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terça-feira, 6 de agosto de 2013

TOP 10 - Os dez maiores (e melhores) diretores "faz tudo" do cinema contemporâneo

A ideia desse Top 10 é honrar diretores de cinema que ao longo dos anos têm demonstrado talento e versatilidade a frente de projetos distintos e que revelam uma gama multifacetada de interesses. Muitos desses diretores são louvados em seu meio enquanto outros são menos conhecidos, mas igualmente qualificados. Alguns apresentam maior atividade em um gênero cinematográfico, mas aparecem em outros gêneros vez ou outra; alguns se exercitam em superproduções e no cinema independente; outros favorecem experiências estéticas diferentes em cada projeto ou alternância de linguagem. Enfim, todos fazem por merecer seu lugar nesse ranking.




10 – Bill Condon
Aos 57 anos, o diretor americano, que também é roteirista, prova a cada novo trabalho uma versatilidade sempre surpreendente. Desde Deuses e monstros (1998), excelente filme sobre os últimos dias do diretor de Frankenstein e o desejo que ele nutre por seu jardineiro, que Condon chama a atenção. Antes disso, porém, já havia rodado a perola B Candyman 2 - a vingança. Na sequência rodou o excepcional e ousado Kinsey -  vamos falar de sexo (2006), sobre o pesquisador que foi pioneiro nos estudos sobre sexualidade humana. Dois anos depois, rodou o musical Dreamgirls – em busca de um sonho, estrelado por Eddie Murphy e Beyoncé sobre alguns dos nomes mais expressivos da música negra americana do século XX.  A guinada radical se deu com a direção dos dois últimos filmes da saga Crepúsculo. Agora, em 2013, Condon se prepara para lançar a cinebiografia com jeitão de espionagem do australiano Julian Assange, The fifth estate.

9 – Ron Howard
Ele até, talvez, merecesse uma posição melhor. Howard faz comédia, drama, aventura, fantasia e ação. Mas a irregularidade de alguns projetos força sua nona posição no ranking, apesar da longevidade de seus trabalhos. Desde Splash- uma sereia em minha vida (1984), Howard tem provado versatilidade ímpar alternando filmes como Willow – na terra da magia (1988), Um sonho distante  (1992), O jornal (1994), Apollo 13 – do desastre ao triunfo (1995), O preço de um resgate (1997), O grinch (2000), Uma mente brilhante (2001), Desaparecidas (2003), O código Da Vinci (2006), Frost/Nixon (2008), O dilema (2011) e o inédito Rush – no limite da emoção (2013). Ufa!

8 – Robert Zemeckis
Outro que já fez de tudo! Comédia. Ficção científica. Comédia de ficção científica. Animação. Policial. Drama… Zemeckis é seguramente um dos diretores mais importantes da história do cinema e sua contribuição vai além da trilogia De volta para o futuro e de filmes revolucionários como O expresso polar e A lenda de Beowulf. Ele esteve a frente de filmes tão diversos como Tudo por uma esmeralda (1984), Uma cilada para Roger Rabbit (1988),  A morte lhe cai bem (1992), Forrest Gump – o contador de histórias (1994), Contato (1997), Revelação (2000) e o recente O voo (2012).
  
7 – Mike Nichols
Outro diretor cuja longevidade no cinema lhe permitiu muitas experimentações. Da crônica política à sátira, passando pela comédia de teor sexual ao drama mais profundo com raiz teatral. Nichols caracterizou-se pela excelente direção de atores nos mais variados gêneros. São deles os brilhantes Quem tem medo de Virginia Woolf? (1966), A primeira noite de um homem (1968), Ânsia de amar (1971),  A difícil arte de amar (1986), Uma secretária de futuro (1988), Lobo (1994), A gaiola das loucas (1995), Segredos do poder (1998), Closer – perto demais (2004) e Jogos do poder (2007).

6 – Curtis Hanson
Outro diretor que trafega com desenvoltura por gêneros diversos. Do drama biográfico com jeito de musical alternativo (8 mile – rua das ilusões) ao modernoso thriller financeiro (Grande demais para quebrar), passando por filmes tão diferentes e cheios de qualidades como A mão que balança o berço (1992), O rio selvagem (1994), Los Angeles – cidade proibida (1997), Garotos incríveis (2000), Em seu lugar (2005) e Bem vindo ao jogo (2007).

5 – Taylor Hackford
Esse é um verdadeiro mestre da versatilidade. Não à toa, ocupa com desenvoltura a presidência do sindicato dos diretores em Hollywood. Desde os anos 70, Hackford tem transitado por gêneros e orçamentos variados. Seu mais recente filme, o B por excelência e nostalgia Parker (2013) não guarda nenhuma semelhança com, por exemplo, o ótimo thriller romântico Paixões violentas (1984) – um dos pontos altos da década de 80. Narrativas com ritmo e tempos diferentes são sua especialidade. Um artesão de marca maior responsável por filmes tão díspares como O sol da meia-noite (1985), Advogado do Diabo (1997), Prova de vida (2000) e Ray (2004).

4 – Ridley Scott
Não dá para discutir com a proeminência da carreira de Ridley Scott. Uma carreira sólida na ficção científica com ótimos exemplares de comédia, ação e drama. Sem contar filmes épicos e de guerra que estão entre os mais significativos da história do cinema. Uma rápida pincelada na filmografia de Scott e temos filmes como Blade runner – o caçador de androides (1982), A lenda (1985), Chuva negra (1989), Tormenta (1996), Gladiador (2000), Hannibal (2001), Falcão negro em perigo (2001), Os vigaristas (2003), Um bom ano (2006) e O gangster (2007).

3- Steven Soderbergh
Ele não poderia ficar de fora do pódio. Prolífico e versátil, Soderbergh alterna grandes orçamentos com produções independentes, além de experimentar linguagens renovadas com certa frequência. De Sexo, mentiras e videotape (1989) a Terapia de risco (2013), chamou a atenção com projetos tão diversos como Irresistível paixão (1998), Traffic – ninguém sai ileso (2000), Onze homens e um segredo (2001), Solaris (2002), Bubble (2005), O segredo de Berlim (2006), Che: o argentino (2008), O desinformante (2009), A toda prova (2011) e Magic Mike (2012).

2- James Mangold
Ele só não está no topo desse ranking porque uma figura chamada Steven Spielberg, patrimônio do cinema, reclamou a primeira posição. Com justiça, diga-se. Nenhum diretor com um filmografia relativamente tão curta caminhou por caminhos tão largos assumindo projetos tão distintos e desafiadores como Mangold. De comédias românticas a biografias de lendas da música, passando por adaptações de HQs e westerns. Mangold é um diretor de cinema em toda a sua abrangência. São deles os filmes Cop land (1997), Garota interrompida (1999), Kate & Leopold (2001), Identidade (2003), Johnny & June (2005), Os indomáveis (2007), Encontro explosivo (2010) e Wolverine: imortal (2013).

1 – Steven Spielberg

Precisa explicar? Vamos lá! O homem que inventou o conceito de blockbuster e fez o filme de aventura que o American Film Institute considera o mais completo e referencial (este filme é Os caçadores da arca perdida, caso você esteja se perguntando) já fez dramas das mais variadas procedências, filmes pequenos, filmes grandes, algumas das ficções mais celebradas da história, comédias, aventuras, filmes de guerra e até drama político. Spielberg tem seus cacoetes, até certo ponto indissociáveis de sua persona, mas parece pacífico que é capaz de rodar o filme que quiser e da maneira que quiser. Alguns pontos altos: Tubarão (1975), E.T (1982), A cor púrpura (1985), Jurassic Park – o parque dos dinossauros (1993), A lista de Schindler (1993), O resgate do soldado Ryan (1998), Minority report – a nova lei (2002), Prenda-me se for capaz (2002), O terminal (2004), Munique (2005), Lincoln (2012).

terça-feira, 30 de julho de 2013

Crítica - Wolverine: imortal

A saga de um Ronin

Wolverine: imortal (The Wolverine, EUA 2013) certamente ainda não é o filme que dá conta de toda a complexidade e carisma do personagem mais controvertido e destacado do universo mutante, mas seguramente se aproxima muito dessa condição. O filme de James Mangold é feliz não só ao situar a trama desse segundo filme solo estrelado pelo mutante canadense no Japão, como por fazer do país, e sua cultura milenar e vocação high tech, elementos essenciais ao desenvolvimento da narrativa. Mais do que isso, Wolverine: imortal é visualmente impactante e recupera em muito a linguagem das HQs, como nas cenas em que Wolvie luta com um capanga da Yakuza no topo de um trem em alta velocidade ou quando entra em um bar, logo no início do filme, em busca de uma justiça que apenas alguém como ele poderia buscar.
Wolverine: imortal se passa pouco tempo depois dos eventos de X-men: o confronto final (2006) e Logan está atormentado pela culpa por ter tido parte fundamental na morte de Jean Grey. Isolado do mundo e tendo pesadelos que se provam cada vez mais perigosos, Logan é localizado por uma emissária de Yashida (Hal Yamanouchi), um soldado japonês a quem Logan salvou na iminência dos bombardeios que selaram a segunda guerra mundial. Yukio (Rila Fukushima) chama Logan para ir a Tóquio para que esse homem, que hoje é um verdadeiro magnata e está às vésperas da morte, possa se despedir. Nada é o que parece ser e uma intriga familiar e o desejo de ascender a eternidade de Yashida colocam Logan no epicentro de uma trama cheia de ação e que nada fica a dever às melhores histórias do mutante nos quadrinhos.
Não obstante, Logan se apaixona por Mariko (Tao Okamoto), neta de Yashida, e se esforça para protegê-la, no que o colocará em face de um perigo ainda maior.

Reencontro: Wolverine: imortal propõe um reencontro de Logan com sua essência e seu propósito

Se Wolverine: imortal tem em seus dois primeiros atos, uma força narrativa sólida e, ainda que sem grande complexidade, bem fundamentada e cativante, seu último ato descamba para um clímax previsível e com cenas de ação banais. Nada que interfira no bom resultado final. Muito em parte porque o filme projeta o retorno do pária que é Wolverine a seus melhores dias. O ronin (um samurai sem honra, sem mestre) finalmente encontrou a paz e foi em um país estrangeiro e nos braços de uma mulher. É uma pegada romântica, em um filme selvagem, que traduz fielmente o espírito do personagem.
Fazer de Wolverine: imortal essa jornada íntima à raiz de sua culpa, e ainda assim um filme de ação apresentável, foi um acerto em muito possível pelo afinco com que Hugh Jackman vive o personagem. Essa sinergia entre realização e um ator tão à vontade na pele de um personagem tão multifacetado e com tanto ainda por ser explorado rendeu um filme que faz crer no futuro de Wolverine no cinema.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Filme em destaque - Wolverine: imortal


A Fox queria mudar. X-men origens: Wolverine (2009) não chegou a ser um fracasso retumbante nas bilheterias – arrecadou cerca de U$ 373 milhões internacionalmente tendo custado pouco mais de U$ 120 milhões – mas não deixou boa impressão na crítica, na indústria e, principalmente, no público que esperava um filme menos banal sobre a origem de um dos personagens mais complexos do universo mutante.
Com a sequência garantida e o universo X em vias de expansão com X-men: primeira classe que seria lançado em 2011, o estúdio já sabia para onde queria ir: ao Japão. Algumas das melhores sagas com o personagem nas HQs se passam no Oriente e era a manobra certeira para revestir o filme de uma complexidade que inexistia no primeiro filme. Hugh Jackman, que além de ser o astro do longa é produtor associado, sugeriu Darren Aronofsky – com quem havia trabalhado em Fonte da vida (2006) e que estava em alta com a celebração em torno de Cisne negro (2010). Aronofsky aceitou o convite da Fox e a pré-produção foi iniciada em cima do argumento pincelado pelo roteirista Christopher McQuarrie de Os suspeitos e Jack Reacher – o último tiro. Aronofsky e Fox, no entanto, estavam em desacordo quanto aos rumos da trama e como a narrativa deveria se desenvolver. Oficialmente, a renúncia de Aronofsky à direção – que chegou a ser tema da seção Insight à época – se deveu à indisposição do diretor de passar um período dilatado de tempo no Japão, mas Aronofsky, então em um processo de separação de Rachel Weisz, insinuou vez ou outra que não embarcaria no projeto se não detivesse o corte final do filme.
A pressão do estúdio pesou e Hugh Jackman foi buscar em outro versátil diretor com quem já havia trabalhado o abrigo que o personagem precisava. James Mangold, que dirigiu Jackman no romance Kate & Leopold (2001), já comandou comédias de ação como Encontro explosivo (2010) e faroestes como Os indomáveis (2007). Era uma escolha plausível dentro da opção do estúdio de ter um diretor competente e habilidoso em termos narrativos, mas fiel aos tramites de uma superprodução de estúdio.
Mark Bomback e Scott Frank então reescreveram o roteiro aproveitando a espinha dorsal do texto de McQuarrie e Wolverine: imortal, que chega nesta sexta-feira (26) aos cinemas brasileiros, começou a se tornar uma realidade.
 
Ah, as mulheres: boas ou más, elas movem a trama do novo filme estrelado pelo mutante canadense
 
 
Complexidade emocional e inspiração em HQ consagrada
Levar a trama para o Japão fazia parte do projeto de destacar os conflitos emocionais de Logan, totalmente negligenciados no filme de 2009. A inspiração, ainda que não devidamente creditada, é a HQ “Eu, Wolverine”, escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller em 1982.
A trama também se resolve como ponte entre a trilogia X-men original e o próximo filme da saga mutante, X-men: days of future past. Nesse contexto, Logan vai ao Japão atormentado pela morte de Jean Grey e se sentindo amaldiçoado por sua imortalidade. Como uma fera acuada, ele é sabotado por uma pessoa que cria lhe querer bem e todos sabem como age Wolverine quando provocado. James Mangold foi buscar referência em uma HQ clássica do herói e esse expediente tem se provado frutífero no universo mutante no cinema. X2 (2003), para muitos o melhor filme da franquia X, também é baseado em uma HQ assinada por Cris Claremont (“O conflito de uma raça”) e o aguardado “encontro de gerações” em X-men: days of future past (2014), por sua vez, é inspirado na saga “Dias de um futuro esquecido”.
A recepção da crítica, de maneira geral, tem sido positiva. Hugh Jackman, em especial, recebe elogios efusivos por sua sexta encarnação do personagem. Sobram elogios para o ator até mesmo de quem não embarcou na onda do filme. O australiano, porém, sabe que carrega o filme nas costas e que esses elogios não vendem ingressos. A maratona promocional de Wolverine: imortal, justamente por isso, beirou a insanidade. Jackman em um espaço de uma semana esteve em países diversos como Coréia do Sul, Japão, Inglaterra, Espanha, e Estados Unidos.
A aposta da Fox no longa é tão alta que a distribuidora nacional apostou até em merchandising na novela das nove. Com os filmes estrelados por super-heróis rendendo seguramente mais de U$ 500 milhões nas bilheterias mundiais, reside em Wolverine imortal a responsabilidade de ser o primeiro filme com gene X a romper essa barreira.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ESPECIAL ENCONTRO EXPLOSIVO - Perfil: James Mangold

Um diretor acima de qualquer suspeita

Ele tem 47 anos. Já dirigiu grandes astros como Russel Crowe, Reese Withespoon, Hugh Jackman, Meg Ryan, Christian Bale, Angelina Jolie, Robert DeNiro e Sylvester Stallone, mas você provavelmente não o conhece. O nova-iorquino James Mangold está longe de representar a grife de nomes como Steven Spielberg, Christopher Nolan e Martin Scorsese, mas é tão eficiente quanto. Já dirigiu dramas calcados em personagens reais, como o elogiado Johnny & June sobre a vida e a obra de Johnny Cash. Esteve a frente da comédia romântica mais nostálgica dos últimos anos, Kate & Leopold, em que colocou o Wolverine Hugh Jackman em trajes de lorde inglês. Mangold mostrou verve narrativa e senso de história do cinema no remake do clássico Galante e sanguinário, intitulado Os indomáveis, em que opunha os astros Russel Crowe e Christian Bale em um tradicional e denso western americano. Mas Mangold já dirigiu um tenso drama passado em um sanatório (Garota interrompida), um policial cheio de conteúdo (Cop Land), um suspense de contornos psicológicos (Identidade) e agora lança uma comédia de ação, Encontro explosivo, seu primeiro blockbuster assumido. Curiosamente, seu mais recente filme se encaminha para sagra-se seu primeiro fracasso comercial.

Mangold junto com a equipe e os globos de ouro de Johnny & June

Mangold começou escrevendo roteiros para a TV, sua estréia no cinema foi com o independente Paixão muda, estrelado por Liv Tyler. Mangold escreveu e roteirizou o filme. O filme agradou e logo ele encaixou outro projeto independente. Um filme que atraiu astros do quilate de Robert DeNiro, Harvey Keitel e Sylvester Stallone. Cop Land era um filme que mostrava uma cidade repleta de policiais. Acontece que tratava-se de uma cidade repleta de policiais corruptos e o xerife, papel de Stallone, era o único honesto deles. Depois da boa recepção de Cop Land, o diretor engatou outro projeto independente. Garota interrompida trazia uma Angelina Jolie pré-fama e uma Winona Ryder pré- problemas com a justiça em momentos inspirados. Um filme sobre auto-descobrimento e força de espírito. Após ir ao Oscar, com a indicação por roteiro e para sua atriz coadjuvante (Angelina Jolie), as ofertas começaram a surgir. O primeiro projeto de estúdio de Mangold foi Kate & Leopold. O próprio escreveu e dirigiu para a Buena Vista, braço de produções de médio orçamento da Disney. A partir de então, média de um filme a cada dois anos. Mangold também se arriscou na TV, tentando firmar-se como grife na seara de onde veio. A série Men in trees, que produziu e dirigiu o piloto, no entanto, não deu certo.
Com Encontro explosivo, o diretor avança no sentido do marketing pessoal. Faz um filme grande, com dois astros de ponta, na época mais movimentada do cinema ianque. Contudo, apesar de sua versatilidade, Mangold ainda agoniza entre o status de diretor de estúdio e diretor independente. Não conseguiu se firmar nem como um nem como outro. De qualquer jeito, está envolvido em 10 projetos para o futuro. Seja como diretor, como produtor ou como roteirista. Status, no final das contas, é só status.

domingo, 13 de setembro de 2009

TOP 10

10 diretores que transitam entre variados gêneros

10- Brett Ratner
O diretor se notabilizou com a trilogia A hora do rush,em que punha o comediante Cris Tucker e o astro chinês Jacke Chan em maus lençóis. A trilogia capitalizou Ratner, que não teve medo de experimentar. O diretor entregou fitas muito bem sucedidas em outros gêneros. Um homem de família, drama estrelado por Nicolas Cage é um bom exemplo. Dragão vermelho, talvez a melhor aparição de Hannibal Lecter depois de O silêncio dos inocentes, também foi cortesia de Ratner. O diretor ainda assumiu a difícil tarefa de substituir Brian Singer a frente do terceiro X-men. O confronto final, dirigido por Ratner, é considerado por muitos o melhor da trilogia. Ratner não é excepcional, mas mantém uma regularidade impressionante. Saí-se bem em qualquer trabalho.

Sou um charme ou não sou?

9- Gus Van Sant
É verdade que Sant não variou tanto assim. Contudo poucos diretores transitam com tamanha habilidade entre o cinema dito comercial e sua vertente independente. Sant vai mais longe. Em suas obras independentes, experimenta como poucos. Filmes como Elefante, Últimos dias e Paranoid Park, pouco têm a ver com filmes como Gênio indomável, Psicose e Garotos perdidos.


Sant: Experimental e sensível

8- Alfonso Cuáron
O mexicano ganhou a pecha, tal qual o dono da posição anterior, de cineasta investigador da adolescência. São seus A princesinha, Harry Potter e o prisioneiro de Askaban e E tua mãe também. Filmes, que a despeito de suas particularidades, retratam essa fase de mudanças e desapegos. Contudo, Cuáron já demonstrou talento ao se enveredar por histórias radicalmente diferentes. Como no romance em tom fabular Grandes esperanças e na ficção apocalíptica Filhos da esperança.
Cuáron no set de Filhos da esperança: Ele é o mexicano mais bem sucedido em Hollywood

7- Mike Newell
O inglês têm seu maior sucesso atribuído a Quatro casamentos e um funeral, até pouco tempo o filme inglês de maior faturamento mundial. Contudo, essa afirmação é fruto de desinformação. Newell, diretor versátil, realizou filmes tão díspares como Harry Potter e o cálice de fogo, Donnie Brasco, O sorriso de Monalisa e Amor nos tempos de Cólera. Sempre com um resultado acima do meramente positivo.




Newell provou-se capaz de dirigir figuras tão diferentes quanto Al Pacino e Daniel Radclife


6- David Fincher
Muitos pensam, erroneamente, que Fincher só sabe realizar filmes sobre serial Killers. Culpa de seu mais retumbante sucesso, Seven. Fincher é muito mais completo do que em um primeiro momento se supõe. Perfeccionista e centralizador, o diretor faz filmes tecnicamente perfeitos. É o caso do recente O curioso caso de Benjamin Button, do polêmico O clube da luta, do incompreendido Zodíaco e do apavorante Aliens 3.

Fincher fazendo pose de sério

5- Mike Nichols
Grande diretor, certamente o dono da carreira mais longeva dentre os listados, Nichols se alterna entre as comédias e os dramas mais robustos. Contudo, nunca se repete. Suas comédias são sempre diferentes. Em estrutura, em narrativa, em ambientação, em discurso. Pegue por exemplo, Uma secretária de futuro e Jogos do poder . Não poderiam ser mais díspares. Ele também já rodou dramas intensos, como Closer e Quem tem medo de Virgínia Wolf?

O diretor ao lado de Tom Hanks no set de Jogos do poder


4- James Mangold
Mangold talvez seja o mais versátil da lista. Já fez comédia romântica de época (Kate & Leopold), westerns ( Os indomáveis), suspenses psicológicos (Identidade) e dramas biográficos (Johnny & June). O diretor sempre realiza um trabalho notável com forte rigor narrativo, mesmo que nunca tenha ingressado no gênero anteriormente.
Mangold tenta explicar sua eficiência

3- Steve Soderbergh
Assim como Gus Van Sant, Soderberg gosta de manter um canal aberto entre o cinema independente e o comercial. Só que Sodebergh é ainda mais arrojado do que Sant nas duas frentes. Por vezes funde os dois gêneros e alcança resultados inesperados. Julia Roberts em um filme independente? Dê uma olhada em Full Frontal. Um filme estreando ao mesmo tempo na TV por assinatura e nos cinemas? Dê uma olhada em Bubble. Elenco estelar em filme divertidíssimo? A trilogia Onze homens e um segredo. Drama oscarizado sobre o mundo das drogas? Traffic – ninguém sai ileso. Sucesso em Cannes? Tem! Conhece Sexo, mentiras e videotape? Filme de gênero? Tem também. Já viu Erin Brockovic? Ah, e têm filme de guerrilha também! As duas partes de Che foram rodadas na marra. Soderbergh é um verdadeiro entusiasta do cinema em toda a sua representatividade.

Te cuida, Spielberg! Quero ser o Steve mais poderoso da cidade!


2- Ridley Scott
O diretor inglês não conhece fracassos. Todas as suas incursões nos variados gêneros cinematográficos foram bem sucedidas. Desde Alien – o oitavo passageiro até Rede de mentiras. Passando por sucessos de público e critica tão diferentes quanto indispensáveis como Gladiador, Blade Runner, Os vigaristas, O gangster, Thelma & Luise e Falcão negro em perigo. Scoot é daqueles diretores que merecem ser estudados em toda a sua plenitude.

Poxa, não fiquei em primeiro...


1- Steven Spielberg
Será que alguém imaginava um número um diferente? O censo comum manda apontar Spielberg como o maior diretor da atualidade. E um dos maiores de todos os tempos. Por que? Certamente não é só pelo seu tino para os negócios. Spielberg é genial em qualquer gênero que se aventure. Eis uma pequena demonstração. Tubarão, E.T, Os caçadores da arca perdida, A lista de Shindler, Parque dos dinossauros, O resgate do Soldado Ryan, A volta do capitão guancho, Munique, Prenda-me se for capaz e Minority Report. Tá bom, ou quer mais?

criador e criatura em momento pop
Fotos: Divulgação