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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 6

Item 27 - Porrada (melhor cena de violência)
Não sei dizer se é a melhor cena, mas pelo menos foi uma que me causou grande impacto e aflição quando a vi pela primeira vez. Falo de um filme baiano, de um diretor interessantíssimo chamado Sergio Machado. Cidade baixa tem um epílogo avassalador quando os dois amigos, interpretados pelos amigos Wagner Moura e Lázaro Ramos, se engajam em uma briga crua, destemperada e vicejada por sentimentos que o filme tão bem construiu em seu curso. Existem, é verdade, cenas de violência mais chocantes. Quentin Tarantino e Martin Scorsese precisam ser lembrados nesse departamento. Mas poucas vezes o cinema tangenciou tamanha gana e urgência em um rompante de violência.



Item 28 - Quente e úmido (melhor sequência de sexo)
São tantas cenas de sexo marcantes no cinema que chega ser excitante e broxante (um paradoxo mesmo) ter que escolher apenas uma. A quem recorrer? Almodóvar com seu fetichismo em cores vivas? Adrian Lyne, um pornógrafo contido?  Gaspar Noé, o pornógrafo nada contido? Fico com Marc Foster, que tangenciou tão bem o turbilhão representativo que é o sexo em A última ceia. Uma cena crua, que funciona como catarse para dois personagens tão opostos e tão ligados quanto os de Billy Bob Thorton e Halle Berry no filme de 2001. Não há muito espaço para sensualidade aqui, mas é uma cena bem carnal. 


Item 29 - Saída pela esquerda (melhor sequência de perseguição)
Daniel Craig fez sua estréia como 007 em grande estilo em Casino Royale. A cena de abertura é uma perseguição de tirar o fôlego, com a participação de um corredor profissional, que formaliza que são novos tempos para o espião mais querido do cinema. Talvez não seja a cena de perseguição mais memorável, mas pelo aspecto surpreendente é a mais magnética.

Ele corre porque Bond está atrás dele...




Item 30 - Nunca mais (filme mais traumático)
Sou da opinião que todo filme merece ser visto em sua totalidade para que receba uma opinião bem fundamentada. Pois bem. Me orgulho de dizer que nunca abandonei um filme. E nem planejo fazê-lo. Meu amor pelo cinema é mesmo transcendental. O filme que mais me fustigou para que abrisse mão dessa “meta” foi Jefferson em Paris. Co-produção entre Inglaterra, França e EUA, a fita (com 140 min) tem pedigree. É dirigida por James Ivory e conta com um elenco formado por Nick Nolte, Gwyneth Paltrow, Thandie Newton e Gárard Depardieu.
O filme abusa da prerrogativa de ser chato. Fui obrigado a assisti-lo em três dias. Dou-lhe um desconto porque ainda era criança, devia ter meus 12 ou 13 anos quando o vi, mas ainda não tive coragem de voltar a ele.


Item 31 - Minha vida em três sequências
Esse talvez seja o item mais difícil de todos. Não à toa, fecha o desafio. Como a vida ainda está toda pela frente, fica difícil elaborar momentos diversos pela ótica do cinema. Eles acabam interiorizados por questões de foro íntimo.
Um primeiro momento que preciso citar é a cena final do filme Estrada para perdição, que já foi citado neste Meme. O filme fecha com um momento pungente em que o real significado do drama dirigido por Sam Mendes emerge com força extraordinária.





Outra cena que sempre me faz chorar é de outro filme que eu já citei aqui. O momento da morte de Mufasa em O rei leão é um verdadeiro convite às lágrimas. Eu e minha família, foi um filme que vi com minhas irmãs e meus pais, nos debulhamos no cinema em uníssono. Pura catarse cinematográfica. A lembrança dessa comunhão e cumplicidade é tão forte quanto a cena em si.






Confesso que não sei dançar muito bem, mas a cena do tango em Perfume de mulher me inspira e me ajuda a ver mais brilho na vida. Paixão, determinação, beleza... é uma cena de muitos predicados e que exige poucas justificativas para ser lembrada aqui.   



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 5

Item 22 - So you think you can dance (melhor musical)
Moulin Rouge – amor em vermelho. Sem pestanejar. O musical de Baz Luhrmann não só revigorou o apreço pelos musicais no cinema como demonstrou fôlego e inventividade na forma como o fez. A fita é apaixonante. Os números musicais, uma extravagância. Os personagens são os mais perfeitos arquétipos românticos a ter vez nos cinemas e Luhrmann demonstra firmeza na misè-en-scene. Contudo, o que mais impressiona em Moulin Rouge é a originalidade dos mashups propostos que juntam David Bowie, Elton John, Madonna, U2, entre outros.



Item 23 - Melhor DR

Poderia citar alguma cena de um filme e são muitas as ótimas cenas a embarcar drs. Das mais explosivas (como Clive Owen e Julia Roberts em Closer) às mais sutis (Jake Gyllenhaall e Heath Ledger em O segredo de Brokeback Mountain), mas momentaneamente a melhor indicação me parece ser Namorados para sempre. O filme inteiro é uma DR que consegue ser apaixonada e desapaixonada ao mesmo tempo. Vai lidar com uma dicotomia dessas.


Item 24 - Melhor par romântico

Julia Roberts e Richard Gere? A dama e o vagabundo?Rock Hudson e Doris Day? Leonardo DiCaprio e Kate Winslet? A bela e a fera? Nenhum deles! Sou muito impressionável em matéria de casais cinematográficos. Vivo variando meus preferidos. O melhor que posso fazer é apontar o que mais me cativa no momento: Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway em Amor e outras drogas.

Química, beleza, sensualidade... Jake e Anne merecem o seu voto!


Item 25 - Meu Vilão Favorito nos Filmes

Não tem jeito. Ninguém tem vilões como Batman. Por mais tentador que possa ser apontar Darth Vader ou Hannibal Lecter, o ensandecido e, ainda assim, incrivelmente genial coringa de Heath Ledger em Batman - o cavaleiro das trevas é uma imagem da qual não se pode desvencilhar. 


Item 26 - Unha e Carne (Melhor Amizade)
São muitas as amizades que nos comovem no cinema. Mas, talvez, a que mais tenha me marcado é a que une Martin Riggs (Mel Gibson) e Roger Murtaugh (Danny Glover) na franquia Máquina mortífera. Quando você desarma uma bomba com teu amigo na privada, é sinal de que a amizade chegou a níveis irrevogáveis.

Riggs e Murtaugh já passaram por poucas e boas na quadrilogia  Máquina mortífera

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 4

Item17 - Brasileirão 
Em exercícios como este nos damos conta de como o Brasil tem filmes para se orgulhar. São muitas produções boas. Mas o lugar comum impera aqui. Cidade de Deus é o filme mais maduro do cinema brasileiro em termos de linguagem e narrativa. A fita de Fernando Meirelles abriu horizontes para o cinema brasileiro e aproximou o público do país de seu cinema. De quebra, mostrou que a falta de domínio técnico estava deixando de ser um problema na produção cinematográfica nacional.



Item 18 - Melhor Animação
Se o negócio é dar vez ao coração, o campeão nessa categoria (e com folga) é O rei leão. A fita de 1994 permanece um primor de entretenimento familiar. Emocionante e divertido, esse clássico Disney ainda é a mais eloquente jornada do herói (conceito de fundo filosófico) a ter surgido no cinema.


Item 19 - O melhor Faroeste

Leone, Ford, Hawkes... são tantos papas do western que fica difícil escolher. Mas o tiro final coube a Clint Eastwood. O apogeu do western ocorre em Os imperdoáveis, filme revisionista que provê perspectiva ímpar ao maior dos gêneros americanos. Um clássico inesquecível e de profunda ressonância que, em última análise, desmistifica bem, mal e todo o sangue e balas que os separam.



Item 20 - Melhor comédia romântica
Meu Deus do céu! Ô item difícil! Para fazer uma “escolha democrática” aponto Simplesmente amor. Pela simples razão de que “a comédia romântica definitiva”, como promete o slogan, congrega todos os clichês em um filme coral deliciosamente apaixonante. O super elenco ajuda a tornar essa comédia romântica saborosa em algo bem próximo do conceito de inesquecível.

Overdose de declarações de amor: na fita de Richard Curtis, cujos créditos como roteirista incluem O diário de Bridget Jones, são muitas e variadas declarações de amor...


Item 21 - Preto no Branco (Melhor Noir)

A tentação era apontar O falcão maltês, excelente filme que marcou o início da parceria (dentro e fora das telas) entre Lauren Bacall e Humphrey Bogart, mas se justiça deve ser feita, é preciso citar o primoroso O homem que não estava lá dos irmãos Coen. Esse filme apresenta todos os elementos que consagraram o noir como gênero de sucesso nos idos dos anos 40 e 50 e ainda é temperado pelo humor seco dos Coen. Uma perola cinematográfica. 


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 3

Item 12 - Melhor Ano da História do Cinema 
1939, 1943, 1958, 1976, 1989... São muitos os “anos pródigos” para o cinema. Por um critério estritamente particular elejo o ano de 1999 como o melhor do cinema. Por uma razão muito simples. Pude vivê-lo na condição de cinéfilo e usufruir de sua grande qualidade. Sob variados aspectos, 1999 se distingue da produção cinematográfica contemporânea. Até hoje se inscreve como o ano do Oscar com a maior média de filmes excelentes em disputa no período recente. Foi o ano em que os Wachowski apresentaram Matrix, George Lucas trouxe de volta a magia de Star Wars, a ode a Indiana Jones se materializou (A múmia) e o roteirista Charlie Kaufman impressionou com um pilar de criatividade hollywoodiana chamado Quero ser John Malkovich.

Outros destaques de 1999:
Beleza americana
O informante
O sexto sentido
Clube da luta
Regras da vida
Magnólia
A espera de um milagre
Três reis
Dez coisas que eu odeio em você
Nenhum a menos
O talentoso Ripley
O suspeito da rua Arlington
007 – O mundo não é o bastante
O verão de Sam
Tudo sobre minha mãe
O troco
Toy story 2
Tomas Crown – a arte do crime
Segundas intenções
Risco duplo
Poucas e boas
O mundo de Andy
Meninos não choram
Máfia no divã
Um lugar chamado Notting Hill
A lenda do cavaleiro sem cabeça
Hurricane- o furacão
A história de nós dois
Happy, Texas
Fim de caso
Dogma
De olhos bem fechados
Crime verdadeiro
Como enlouquecer seu chefe
O colecionador de ossos
Uma carta de amor
Anna e o rei
American Pie – a primeira vez é inesquecível


Item 13 - Maior roubada cinematográfica
Vamos ser atuais? A hora da escuridão, atualmente nos cinemas, é das maiores catástrofes que se pode assistir. O filme é um horror.

Emile Hirsh amarrou seu bode em um dos piores lançamentos cinematográficos dos últimos anos


Item 14 - Batendo Papo (melhor diálogo)
É difícil fugir de Quentin Tarantino em matéria de diálogo no cinema. Ainda que haja grandes diálogos em filmes de Woody Allen, Pedro Almodóvar, John Huston e Martin Scorsese, Tarantino é uma escolha óbvia. Recorro, portanto, a seu primeiro filme que patenteou seu talento para roteiros engenhosos e diálogos espertos logo na primeira cena. Em Cães de aluguel, um grupo de assassinos contratados para um serviço está à mesa jogando papo para o ar. De Madonna à função social da gorjeta, Tarantino derruba o nosso queixo com desenvoltura.


Item 15 - Melhor Horizonte (Fotografia inesquecível)
A tentação de apontar uma fotografia de algum épico ou clássico é grande demais. De Dança com lobos à Casablanca. Talvez seja até mesmo esse o espírito da brincadeira, mas a subverto então. Apontaria a fotografia do filme Traffic como a que mais me impactou. Raras vezes um cineasta usou de maneira tão elaborada e inteligente a fotografia como vértice narrativo como nesse filme sobre o cerco às drogas. 


Item 16 - Melhor-Durão-Que-No-Fundo-É-Coração-Mole

São muitos. Mas talvez o mais emblemático de todos seja o John Kimble de Arnold Schwarzenegger em Um tira no jardim de infância. O policial maltrapilho e assustador se revela um professor atencioso e com excelentes estratégias pedagógicas.




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

[Meme] atualização 2

Item 7 - Comédia-tonta-que-não-prejudica-os-neurônios
Confesso que pensei mais do que imaginava possível para declinar essa resposta. Talvez a comédia que mais se ajuste à definição da categoria seja Todo mundo em pânico. Primeiro pelo fato de revigorar um gênero em desuso (a paródia) e atentar para a contemporaneidade do público e do cinema. Desencadeou uma série de paródias que não podem ser enquadradas na mesma categoria de “não prejudicar os neurônios”.


Item 8 - Filme Cebola (mais triste de todos)
Outra questão que merece particular atenção. Como eu já chorei em filmes tão diversos como Armageddon e Filadélfia, fica difícil se estabelecer como fonte confiável. Mas é preciso eleger critérios. Sendo assim, destaco Sempre ao seu lado. Filme particularmente recente cujo trailer já provoca lágrimas. Já que é para apontar um filme cebola por excelência, não vejo candidato mais bem adornado do que este.





Item 9 - Filme mais romântico
Eu adoro romances. Amo de paixão mesmo. Não diria que romance é meu gênero preferido porque resisto a declinar um gênero favorito. Mas romance e ação (tão díspares) duelam fervorosamente por esse postos, se me permitem a confidência.
Bem, isso posto, sou tentado a fugir do óbvio. Poderia listar Casablanca (romance imortal), O diário de Bridget Jones (talvez o único a conjugar realidade e conto de fadas com desenvoltura), Ghost – do outro lado da vida (outro romance imortal) ou As pontes de Madison (talvez o romance mais pungente e doído que já vi), mas citarei O jardineiro fiel. Isso mesmo. Um thriller de espionagem como filme mais romântico. Não enlouqueci. É que não há nada mais lindo e profundamente encantador do que testemunhar o personagem de Ralph Fiennes se apaixonar por sua esposa após a morte dela. O que foi um dia um casamento de conveniência se transforma em um luto irresoluto com o personagem apalpando as paixões e as causas que moviam a esposa e também sucumbindo a elas. Triste, irreversível e profundamente romântico. 



Item 10 - Guilty pleasure
São muitos não são? Difícil eleger um. Vou, portanto, pelo critério do direito adquirido. Um dos mais longevos guilty pleasures que ostento é Matador de aluguel. Um filme obscuro estrelado por um Patrick Swayze alguns meses antes de estourar como galã em Ghost. Swayze faz um leão de chácara caladão que acaba envolvido com os piores tipos de uma cidadezinha. Fica com a mocinha e distribui sopapos a torto e a direito. Filmaço B que nunca envelhece. 





Item 11 - Melhor drama

Chega a ser covardia. Além de beirar o impossível, apontar o “melhor drama” é um tanto ingênuo. Mas para não comprometer o espírito da brincadeira apelo, novamente, a critérios bem particulares. Estrada para perdição seria a minha escolha aqui. Novamente em virtude de razões que dialogam com a minha experiência de vida. A história de um pai que se aproxima do filho na adversidade é deverás comovente e toda a atmosfera mafiosa torna este belo filme de Sam Mendes ainda mais eloquente nos comentários que faz sobre paternidade e arrependimentos. Um drama poderoso que foi negligenciado em sua época de lançamento. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

[Meme] Atualização 1

Conforme disposto no editorial abaixo, o desafio do Meme foi aceito, mas alguns ajustes precisam ser feitos para evitar que o ritmo das postagens no blog seja prejudicado. Claquete, como bem sabe o leitor, é atualizada diariamente e existe toda uma programação – turbinada pelo especial Oscar Watch – distribuída pelo mês.
Portanto, o Meme “um mês, 31 filmes” será adaptado para se adequar a essas circunstâncias. Serão seis postagens durante o mês, cada uma destacando cinco itens da lista, respeitando a ordem estabelecida e publicada no editorial que destaca o primeiro item da referida lista.


Item 2 – Melhor sequência inicial e melhor sequência final

Existem sequências iniciais que antecipam um filme impactante e sequências finais que coroam um ótimo filme ou salvam um filme relativamente medíocre. Mais uma vez, é um tanto difícil declinar minhas favoritas. Mas vamos lá:
A melhor sequência inicial para mim é de Marcas da violência (History of violence), de David Cronenberg. Uma demonstração de exuberância técnica do cineasta canadense que em um plano longo e ininterrupto apresenta os dois bandidos que nos conduzirão ao protagonista do filme.
A melhor sequência final é puro deleite de quem adora comédias românticas. A cena final de O diário de Bridget Jones é algo que roda frequentemente em meu DVD player. É linda, charmosa, doce e irresistível ao som de Someone like you.  

Item 3 – Sessão da tarde inesquecível

Meu primeiro amor (My girl, EUA 1991) é um filme que conheci na sessão da tarde antes mesmo de ter o primeiro amor. Me tocou profundamente e, sempre que lembro dele, tem o doce gosto de um tempo de inocência que não volta mais.



Item 4 – Melhor diretor

A última vez que levei genuinamente um soco no estômago no cinema foi ao ver Sobre meninos e lobos (Mystic river, EUA 2003), no extinto Cine Belas Artes em São Paulo. A última vez que um filme se agigantou em frente aos meus olhos com ternura e humanidade foi com Gran Torino (EUA 2008). Isso posto, e assumindo de vez a pessoalidade da escolha, Clint Eastwood seria o nome escolhido para preencher essa vaga. Há John Ford. Há Alfred Hitchcock. Há Pedro Almodóvar. Há David Fincher. E há Clint Eastwood. Talvez o único artista a ter se reinventado completamente no curso de uma carreira e ter se tornado o maior clássico americano vivo. Anda um tanto inferior às expectativas que desperta, mas é imortal. 



Item 5 – Atriz e ator preferidos

Aqui, por incrível que pareça, a tarefa se mostra mais fácil do que se poderia imaginar. A atriz preferida é aquela mesma. O clichê das 17 indicações ao Oscar (já podemos computar a nomeação por A dama de ferro, produção?) já diz tudo. Dizem por aí que Meryl Streep é boa recitando até lista telefônica e quem sou eu para discordar? Capaz de mesmerizar plateias em dramas pesadões e de inebriá-las em comédias amenas, Streep é um ícone da atuação e eu tenho o privilégio de acompanhar seu momento mais frutífero. O reconhecimento crítico nunca lhe foi tão demasiado e o sucesso comercial nunca foi tão constante.
Algo semelhante ocorre com meu ator favorito. São tantos. Bruce Willis, Tom Hanks, Robert De Niro, Al Pacino, Clive Owen, Brad Pitt... Mas há um que goza de um status inigualável. Talvez apenas Cary Grant, antes dele, tenha sido tão reverenciado. Estou falando, é claro, de George Clooney. Admiro o homem, antes do ator, o que deixa tudo mais fácil. Mas Clooney é um exemplo raro de ator que evoluiu com a idade. Cerca-se dos melhores profissionais, busca as melhores ideias e sabe projetar-se nos personagens. Transitando entre o mainstream e o cinema independente, Clooney está sempre bem. De cabeça, o último filme ruim que vi com o ator foi Solaris. E não era tão ruim assim.
É pacífico que Clooney vive o melhor momento de sua carreira. Os papéis que escolhe são desafiadores e o nível de suas atuações só tem melhorado. Nos últimos seis anos foi indicado ao Oscar três vezes. E pode ganhar esse ano o seu segundo prêmio. Charmoso e inteligente, vem migrando para a figura de cineasta com bem aventurança. Talvez não chegue a ostentar o recorde de Jack Nicholson (outro ator que eu adoro) entre os atores com 12 indicações ao Oscar, mas é inegável que olhando para a geração posterior a Nicholson, ninguém está melhor colocado do que Clooney.  

Meryl Streep: a atriz favorita da torcida do Flamengo...



Item 6 – Com o coração na boca (melhor suspense/terror)

Voltamos à carga da dificuldade. Há muita coisa boa no filão do suspense e terror. Mas em ordem de ser justo com a história do cinema, preciso apontar um dos filmes que mais exerceu influências a torto e a direito no gênero. Falo, obviamente, de O bebê de Rosemary, de Roman Polanski. Uma obra prima da sugestão. O filme, que mostra a agonia alucinatória de uma mulher que teria sido engravidada pelo demônio, é uma soberba demonstração da maestria do franco polonês em pregar seu espectador na cadeira e fazê-lo roer as unhas.
Em uma época que cinema de terror não significava efeitos sonoplásticos e sustos previsíveis, O bebê de Rosemary foi o grande destaque.


domingo, 1 de janeiro de 2012

Editorial - Renovação

É impossível dar início a esse editorial sem fazer uma deferência a você leitor que passou 2011 com Claquete. E outra ao leitor que descobriu o blog em 2011 e voltou, voltou e continua voltando. E também ao leitor que já conhecia o blog de outros carnavais. Começa, agora, um novo capítulo nas nossas vidas e na de Claquete também. Janeiro é, por definição, um mês de renovação. De esperanças, de promessas, de sonhos...
É um mês, também, de filmes de primeira grandeza. Que renovam nossa fé no cinema. Em janeiro de 2012, por exemplo, teremos Os descendentes, de Alexander Payne; J.Edgar, de Clint Eastwood, Cavalo de guerra, de Steven Spielberg, Precisamos falar sobre o Kevin, de Lynne Ramsey; Os homens que não amavam as mulheres, de David Fincher e muito mais. Todos esses filmes terão vez no blog e na cobertura especial que Claquete faz da temporada de premiações denominada Oscar watch.
2012 começa em Claquete com as promessas de qualidade jornalística e amor ao cinema reiteradas. Mas como novidade é bom, e todo mundo gosta, o blog apresenta uma para receber 2012. Trata-se de Causos de cinema. Serão textos ficcionais, contos em sua maioria, tendo o cinema e toda a sua magia como base. Esses textos terão periodicidade mensal e se comunicarão fortemente com todos aqueles que têm paixão pelo cinema. Aproveitando a estreia, vale rememorar neste espaço as colunas e seções que constituem Claquete.

Causos de cinema (mensal)
Contos ficcionais sobre o mundo do cinema

Insight (semanal)
Análises, reportagens ou artigos sobre fatos e tendências que estejam em voga no cinema

Claquete repercute (mensal)
Análises detalhadas de filmes que marcaram época por variadas razões

Cantinho do DVD (semanal)
Um filme que esteja disponível em DVD ou Blu-Ray resenhado para o leitor

Questões cinematográficas (mensal)
Análises conjunturais de temas que circundam a sétima arte

Em off (sem periodicidade definida)
Bastidores, fofocas e novidades que circulam na indústria do cinema e do entretenimento

Cenas de cinema (sem periodicidade definida)
Fofocas e notícias do cinema

TOP 10 (mensal)
Listas cinéfilas para o leitor

Momento Claquete (sem periodicidade definida)
Imagens que falam mais do que mil palavras

Perfil (sem periodicidade definida)
A vida e a carreira de uma personalidade ligada ao cinema

Claquete documenta (sem periodicidade definida)
Documentários resenhados


A editora do CinePipocaCult (Amanda Aouad), um dos blogs de cinema mais confiáveis e respeitáveis disponíveis na internet, me convidou para participar de um Meme intitulado “um mês, 31 filmes”. A brincadeira consiste em responder as 31 indagações dispostas mais abaixo neste post. Uma por dia.
O primeiro item da lista é o filme da minha vida. Não é uma declinação fácil. Qualquer pessoa hesitaria em apontar apenas “um filme da vida”. Todos passam por momentos em que determinados filmes dialogam melhor. Nos tocam mais. Nos completam. Nos emocionam. Nos redimem. Enfim, para um cinéfilo que não cansa de declarar sua paixão infindável pelo cinema, a tarefa torna-se ainda mais inconclusiva.  Assim, de sobressalto, o primeiro filme que me vem à mente (e esse critério precisa ser levado em consideração) é Lado a lado (Stepmon, EUA 1998). É difícil acreditar que esse filme de Chris Columbus, com certa veia sentimentalista, possa ser o “filme da minha vida”. Mas ele não sai de minha cabeça no momento que eu busco essa resposta. Talvez pelo fato de que seja o único que encampe muitos dos dramas pelos quais passei em minha vida e seja tão otimista, sensível e solar no trato que dá a eles. É sim um filme emocionante e que toda vez que volto a ele me debulho em lágrimas. 
Há problemas narrativos, estruturais e muitos outros que meu olhar clínico depura, mas é um filme que me capturou quando eu tinha 15 anos e, desde então, com sua humanidade, não cessou de me cativar.





Dia 1 - Filme da Minha Vida 
Dia 2 - Melhor sequência inicial e melhor sequência final 
Dia 3 - Sessão da tarde Inesquecível 
Dia 4 - Melhor diretor
Dia 5 - Atriz e ator preferidos
Dia 6 - Com o coração na boca (melhor suspense/terror)
Dia 7 - Comédia-tonta-que-não-prejudica-os-neurônios
Dia 8 - Filme Cebola (mais triste de todos)
Dia 9 - Filme mais romântico
Dia 10 - Guilty pleasure
Dia 11 - Melhor drama
Dia 12 - Melhor Ano da História do Cinema 
Dia 13 - Maior roubada cinematográfica
Dia 14 - Batendo Papo (melhor diálogo)
Dia 15 - Melhor Horizonte (Fotografia inesquecível)
Dia 16 - Melhor-Durão-Que-No-Fundo-É-Coração-Mole
Dia 17 - Brasileirão 
Dia 18 - Melhor Animação
Dia 19 - O melhor Faroeste
Dia 20 - Melhor comédia romântica
Dia 21 - Preto no Branco (Melhor Noir)
Dia 22 - So you think you can dance (melhor musical)
Dia 23 - Melhor DR
Dia 24 - Melhor par romântico
Dia 25 - Meu Vilão Favorito nos Filmes
Dia 26 - Unha e Carne (Melhor Amizade)
Dia 27 - Porrada (melhor cena de violência)
Dia 28 - Quente e Úmido (melhor sequência de sexo)
Dia 29 - Saída pela Esquerda (melhor sequência de perseguição)
Dia 30 - Nunca mais (filme mais traumático)
Dia 31 - Minha Vida em 3 sequências


Muito cinema para todos nós em 2012!