Na terra do sangue e mel
O título, tão improvável, pegajoso e atraente, é do novo filme de Angelina Jolie, o primeiro em que ela atuará como diretora. Angelina recebeu a reportagem da Vanity Fair para falar, basicamente, sobre a experiência de dirigir In the land of blood and honey. A matéria estampará a capa da revista americana em outubro. Angelina rememora os árduos momentos da pré-produção, em que chegou a ter a licença para filmar na Bósnia revogada, e teoriza sobre intolerância nos sets de filmagens depois de dirigir: “Brad acha que eu ficarei ainda mais impaciente com os diretores. Isso porque eu já sou chata”, relatou à revista.
Jolie disse que se apaixonou por dirigir. Seu filme está marcado para dezembro e provoca ansiedade na crítica e indústria de cinema.
A atriz aproveitou, ainda, para esclarecer que não está grávida e não tem planos de adotar mais um rebento.
As últimas de Sean Penn
E o Sean Penn hein? Desembestou ao politicamente incorreto com uma habilidade que não é dele. Primeiro andou falando mal da ex Scarlett Johansson. Segundo as famosas fontes anônimas, Penn teria ficado bem chateado com a loira que andou declarando que ele fazia o tipo possessivo e ciumento. Não obstante, Penn concedeu duas entrevistas matadoras nas últimas semanas.
Na primeira, concedida ao jornal francês Le Fígaro, o ator admitiu ter ficado descontente com o corte final de A árvore da vida, filme que estrela e venceu a Palma de ouro no último festival de Cannes. Segundo Penn, o filme poderia ter uma narrativa mais convencional sem gerar prejuízos a seu aspecto visual. “Até agora eu não sei dizer qual foi minha contribuição para o filme”, afirmou Penn. Em outra entrevista, à revista Serafina, o ator disse que atualmente tem dois critérios para escolher um trabalho. Ou trabalha com amigos ou com quem admira muito, ou em projetos que lhe ofereçam muito dinheiro. “Aí eu leio o roteiro até a décima página”, brincou.
Quando não dá entrevistas matadoras, o ator é visto ao lado da nova namorada que, como se vê, não é loira...
O inferno de Gibson em parcelas
Mel Gibson continua recolhendo os cacos de sua união com a cantora russa Oksana Grigorieva. Aconteceu nesta quarta-feira em Los Angeles a audiência que oficializou o acordo elaborado há dois meses entre os advogados das partes. Gibson pagará U$ 750 mil a título de indenização a Grigorieva e terá de prestar apoio financeiro a filha do casal, que está prestes a completar dois anos, nos mesmos moldes do que presta a seus outros sete filhos.
A mansão em que Grigorieva vive continuará sob seus cuidados até que a criança complete 18 anos. Aí, a mansão será vendida e a renda entregue a filha de Gibson e Grigorieva. Essa resolução, que não constava do acordo inicial, partiu do juiz.
Ambas as partes se comprometeram a não publicar livros ou divulgar gravações a respeito do período em que a união existiu.
Gibson saiu satisfeito com o acordo e agradeceu ao juiz pela justa condução e pela conclusão razoável.
“É, antes de tudo, um filme sobre moralidade”
Assim definiu George Clooney seu thriller político que deu pontapé inicial na 68ª edição do Festival de Veneza. Tudo pelo poder, título nacional para The ides of March, não foi uma unanimidade entre os jornalistas presentes no lido. O The guardian elogiou o cinismo do filme, enquanto O New York Times sublinhou o ceticismo com que Clooney tratou o meio político.
Em Tudo pelo poder, Clooney vive o presidenciável Mike Morris e é na articulação política para erigir sua candidatura que o filme se desdobra. Ryan Gosling, que não compareceu ao evento, faz o protagonista. O time de estrelas que compõe o filme, e que esteve na premiere oficial, merece atenção: Phillip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Marisa Tomei e Rachel Evan Wood. Tudo pelo poder está previsto para ser lançado no Brasil em 15 de outubro.
Entre Hollywood e Washington
O tom politizado, como era de se esperar, predominou na coletiva de imprensa do filme. Clooney negou interesse em concorrer a cargos políticos e afirmou estar otimista com a política americana. “Estamos vivendo um tempo difícil (em alusão óbvia as sucessivas crises político-econômicas), mas vai melhorar”. O ator refutou a sugestão de que seu filme é uma crítica aos Estados Unidos e ao partido democrata em particular. Mas está ciente do pessimismo que apresenta em seu filme. Tanto é, que em entrevista ao britânico The Guardian antes do festival de Veneza, Clooney admitiu que adiou o começo da produção de Tudo pelo poder porque com a eleição de Obama em 2008, o momento não seria oportuno. Para bom entendedor...
Foto: Getty imagesGeorge Clooney, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood e Phillip Seymour Hoffman batem um papo momentos antes da exibição de gala de Tudo pelo poder em Veneza
Se fosse hoje...
O blog IndieWire, que rasgou elogios para o filme (ainda que não o considere um potencial vencedor do Oscar), já chutou uma aposta até mesmo palpável para a capa da edição do homem mais sexy da People em 2011: Ryan Gosling.
Para o IndieWire, não tem concorrência. Gosling, além de revezar uma série de altos em um espaço de 12 meses (Namorados para sempre, Drive, Amor a toda prova e Tudo pelo poder) está cada vez melhor nas telas e fora delas.
Ryan Gosling em foto do editorial da revista americana Interview: cada vez mais in...
Com medo de julgar
O cineasta Darren Aronofsky admitiu na entrevista coletiva de apresentação do júri do 68º festival de Veneza que fica desconfortável com o termo “julgar”. “Acho a palavra muito forte. Me dá medo”, pontuou o diretor que já triunfou em Veneza em 2008 com O lutador. “Talvez devêssemos usar outro nome que não jurados”, indicou o diretor americano. Aronofsky, no entanto, se disse entusiasmado com os 22 filmes escolhidos para compor a mostra oficial: “Poucas vezes se viu catálogo tão privilegiado”.