segunda-feira, 18 de julho de 2011

Crítica - Cilada.com

O gosto pelo popular!


Com a pompa de maior lançamento do cinema nacional em 2011 e com a coragem de bater de frente com os dois principais blockbusters americanos dessa temporada de férias (Harry Potter e Transformers), Cilada.com (Brasil 2011) chega aos cinemas com a promessa de expandir a experiência proporcionada pelo humorístico criado por Bruno Mazzeo para o canal pago Multishow. Essa promessa é cumprida na metragem, mas não na qualidade. Mazzeo, em suas aparições promocionais para divulgar a produção, afirmava que o filme não se tratava de um episódio esticado do humorístico – mal que acomete nove em dez adaptações de programas televisivos. Mas o esforço de Mazzeo pode ser facilmente confundido com marketing desavergonhado ou ingenuidade.

Mazzeo em cena do filme que já tem sequência assegurada: o jeitão é mesmo de episódio esticado...


Cilada.com é ralo na proposta de emoldurar uma trama de fôlego que justificaria a afirmação do ator, roteirista e co-produtor. O filme, com um humor decididamente de sitcom, só se divorcia dessa imagem ao acelerar nos palavrões e nas piadas que de tão grosseiras não teriam vez na telinha. Esse fato sublinha especialmente um dos dissabores desse tipo de adaptação brasileira. A percepção é de que o que diferencia o humor do cinema do praticado na tv é o acréscimo de palavrões e piadas “sem censura”. Essa preguiça criativa se resolve como liberdade e agrada uma parcela do público que não se ressente de ver na tela do cinema o que não deixa de ser uma evolução do programa da tv.
Cilada.com não chega a ser ruim como entretenimento. Se resolve como um bem sacado esquete de sábado à noite, mas é só. Mazzeo, notadamente bom comediante, se inspira no humor consagrado por Todd Phillips em recentes produções como Se beber não case e Um parto de viagem, para conflagrar um filme de apelo masculino e com piadas que devem provocar risos – ainda que amarelos – em grande parte do público. Para quem não urra de felicidade ao ver diferentes versões de piadas sobre ejaculação precoce, o filme se resolve como uma cilada. Daquelas bem óbvias.

3 comentários:

  1. Como você disse, um entretenimento de sábado a noite... É bobo, de mau gosto em alguns momentos (como o sonho) e com algumas risadas. A gente merece mais, né?

    bjs

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  2. Pois é Amanda. É bem fraco e mais palatável para o público masculino...
    Bjs

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  3. Mas eu gostei e muita gente gostou. Dei boas risadas com o filme, q era oq eu estava procurando.

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