quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Panorama - Jogos, trapaças e dois canos fumegantes


Surgiu na cena independente inglesa, no final dos anos 90, um pequeno filme de gangster dirigido por um diretor desconhecido que apostava na verborragia de seus personagens tanto quanto no apuro visual de seu cinema. Essas características passariam a preceder o cineasta Guy Ritchie, alçado ao posto cult após o sucesso de público e crítica de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (Lock, stock and two smoking berrels, ING 1998).
A fita alia, de maneira bem sucedida, clichês de filmes de gangster com piadas rápidas embaladas pelo humor tipicamente inglês. Na trama, que acompanha um grupo de amigos que após uma má noite em uma mesa de pôquer se mete em uma enrascada atrás da outra, Ritchie concilia referências pop com ousadia e leveza. Um cineasta sem medo do novo, mas com a pegada certa de reverência ao tradicional. Por causa desse filme, Ritchie ficaria retido ao submundo dos gangsters até Sherlock Holmes (sua primeira incursão pelo cinemão meramente comercial). Não que ele visse problemas nisso.
Richie demonstra em Jogos, trapaças e dois canos fumegantes que tem criatividade de sobra (não a toa conferiu novo impulso ao subgênero que não chamava a atenção desde Os bons companheiros, de Scorsese) e é suficientemente imaginativo como diretor para equilibrar seu roteiro afiado com ótimas soluções visuais.

2 comentários:

  1. Filmaço! Tenho em VHS acredita ? Véinho tadinho , porém assistível hahaha
    Qual você gosta mais Rei, esse ou Snatch-Porcos e Diamantes ?

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  2. Laís: Acredito sim.rsrs. Gosto mais de Snatch, que por sinal será o próximo destaque de Guy Ritchie na mostra Panorama.
    Beijos

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