segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crítica - À beira do abismo

Um bom thriller!

À beira do abismo (Man on a ledge, EUA 2012) é o tipo de entretenimento que compensa. Um bom elenco em boa forma, um conjunto de clichês dentro do aceitável e uma boa condução por parte da direção, no caso do dinamarquês Asger Leth em seu segundo longa-metragem.
O “porém” em À beira do abismo, é que o filme começa muito mais instigante do que termina. Nick Cassidy (o ainda apagado Sam Worthington) é um ex-policial que foi condenado a 25 anos de prisão por ter roubado um valioso diamante de um poderoso empresário nova-iorquino (Ed Harris, tirando um barato). Mas quando o filme começa vemos esse sujeito que, o flashback logo informa, fugiu da prisão, se hospedar em um hotel para logo em seguida ameaçar se suicidar jogando-se do topo do edifício.
A partir daí, a fita de Leth começa a lançar mão de certos clichês que facilitam o trabalho de quem já está acostumado com filmes dessa estirpe. A previsibilidade do desfecho, no entanto, não diminui a tensão e as expectativas do público quanto à resolução dessa história (aparentemente) inusitada. 

Vertigem: Worthington passa praticamente o filme inteiro em cima do parapeito de um edifício nova-iorquino


Ajuda nessa tarefa o bom elenco recrutado. Se Sam Worthington ainda prescinde de alguns predicados que o avalizem como protagonista, Elizabeth Banks se garante mais uma vez em um papel dramático. Mais associada a comédias como Pagando bem, que mal tem?, ela aparece pela terceira vez convincente em um papel dramático (as outras duas foram em W e 72 horas) como a negociadora que tenta demover Cassidy do suicídio. Edward Burns empresta seu senso de humor para o papel trivial de um policial que implica com a personagem de Banks. Jamie Bell, Kyra Sedgwick e Anthony Mackie são outros que fazem do filme um entretenimento mais eficiente.
Leth se referencia em Sidney Lumet para fazer um filme que sustenta a tensão muito bem em um cenário urbano e o roteiro de Pablo F. Fenjves se vale de interessantes recursos para segurar a atenção da platéia. Ainda que À beira do abismo não seja tão inventivo quanto poderia ser e seja menos corajoso em suas soluções do que o desejável, configura-se como um bom programa de cinema.

6 comentários:

  1. Achei um bom thriller também, a história prende a atenção e o filme tem um ritmo bastante ágil. Confesso, no entanto, ter tido problemas para entender a lógica por trás do plano do personagem interpretado pelo Sam Worthington.

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Tem adrenalina mesmo, assim como te prende, mas achei que o flashback inicial quase matou o filme. E Kamila tem razão, no final tem uma certa questão ilógica no plano dele.

    bjs

    ResponderExcluir
  3. E eu que estava aguardando o Sam Worthington no Avatar 2 e 3 e Fúria de Titãs (Argggg) 2 Rs!

    Um filme como "À beira do Abismo" muitas vezes é necessário. O hálito de pipoca é o que há! Hum, verei. LISTA!

    Abs. Reinaldo!

    ResponderExcluir
  4. Kamila: O problema foi a conivência e a tolerância da polícia de NY com um suicida. Se fosse um sequestro como em A negociação (fita com Kevin Spacey e Samuel L.Jackson, todo aquele aparato poderia ser justificado...
    Bjs

    Amanda: O flashback inicial soa um pouco deslocado mesmo.Havia outras formas de contextualizar o personagem...
    Bjs

    Rodrigo Mendes: Vai ter bastante Worthington antes de Avatar 2 e 3 Rodrigo. Se prepare!
    E pipoca é mesmo o que há! rsrs
    Abs

    ResponderExcluir
  5. Quero ver esse filme, gosto dessa atriz. Espero conseguir ver no cinema ainda. Pq hj em dia tudo passa tão rapido.

    ResponderExcluir
  6. Celo: É verdade Celo. Os filmes não fica muito tempo em cartaz. As janelas estão cada vez menores.
    Abs

    ResponderExcluir