sábado, 21 de setembro de 2013

Especial Elysium - Cinema do mundo


Não é de hoje que se sabe que as bilheterias internacionais são a menina dos olhos dos grandes estúdios hollywoodianos. Um dos sintomas é a maratona promocional, a que os astros de cinema se submetem, ainda mais excruciante com destinos exóticos como Brasil, Rússia e Coréia do Sul cada vez mais inseridos no cronograma de divulgação de produções tão díspares como Oblivion, Se beber, não case e outras maçarocas hollywoodianas. 2013 só não bateu o recorde de astros e estrelas em terras brasileiras porque os protestos iniciados em junho afugentaram os Brads Pitts da vida.
A chinesa Bingbing como estratégia de
consolidação de marketing 
Outro sintoma da importância do mercado internacional para uma típica produção americana é a presença cada vez mais consolidada e ansiada por executivos de atores a atrizes de toda parte do globo. Em Homem de ferro 3, a atriz chinesa Fan Bingbing entrou apenas para agradar o mercado chinês. Sua participação, inclusive, foi dilatada na versão do filme que chegou aos cinemas daquele país. O filme também teve imagens gravadas na China como forma de despertar o interesse local pela produção.
Para Elysium, Neill Blomkamp queria um elenco internacional, prioritariamente oriundo de países subdesenvolvidos, por razões pertinentes à narrativa – que trata do eterno conflito entre ricos e pobres, mas coincidiu com o interesse do estúdio de internacionalizar o elenco do filme que, para todos os fins, se passa em Los Angeles e no satélite denominado Elysium. Blomkamp foi buscar Wagner Moura, ator que é expoente no Brasil, para viver um dos principais personagens do filme. O mexicano Diego Luna, a também brasileira Alice Braga e o sul-africano Sharlto Copley completam o elenco multicultural.

A tendência de elencos globalizados é acompanhada pela disposição de ir filmar fora dos EUA. Nunca antes tantas produções de verão foram filmar fora dos EUA ou do Canadá (já que Vancouver e Toronto são historicamente locações acessíveis - em termos financeiros e de logística – para os estúdios). Da trilogia Os mercenários, passando por Star Trek, 300: a Ascensão de um império e Wolverine: imortal (outro que sobeja em atores não americanos – a começar pelo próprio Hugh Jackman), Hollywood nunca foi menos Hollywoodiana.

Wagner Moura e Alice Braga, com a estampa de Matt Damon ao fundo: foco na internacionalização dos blockbusters americanos....

2 comentários:

  1. Bela matéria, Reinaldo, pois é, o filme tentou ser o mais global possível, pena que nem por isso, se tornou uma obra-prima.

    bjs

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