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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

TOP 10 - Diretores bonitões


Sem George Clooney, Ben Affleck, Marco Ricca ou Sean Penn por que aí seria trapacear  Antes de se descobrirem como diretores de talento, esse pessoal já era galã. O TOP 10 do mês em Claquete lista dez diretores de cinema, de ofício, que fariam bonito do lado de cá das telas. Eles não são galãs, mas até que dão um caldo...

10 – Thomas McCarthy

A lista começa com um ator que virou roteirista e que é mais apreciado por seu trabalho como diretor. Como pode se ver, Thomas McCarthy, aos 47 anos, não é exatamente um George Clooney; mas tem sua graça. Diretor de perolas do cinema independente como O agente da estação (2003), O visitante (2007) e Ganhar ou ganhar (2011), McCarthy até poderia herdar os papéis de Colin Firth nas comédias românticas.


9 – Neil Blomkamp

O primeiro garotão da lista já não é mais tão garotão assim. O sul africano descoberto por Peter Jackson tem aqueles olhos grandes de lobo mau para enxergar melhor e cara de quem precisa de colo. Há mulheres que não resistem aos encantos do diretor de Distrito 9 e que será responsável pela estreia do brasuca Wagner Moura em Hollywood com Elysium

8 – Zack Snyder

Considerado um dos diretores mais promissores de sua geração, Zack Snyder só tem cara de garotão. Aos 48 anos pode ter com o próximo filme do Super-homem sua última chance de vingar em Hollywood. Depois de dirigir filmes testosterona como 300 (2006) e Sucker punch (2011) pode achar uma boquinha como o bonitinho insosso em “filmes para mulherzinha”.

7 – Len Wiseman

O mais bonitão da lista até aqui desposou a bela Kate Beckinsale, prova definitiva de que convence como galã de cinema. Diretor de fitas bacanas como Anjos da noite e Duro de matar 4, Wiseman é tão cuca fresca que até dirigiu os amassos de Colin Farrell em sua mulher no remake de O vingador do futuro.

6 – Walter Salles

O mais maduro da lista é brasileiro. Oba? Aos 56 anos, Salles é pura elegância. Desde os ângulos que escolhe para filmar, passando pelos artigos que escreve vez ou outra e culminando na forma de se vestir. O jeitão cidadão do mundo do diretor de Na estrada (2012) e Central do Brasil (1997) também ajuda no charme.

5- Sam Mendes

O inglês já foi mais magro e mais cuidadoso do seu visual. Ficou um tantinho desleixado desde o fim do casamento com Kate Winslet. Mas um homem que já conquistou além de Winslet, Rachel Weisz merece lugar cativo em uma lista como essa. Mesmo desleixado, Mendes tem os olhos e o sotaque trabalhando constantemente a seu favor...

4- Mathew Vaughn

Outro inglês, um pouquinho mais jovem e com senso de humor mais afiado. O diretor do ótimo filme de gangster Nem tudo é o que parece (2004) e da perola do humor negro Kick Ass–quebrando tudo (2010) é aquela beleza que vai cativando aos poucos. Basta experimentar.

3- Paul Thomas Anderson

Com jeitão de atormentado, frequentemente com visual bagunçado e ar de intelectual, Paul Thomas Anderson é uma síntese ambulante de seus filmes geralmente complexos. Avesso à badalações hollywoodianas é reticente em entrevistas e costuma impressionar interlocutores. Faz o ar misterioso até em poses para fotos ocasionais. Uma esfinge que muitas gostariam de se deparar.

2- Guy Ritchie

O inglês mais famoso da lista em que imperam ingleses. Ritchie é o arquétipo do diretor bonitão, mas não levou a coroa na lista de Claquete. Talvez pelos quilômetros rodados e pelo passado com a material girl tenha ficado com um honroso segundo lugar. O homem que reinventou o cinema de gangster inglês com perolas como Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998) pode não estar no topo de seu jogo, mas ainda tem um belo de um jogo...

1-Guillaume Canet

O francês, e campeão da lista, é outro ator que se descobriu como realizador e em 2013 estreia Blood ties, seu primeiro filme hollywoodiano estrelado por Marion Cotillard, sua esposa. Isso mesmo senhoras e senhores, Canet é caso com Cotillard. Um trunfo digno de primeiro colocado na lista dos diretores bonitões. O francês, que faz lembrar o galã americano Patrick Dempsey, parece estar com tudo... e um pouco prosa também.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Em off


Nesta edição de Em off, os indicados ao Spirit Awards; a novela do reencontro de Scorsese e De Niro; a boa perspectiva de Matthew Vaughn à frente de Star Wars; a confissão de Quentin Tarantino e o anúncio de uma parceria promissora.

Agora sai! Será?
Há pelos menos três anos circula em Hollywood um projeto que reuniria Robert De Niro e Martin Scorsese. Trata-se de The irishman, agora rebatizado de I heard you paint houses (o nome original era melhor). Baseado no livro de Charles Brandt, o ambiente mafioso é palco para as circunstâncias do assassinato de Jimmy Hoffa, já encenado em Hollywood antes. O projeto já esteve mais ativo e já foi pensado como uma antologia nos moldes de Kill Bill. Jack Nicholson já esteve atrelado, além de Al Pacino. Pacino continua vinculado à produção e Joe Pesci deve substituir Nicholson. De Niro, recentemente, deu o ultimato: “Se não fizermos nos próximos dois anos, não sai mais”, disse ao site Comingsoon. No entanto, além do envolvimento em The woof of wall street, atualmente em fase de gravação, Scorsese tem Sinatra, a bio de você sabe quem, na fila.

Os indicados ao Spirit awards
Saíram os indicados ao Spirit Awards, premiação do cinema independente americano que nos últimos anos ganhou bastante prestígio por antecipar alguns dos nomes fortes do Oscar. Os prêmios são entregues na véspera da cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Com poucos filmes independentes gerando buzz em 2012, na contramão do verificado nos últimos anos, duas produções consolidaram franca vantagen no Spirit Awards: Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, com quatro indicações e O lado bom da vida, de David O. Russell, com cinco indicações. Ambos concorrem nas categorias de filme, direção e roteiro e enquanto o primeiro rendeu nomeação para Bruce Willis como ator coadjuvante, o segundo rendeu a Bradley Cooper e Jennifer Lawrence nomeações nas principais categorias de atuação. Outros filmes que concorrem a melhor produção independente do ano são Keep the lights on, que a revista Cahiers du Cinema já havia mencionado como um dos melhores de 2012, Bernie e Indomável sonhadora – outro filme bastante comentado para o próximo Oscar.

Bradley Cooper e Jennifer Lawrence em O lado bom da vida: a corrida pelo Oscar para eles já começou...

All about McConaughey
Se tem alguém que está rindo à toa é Matthew McConaughey. Que ele teve um belo de um 2012 ninguém duvida, mas a dupla presença no Spirit Awards – foi indicado como coadjuvante por Magic Mike e como ator em Killer Joe – mostra que o ano ajudou a mudar a percepção que muitos têm dele. Ele representa a única indicação de ambos os filmes em uma clara demonstração de que foi percebido como o melhor que esses longas têm a oferecer. É uma senhora conquista para quem até bem pouco tempo atrás só era lembrado por seu belo tórax.

McConaughey em cena de Killer Joe: mal em cena e bom na tela...


Candidaturas para se observar...
Alguns nomes da lista do Spirit Awards merecem atenção, pois devem ganhar fôlego nas próximas semanas na briga por uma vaga no Oscar. Além das já tidas como oscarizáveis Jennifer Lawrence (O lado bom da vida) e Quvenzhane Wallis (Indomável sonhadora), a também jovem Mary Elizabeth Winstead (Smashed) é um nome que deve ganhar força nas próximas semanas. Entre os atores, John Hawkes (As sessões) merece atenção na categoria principal e Sam Rockwell (7 psychopaths) e Michael Pena (Marcados para morrer), na corrida por ator coadjuvante, merecem atenção. Helen Hunt (As sessões) e Rosemarie DeWitt (Your sister´s sister) também estão sólidas na disputa por uma vaga no Oscar.  


Por que Matthew Vaughn no reboot de Star Wars é uma boa ideia?
O futuro vai permitir uma análise mais criteriosa e embasada, mas Matthew Vaughn, ao que parece, excede os boatos e é forte candidato a dirigir o sétimo episódio de Star Wars; o primeiro sob o jugo da Disney.
Há algumas semanas, Vaughn se desligou da pré-produção de X-men: dias de um futuro esquecido por razões ainda não esclarecidas além das fatídicas diferenças criativas. Depois da saraivada de negações de diretores de toda a sorte, de Spielberg a Brad Bird, Vaughn foi um dos poucos a não se manifestar veementemente sobre a direção de Star Wars. Para completar, um amigo pessoal do diretor, o ator Jason Flemyng andou falando mais do que deveria (e de forma empolgada) nessa semana e fez com que o nome de Vaughn ficasse mais quente do que nunca. O nome de Vaughn é bom porque ele já mostrou capacidade, com a franquia X-men, de pegar uma série clássica e estabelecida e remodelá-la preservando seus principais aspectos. O know how como produtor, a ascendência nerd e veia pop são outros predicados que faltam a muitos outros nomes ventilados para assumir Star Wars.

O pior Tarantino por Tarantino
Em entrevista à revista Hollywood Reporter, o cineasta Quentin Taratino afirmou que “À prova de morte” é disparado o seu pior filme. “De qualquer ângulo que se observe, é muito claro que se trata de meu pior filme”, disse um extrovertido e conformado Tarantino.

Será que foi o fato do Kurt Russell estar canastrão demais no filme, Quentin?


O novo passo de Clooney
Pouca gente sabe, mas George Clooney é um dos principais produtores do elogiadíssimo Argo. Não que Clooney precisasse desse crédito. Mas ele sacou de Argo, o roteirista Chris Terrio para um de seus próximos projetos como ator (e produtor). Não obstante chamou Paul Greengrass (Zona verde e O ultimato Bourne) para dirigir. O filme que abordará os sindicatos do crime em Nova Iorque ainda não tem título, mas segundo a Variety, a produção da Sony Pictures ( a mesma de Tudo pelo poder) deve começar a ser gravada em 2013.

domingo, 12 de junho de 2011

Insight

Por que X-men: primeira classe é tão bom?

É a tal da pergunta gostosa de responder. Os fãs irão prover uma resposta que, embora satisfatória, divergirá completamente das que indicarão os críticos. Que também atentarão para minúcias diferentes da percepção do público que, em linhas gerais, recebeu muito bem a nova aventura mutante.
X-men: primeira classe é mais uma prova de que o cinema pipoca americano pode agregar inteligência, entretenimento e profundidade dramática. Uma combinação que falta até a produções vencedoras do Oscar – como o recente O discurso do rei, que capenga na profundidade dramática.
Matthew Vaughn é um inglês que percebe que o pop, no cinema, recebe bem intervenções autorais. Nesse sentido, ele se comunica com cineastas da estirpe de David Fincher e Christopher Nolan. Embora Bryan Singer, o primeiro diretor a assumir o universo mutante nos cinemas, seja talentoso e tenha uma concepção das mais globais acerca das possibilidades oferecidas pelo repertório dos quadrinhos, Vaughn sabe filtrar muito melhor as referências. Produtor de Guy Ritchie nos seus primeiros filmes, debutou na direção com o thriller de gangster Nem tudo é o que parece (2004). O pequeno filme inglês, além de colocar Daniel Craig na lista dos produtores de James Bond (e o leitor bem sabe que fim levou essa história), alçou Vaughn ao panteão de importações obrigatórias de Hollywood. Stardust – o mistério da estrela (2007) podia não parecer o tipo de filme para ele debutar em Hollywood. E não era. X-men - O confronto final marcaria sua gênese em Hollywood, mas o diretor se avexou com o tamanho da produção e resolveu desistir. No ano seguinte lançou a bem sacada fantasia que trazia Robert De Niro, Claire Danes e Michelle Pfeiffer. Mas o universo mutante estava em seu destino. A proposta dos produtores para Primeira classe parecia combinar com o estilo arrojado e insinuante de Vaughn fazer cinema. E Kick Ass – quebrando tudo confirmaria, no ano passado, o acerto da escolha.

Damn good: o jeitão vintage é um dos charmes dessa produção que agrada fãs, críticos e todos os outros


Vaughn ateve-se a relação entre Xavier (James McAvoy) e Erik (Michael Fassbender). Desvelar o porque desses dois homens inteligentes, que tanto se admiram, se posicionarem em campos opostos da “causa” mutante é um mote tão atraente quanto rico em suas possibilidades. Primeira classe tem nesse percurso o seu fio condutor. O filme é tão bom porque honra as expectativas alçadas pela simples constatação disso. A trajetória de Erik, a consolidação de suas convicções, é tão apaixonante – do ponto de vista filosófico - como a descoberta da vocação de Xavier e a aceitação serena de seu destino pelo mesmo.
Primeira classe se resolve como essa tese social – o judeu que lança a campanha “mutante com orgulho” e prega a opressão à raça humana – sem prescindir do entretenimento. Um achado em um verão americano que busca cifras esmerado no 3D.
Há articulações para que uma nova trilogia seja eriçada desse filme. Há potencialidades. Há, também, os atores certos e o diretor certo. O risco é perder um pouco desse equilíbrio tão vistoso nesse primeiro filme. É torcer para que isso não aconteça.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crítica - Kick ass-quebrando tudo

Moral com muito humor

Baseado no HQ cult de Mark Millar, Kick ass – quebrando tudo (Kick ass EUA 2010) é um dos filmes mais geniais e multifacetados do ano. Explica-se: a fita dirigida com extrema eficiência por Matthew Vaughn é uma agradável comédia adolescente, uma paródia super esperta de histórias de super heróis, uma perola do humor negro americano e apresenta uma moral firme, mas sem ser piegas. Todos esses méritos se devem, maiormente, ao ótimo texto de Millar, que também atua como produtor e supervisor do roteiro escrito por Vaughn e Jane Goldman.
Na trama, Dave Lizewisk (o afinado Aaron Johnson) é um adolescente com imenso potencial geek. Usa óculos, não leva jeito com as mulheres, adora comics e anda com garotos que se ajustam a este mesmo perfil. Dave, em um surto causado por carência e indignação, resolve ser um super herói (e o raciocínio que ele desenvolve para justificar sua atitude é um dos grandes charmes da história), o Kick ass do título. Mas Dave não leva jeito para a coisa. O absurdo acontece quando ele é salvo por Hit girl (Chloe Moretz) e Big Daddy (Nicolas Cage). Uma menina de 11 anos desbocada e super talentosa no manejo de armas e seu pai, vigilantes mascarados que atuam para desbaratar o império do crime de Frank D´ Amico (Mark Strong).


Kick ass em ação: uma das cenas vitais para captar o espírito do filme
O filme é uma sucessão de gadgets de humor negro inspiradas, como a cena em que Big Daddy treina sua filha a como tolerar o impacto de uma bala. A história de Millar é brilhante porque é muito bem sucedida em combinar anseios adolescentes, e em colocá-los em evidência pela linguagem adotada, com as resiliências das histórias de super heróis. Essa metalinguagem pop é o ás de Kick ass. Mas a tradução desse primor para a tela grande só alcança sua plenitude graças ao olhar aguçado de Vaughn e ao elenco afiado. Mark Strong tira um sarro como uma espécie de Rei do crime, Nicolas Cage tem espaço para tirar uma onda de sua paixão pelas HQs, Christopher Mintz-Plasse (o McLovin do neo cult Superbad) tem uma boa aparição e Chloe Moretz dá show. Ela está um arraso como a polivalente e inacreditável Hit girl.
Kick ass acerta ao evitar o pieguismo, mas ao não deixar de lado o subtexto proposto. Vencer a insegurança da adolescência é uma tarefa para superherói. Nesse sentido, todos que passam esta fase com poucos traumas já podem ser considerados heróis da vida real, mesmo que sem o aposto “super”.