar com ele, confesso não gostar muito desse filme. Acho pouco engraçado e muito apelativo. É perdoável quando um filme é muito apelativo, mas muito engraçado. Até compreensível (e desejável para o bem da diversidade cômica). No caso deste filme, no entanto, o tiro saiu pela culatra.
    Abs

    Amanda:Pois é, talvez lhe falte equilibrio como eu apontei na crítica. Bjs

    Alan: É ótimo ver muita coisa fútil de vez em sempre. rsrs.Nos dá perspectiva. Abs

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  5. Ainda não conferi o filme, não me empolguei muito para vê-lo porque esse lance de amor virtual já está meio ultrapassado, não? Esse filme deveria ter sido lançado lá no começo de 2000, com o boom dos amores à distância e muito sexo virtual, mas enfim, vou conferir mais uma comédia romântica que, aliás, eu adoro de todo o coração, sendo descartável ou não. bjs

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  6. Há quanto tempo hein madame? Estava com saudades! Pois é, o filme não se pega muito nessa cois avirtual não. Aliás, o mote não é nem mesmo esse. Contudo, em tempos de "bromance" ele soa mesmo um tanto acima do ponto. Bjs

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