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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Crítica - Os estagiários


On the line”

Uma das maiores queixas que vitima Os estagiários (The internship, EUA 2013) é o fato do filme ser uma “propaganda do Google”. Não há a menor intenção de se disfarçar esse fato, mas se incomodar com isso é não ter espírito esportivo. Os estagiários não é, afinal, o primeiro filme a fazer propaganda de algo, especialmente em Hollywood. Além do mais, o Google é objeto de interesse e curiosidade em todo o mundo e a produção que tem Shawn Levy (A pantera cor de rosa e Uma noite no museu) na direção não pretende exatamente ser o “próximo A rede social”.
É mais pertinente se incomodar com o esquematismo do roteiro, assinado por Vince Vaughn e Jared Stern, do que com o intuito da obra ser um veículo promocional do Google que, a bem da verdade, não precisa deste tipo de promoção.
Vince Vaughn e Owen Wilson voltam a se reunir depois do acachapante sucesso de Penetras bons de bico e a sombra da produção de 2005 pode ser percebida na produção. Seja no interesse romântico de Owen, no fato dos protagonistas serem “corpos estranhos” em um dado ambiente, ou mesmo na lógica de amadurecimento dos personagens – algo dispensável no conflito motriz do filme.

Além de buscar emular, por vezes conscientemente e tantas outras de maneira inconsciente, Penetras bons de bico, Os estagiários padece da falta de “googleness”, fator decisivo para que os estagiários conquistem uma vaga efetiva no google na dinâmica a qual os protagonistas meio que de paraquedas são inseridos. Não há um público específico para o filme. Há pouca graça para adolescentes que já cansaram de ver pais, tios e avós penarem com a falta de intimidade com as novas tecnologias e tendências e o anacronismo em si, pelo menos no tangente aos novos tempos digitais, já não suscita tanta graça. Uma alternativa para aferir alguma dignidade narrativa a Os estagiários é vê-lo como mais um expoente da crise, tanta econômica como dos novos tempos, do qual gigantes da tecnologia como o Google fazem parte. Nesse sentido, o filme é um achado. Tanto por mostrar que o analógico jamais desaparecerá por completo das experiências intra-profissionais como por mostrar que a selva capitalista está mais selvagem do que nunca.

domingo, 28 de agosto de 2011

Tira-teima: Frat Pack X Turma de Apatow






Por que "Frat pack"?

Foi um termo cunhado pela crítica, em veículos como Rolling Stone e a Variety, que pegou. Black, Vaughn e Stiller adotaram o referencial que os compara com a turma encabeçada por Frank Sinatra e Dean Martin nos idos dos anos 50 e 60.


Por que a "turma de Apatow"?
É Judd Apatow o motor desse novo time de comediantes que colaboram em projetos diversos. É ele também o maior link entre todos os filmes produzidos por essa galera de 2005 para cá.


Os filmes
(Frat Pack)

Zoolander (2000)
Orange county (2002)
Dias incríveis (2003)
Starsky & Hutch - justiça em dobro (2004)
A inveja mata (2004)
Com a bola toda (2004)
O âncora: a lenda de Ron Burgundy (2004)
Penetras bons de bico (2005)
Escola de idiotas (2006)
Uma noite no museu (2006)
Trovão tropical (2008)
Encontro de casais (2009)


Os filmes
(turma de Apatow)

O âncora: a lenda de Ron Burgundy (2004)
Papai bate um bolão (2005)
O virgem de 40 anos (2005)
Rick Bobby – a toda velocidade (2006)
Ligeiramente grávidos (2007)
Superbad – é hoje (2007)
Walk hard: a vida é dura (2007)
Ressaca de amor (2008)
Role models (2008)
Meu nome é Taylor, Drillbit Taylor (2008)
Quase irmãos (2008)
Segurando as pontas (2008)
Ano um (2009)
Eu te amo, cara (2009)
Tá rindo do quê? (2009)
O pior trabalho do mundo (2010)
Um jantar para idiotas (2010)
Your Highness (2011)
Missão madrinha de casamento (2011)



O elemento de convergência


Além da participação especial de Ben Stiller em Freaks & Geeks, os dois grupos do humor compartilham outros pontos de sinergia. Will Ferrel tem participações suficientes em filmes dos dois grupos para ser considerado membro de ambos e O âncora: a lenda de Ron Burgundy contou com vasto elenco de ambas as partes e deflagrou a turma de Apatow. Por esse raciocínio, é possível dizer que O âncora é a costela de Adão da comédia americana atual.






Quem reina?


Enquanto o Frat Pack dá sinais de esgotamento, uma vez que os filmes do grupo são cada vez menos frequentes, a turma de Apatow segue firme. Os roteiristas e produtores apadrinhados por Apatow engatam projetos em estúdios como Sony e Universal anualmente e o próprio Apatow mantém a média de um filme a cada dois anos.


Quem lucrou mais?

Até por ter realizado mais filmes, a turma de Apatow conseguiu arrecadar mais dinheiro. Contudo, isoladamente, os filmes do Frat Pack causaram mais frisson nas bilheterias. Penetras bons de bico em 2005 e Trovão Tropical em 2008 são exemplos de fitas que entraram no ranking das dez maiores arrecadações em solo americano em seus respectivos anos, coisa que nenhum filme da turma de Apatow conseguiu.



A pompa com a crítica

O Frat Pack nunca gozou de muito prestígio com a crítica. Houve filmes que caíram no gosto da crítica, como Trovão tropical, mas no geral a relação foi bastante fria. Já a turma de Apatow conta com mais boa vontade. Tirando Tá rindo do quê?, as fitas dirigidas por Apatow foram bastante elogiadas e filmes que produziu como Superbad-é hoje e Missão madrinha de casamento também agradaram.



A estratégia da ação entre amigos

Os anos 2000, no que toca a comédia americana, foram definidos por essas duas linhagens do humor e as influências ainda podem ser sentidas no cinema. Desenvolver projetos em um mesmo grupo, além de facilitar o entrosamento e cativar uma audiência particular, permite que o trabalho seja observado dentro de uma linha evolutiva. Esse raciocínio favorece, e muito, o organograma desenvolvido por Apatow. O processo, inteiramente consciente, de estender seus tentáculos pela comédia americana pode ser percebida pelo crescente número de filmes e atores que circundam o núcleo principal da turma. O Frat Pack, por sua vez, ostenta a primazia e é a comprovação do sucesso do modelo consagrado no alvorecer do século XXI.

sábado, 25 de junho de 2011

Crítica - Meia noite em Paris

Paris sob chuva!


Meia noite em Paris (Midnight in Paris, FRA/ING 2011) é daqueles filmes que tocam o íntimo do espectador. E o faz por ser agradável, inteligente e, mais do que qualquer coisa, pertinente. Com a história de Gil (Owen Wilson), um roteirista de Hollywood enamorado de Paris e do ideário que cerca a cidade, Allen atenta para a importância da fantasia e, de maneira concomitante, adverte que é preciso estar com os dois pés no presente. Saber saborear a vida no que ela nos provê. É preciso apontar que o grande trunfo de Meia noite em Paris, esse filme tão apaixonante e climático, é abraçar essas duas causas sem fazer com que uma anule a outra.
Toda a mise-en-scène remete a um típico filme de Woody Allen e aqui ele dialoga com sua própria obra. A referência mais óbvia é A rosa púrpura do Cairo, ótimo filme de 1985 em que os personagens de um filme ganhavam vida e interagiam com Mia Farrow, mas outras produções surgem na memória do cinéfilo. A declaração de amor que Gil faz à Paris com Adriana (Marion Cottilard) como confidente parece tirada de Manhattan (1979). Woody Allen foi a Paris para se inspirar. Se Carla Bruni surge discreta como musa, Allen se permite reimaginar angústias e picardias de alguns dos seus musos inspiradores (a sugestão que Gil dá a Luis Buñuel para um filme é daqueles momentos que fazem o cinema se tornar algo maior).
Meia noite em Paris vai se construindo sobre cenas memoráveis (como quando Gil corrige o pedante Paul sobre a inspiração de Pablo Picasso para um quadro) e sobre fragmentos de nostalgia de seu diretor. Para embarcar nessa experiência proposta por Allen é preciso estar disposto a se deixar maravilhar pela digressão que se avoluma quando os sinos tocam meia noite em Paris.
Em seu 48º filme, Allen se apresenta mais sentimental, menos irônico, mas não menos cínico. A esnobe noiva de Gil (vivida com gosto por Rachel McAdams) e sua família, e mesmo o intragável Paul de Michael Sheen, não deixam de ser representações de uma sociedade divorciada do romantismo que extravasa em Gil – o sujeito que se regozija com a possibilidade de chuva em Paris.
Meia noite em Paris quer ser esse passeio em Paris sob chuva. Melhor publicidade para a cidade e terapia para o nostálgico não há. Resta saber se o leitor se importa de se molhar?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filme em destaque: Meia noite em Paris

Em busca de uma nova obra-prima

Na foto, Woody Allen instrui Carla Bruni, seu primeiro casting para o filme. Com Meia noite em Paris, o diretor americano oxigena sua obra com poesia e nostalgia e Claquete ajuda a entender o por quê 


“Trata-se de um Woody Allen mais sentimental”, avaliou o New York Times em sua resenha para Meia noite em Paris, 48º filme do cineasta americano e o 6º rodado na Europa. O filme, que abriu o festival de Cannes, é – no rótulo mais óbvio – uma declaração de amor de Allen à cidade luz dos apaixonados, Paris. “Só tinha o título do filme. Não sabia o que fazer com ele. Estava apavorado”, admitiu o diretor em entrevista coletiva no último festival de Cannes.
Mas Meia noite em Paris também pode ser descrito como uma ode a nostalgia de um diretor a vontade com seus vícios e suas manias. “A Paris do filme é a Paris que vi nos filmes”, pontuou em entrevista ao Hollywood Reporter. O filme também é uma homenagem a arte. Com menções a Pablo Picasso, Luis Buñuel, Salvador Dalí, F.Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway, Allen clama pela cumplicidade da platéia e, mais que isso, por sofisticação e cultura.
“Nunca me considerei um artista”, exclamou para espanto de todos na abertura do festival francês. Na ocasião, o diretor disse que frequentemente somos pegos na armadilha de fantasiar de que viver em outra época seria melhor. Segundo Allen, esse romantismo é inerente ao ser humano. “Todos querem escapar da vida que vivem agora. Mas, se você pensa em tempos passados, você pensa nas coisas maravilhosas. Só que não tinha novocaína, não tinha ar-condicionado, nada das coisas que tornam a vida de hoje tolerável. Parece sedutor, mas é uma armadilha”, afirmou para gargalhadas do público.

Owen Wilson é o alter ego da vez de Woody Allen e, para variar, está em crise... mas está em Paris

Meia noite em Paris tenta capturar essa dicotomia a qual se refere o diretor. É um filme que mergulha na nostalgia para tirar o positivo do presente. Para isso, Woody Allen contou com um elenco dos mais ecléticos e chamativos. Owen Wilson faz Gil, o protagonista. Um roteirista de Hollywood com dificuldades para escrever um romance. Ele viaja com sua namorada (vivida por Rachel McAdams) e a família dela para Paris, esperançoso de que a inspiração lhe encontre. E ela encontra. Não na figura do ex engomadinho de sua namorada (vivido por Michael Sheen), mas em encontros luminosos com esses grandes artistas do passado. Obviamente, também há um luminoso encontro com o amor. Não é com a namorada que pouco parece compreendê-lo, tão pouco com a primeira dama francesa Carla Bruni que, presença ilustre, faz uma ponta como uma guia de museu. O amor resplandece na figura de Adriana (Marion Cottilard).
Allen, no final das contas, parece ter capturado a poesia do título. Em sua fase européia, o cineasta alterna amargura (Você vai conhecer o homem dos seus sonhos), pessimismo (O sonho de Cassandra), paixão (Vick Cristina Barcelona), humor (Scoop – o grande furo) e poesia (Meia noite em Paris), com a desenvoltura de quem busca uma nova obra-prima (a última foi Match point – que marcou o início da temporada na Europa). A cada filme ele parece mais perto.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

De olho no futuro...

O gosto pelos malvadões
Depois de ser lorde Blackwood, o antagonista de Robert Downey Jr. em Sherlock Holmes e de encarnar o xerife de Nothingham no aguardado Robin Hood de Ridley Scoot, mais um vilão famoso (por que de não famosos ele já tem muitos), aparece na carreira do inglês Mark Strong. Foi confirmado essa semana que ele viverá Sinestro, o arqui rival do Lanterna verde, no filme que está sendo produzido para o verão do ano que vem. Ryan Reynolds, que será o herói, Tim Robbins, o pai do herói, e Blake Lively, o interesse romântico do herói, já estavam confirmados no elenco.

O herói da década?
Muita gente hesita em responder qual foi o herói dessa primeira década do século no cinema. Jason Bourne (o desmemoriado agente vivido por Matt Damon), Wolverine (o envocado mutante dos X-men vivido por Hugh Jackman) e, acreditem, o ogro Shrek (dublado por Mike Myers) são os mais lembrados. Contudo, Ryan Reynolds quer a dianteira nessa década que entra. Ele é o intérprete de dois novíssimos candidatos a esse título. Além de ser o protagonista de Lanterna verde, ele também estrela Deadpool. Spin off (filme que se origina de outro filme) do spin off de X-men, Wolverine.


Ryan Reynolds e seu tanquinho: prontos para a briga

A briga para viver o Capitão América
Jeremy Renner estava na frente. Mas já ficou para trás. O consenso entre a produção do filme e o diretor Joe Johnston (que acabou de entregar a bomba O lobisomem) permance. Procura-se um ator de recursos (físicos e dramáticos) que ainda não seja astro, mas que esteja apto a sê-lo. O nome mais bem colocado na disputa é o de John Krasinski, o Jim do seriado The Office. Correm por fora o bonitinho Chace Crawford, de Gossip Girl e Garret Hedlund, que foi um dos irmãos de Mark Wahlberg em Quatro irmãos. Dá para ver que Renner perdeu a corrida para gente mais jovem e mais bonita. Ah, essa Hollywood!

Da esquerda para a direita: Crawford, Krasinski e Hedlund

O novo começo de Superman nos cinemas
Poucas semanas depois de oficializar o nome de Christopher Nolan na produção do novo filme do superman (ainda não se confirmou o nome de Nolan como o diretor, mas quem precisa dessa confirmação, certo?), a Warner anunciou (esse sim, em termos oficiais) o nome de David Goyer (roteirista dos dois últimos filmes que Nolan dirigiu do Batman) para assumir o roteiro de Man of Steel, nome provisório do novo filme do superman. Também foi anunciado que Brandon Routh, o último ator a viver o homem de aço, está fora da jogada.


Juntando Owen Wilson e Carla Bruni
O último filme de Woody Allen ainda não estreou no Brasil.Tudo pode dar certo está previsto para maio. No meio do ano deverá estrear nos EUA e Europa, You will meet a tall dark stranger, seu mais novo filme. E Allen que ainda não anunciou se filmará no Rio de janeiro, como sonham alguns empresários tupiniquins, já toca seu próximo projeto que deve ser rodado em Paris durante o verão europeu. Depois de escalar, com direito a grande repercussão mundial, a primeira dama francesa Carla Bruni, o diretor acaba de confirmar Owen Wilson no elenco. Será muito interessante ver Wilson exercitando o humor neurótico do nova-iorquino Allen em Paris. Primeira fila já!

Vera Farmiga diz sim
Madonna tanto fez que conseguiu uma atriz indicada ao Oscar para seu próximo filme como diretora. W.E, um filme de época que mostrará paixões e intrigas na monarquia inglesa vitoriana, está sendo aguardado com ceticismo. Madonna recebeu negativas de gente como Cate Blanchet, Keira Knightely, Natalie Portman e Marion Cottilard. Vera Farmiga (que concorre ao Oscar por seu desempenho em Amor se escalas) topou o convite de Madonna. Agora é esperar para ver o que vai dar!
Vera sorri: Será que ela estará sorrindo quando o filme for lançado?