quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Crítica - Duro de matar: um bom dia para morrer


Levando o swing de McCLane à Rússia

Pai e filho em momento família no divertido e exagerado novo filme da série Duro de matar

Pode-se dizer que Duro de matar: um bom dia para morrer (A good day to die hard, EUA 2013) é um filme para fãs de John McClane, o policial mais azarado de Nova Iorque e o herói mais humano do cinema de ação americano. O quinto filme da série leva McCLane à Rússia; onde seu filho, acredita ele, está enrascado. Jack (Jai Courtney), na verdade, é um agente da CIA em uma operação que envolve desde as razões por trás da tragédia de Chernobil ao deslocamento de armamento nuclear. Não é a típica trama de um filme da série Duro de matar – o que incide na ponderação que se segue.
Ainda que acene para os fãs antigos com cenas de ação espetaculares rodadas no “punho” (sem grandes invencionices do CGI) e do peculiar humor de McCLane (e Bruce Willis ainda veste o personagem de maneira notável), Um bom dia para morrer objetiva se ajustar para uma audiência mais jovem e menos criteriosa. Passam por aí desde o aparente fator de cura de McCLane – já que ele nunca se machucou tanto e seguiu “firme e forte” - até a “missão acidental” de impedir o abastecimento nuclear de um alucinado russo.
São, porém, deslizes que não afetam o entretenimento, dessa vez dirigido pelo competente John Moore (de filmes como Atrás das linhas inimigas e O voo da Fênix), que Um bom dia para morrer deseja ser. Apenas o diminui em comparação aos outros capítulos da série.
Em compensação, as piadinhas com a rivalidade histórica entre russos e americanos e as gozações do status quo de azarado e mestre da improvisação de McCLane valem o ingresso. De quebra, há Sinatra e Rolling Stones na trilha sonora. Coisa que só um personagem duro de matar é capaz de segurar!

2 comentários:

  1. É, eu não fiquei tão satisfeita quanto você. Entendo a aproximação com os jovens, a linguagem e até os ecos da série original (acho que desde o quarto não é mais John McClane o foco). Mas, muita coisa me incomodou, principalmente Chernobil. E o roteiro parecia rodar em círculos, cansando mais do que uma maratona dos outros quatro (e olha que cada um deles tem 2 horas, enquanto esse tem apenas 1h30).

    bjs

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  2. Amanda: Chernobil foi uma forçada oportunista mesmo... mas acho que o filme diverte e, neste caso, é tudo que importa.
    Bjs

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