sexta-feira, 20 de abril de 2012

Filme em destaque - American pie: o reencontro


Revendo os amigos
O filme que marcou uma geração, no final da década de 90, ganha uma nova sequência marcada pela nostalgia. Claquete ajuda a entender o que há além da nostalgia em rever esses velhos conhecidos nos cinemas novamente 

Nostalgia talvez seja a principal palavra relacionada a American Pie: o reencontro, que estreia nesta sexta - feira (20) nos cinemas brasileiros. A fita reúne o elenco original 13 anos depois do primeiro American Pie. São sete filmes, três oficiais, e um status quo difícil de ser reproduzível pelos filmes adolescentes do começo do século XXI. Personagens como Jim, o pai do Jim, Stifler e a mãe do Stifler ajudaram a transformar American pie – a primeira vez é inesquecível em um marco geracional.
Dirigido com assertividade pelos irmãos Paul e Chris Weitz que depois se interessariam por projetos diversos como Um grande garoto (2002) e Tudo pela fama (2006), no caso do primeiro, e A bússola de ouro (2007) e Lua nova (2009), no caso do segundo, a fita é um marco a sua maneira.
Ambos retornam, a exemplo do que fizeram com American Pie 2 – a segunda vez é ainda melhor (2001) e American pie 3 – o casamento (2003) como produtores executivos.
A direção deste reencontro compete aos criadores de uma franquia emaconhada chamada no Brasil de Madrugada muito louca, Hayden Schlossberg e Jon Hurwitz. Esse é o primeiro trabalho da dupla, como diretores, fora desse universo.

Retorno bem vindo
A bem da verdade, além de saudar um pessoal a beira dos 30 anos com reminiscências de sua adolescência, o novo American Pie – que o elenco em entrevistas promocionais tem comparado ao primeiro em grau de satisfação e qualidade da história – tem como objetivo ressuscitar algumas carreiras que iam mal das pernas. Depois de servir de alter-ego para Woody Allen e de capitalizar em cima de seu famoso personagem Jim, Jason Biggs vive ostracismo na TV, onde não consegue emplacar nem mesmo séries de tv banais -  como a recentemente cancelada Mad love.
Chris Klein não decolou e é, desde o primeiro filme, quem mais sente falta de algum talento. Seann William Scott até tentou o cinema de ação, mas não conseguiu se desvincular da imagem de eterno Stifler. Diferentemente de outros atores que parecem ressentidos com suas carreiras, tal qual seu personagem, ele não parece se importar muito com isso. Eddie Kaye Thomas até andou fazendo coisas interessantes na TV, como How to make in America, e no cinema independente, mas sem maiores sobressaltos de expressividade. Thomas Ian Nicholas, Alyson Hannigan, Tara Reid e Mena Suvari se não sumiram por completo, pouco se fizeram notar.
Jennifer Coolidge e Eugene Levy, as indescritíveis figuras materna e paterna de Stifler e Jim respectivamente, conseguiram boquinhas na comédia americana, também ancorados nas personas de seus personagens.
John Cho, que faz descoladas pontas nos três filmes oficiais da série, talvez seja quem tenha se dado melhor. Emplacou, por exemplo, Madrugada muito louca.
A nostalgia para essa turma de 99 é, portanto, muito mais do que providencial. É uma questão de cuidar do presente também.

Cinco momentos que fazem a trilogia original:

Jim e a torta
Essa faz valer o nome da série. O desconcertante flagra que o pai faz do filho desenvolvendo intimidade com uma torta de maça quentinha...

“A primeira vez” de Jim
Não chegou exatamente a acontecer, mas valeu muito... pelo menos para a audiência
(Clique neste link para ver o vídeo no Youtube)

Stifler e Jim se beijam para que duas garotas se beijem
Eles aceitam trocar carícias para que duas gostosonas façam o mesmo. O que eles nem desconfiam, e Finch também está no bolo, é de que elas estão tirando o maior sarro deles...



Stifler prova algo muito especial
A fim de preservar um segredo, Stifler extrapola todos os limites do bom senso ao mastigar algo que não foi feito para ser mastigado...



O pedido de casamento
Como nosso herói não se cansa dos constrangimentos, já começa o terceiro filme caprichando....

5 comentários:

  1. Confesso duas coisas: acho a série terrível demais, todas as piadas são medonhas (mas, como bem apontado por você, marcou uma geração) e também confesso estar ansioso para assistir a esse filme, justamente porque o elenco original se reunirá tanto tempo depois e, como sabemos, eles são só American Pie, porque jamais fizeram nada denotável senão isso.

    Craa, gostei do seu texto, bem bacana.
    ;)

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  2. Confesso que essa série, pra mim, já deu o que tinha que dar. Cansei dela. Mas, acho que até assistiria a este filme, pela curiosidade de ver, novamente, o elenco original reprisando seus papeis. Só que tenho a leve sensação de que "American Pie: O Reencontro" repete as mesmas piadas de sempre.

    Beijos!

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  3. Nunca curti muito "American Pie". Para falar bem a verdade, acho que nunca assisti a um filme da série por completo. E, depois das infinitas continuações, só fiquei ainda mais desinteressado. Nem o elenco original da série reunido me motiva...

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  4. Gostei mais do primeiro e foram tantos filmes que perdi "o tesão" por American Pie, entende? Mas uma coisa eu garanto: a primeira vez a gente nunca esquece.... o primeiro filme ainda é inesquecível e muito divertido. Mas a piada, pelo menos pra mim, só funcionou uma vez.

    Abs.

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  5. Luís: Obrigado pelo elogio meu caro. Pois é Luís,American pie tem esse charme canhestro difícil de definir.
    Abs

    Kamila: Olha... eu até gosto de American pie.Tenho um carinho por esses personagens. E o quarto filme é bem melhor do que eu esperava viu...
    bjs

    Matheus: Pois é, para quem não curtiu a trilogia original, esse quarto filme é um excesso desnecessário... como o são todos os excessos, né? rsrs
    Abs

    Rodrigo Mendes: A primeira vez é inesquecível mesmo e como o quarto filme dialoga bem com a fita de 99, ganha em condescendência da parte da audiência.
    Abs

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