quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tira-teima: Hugh Jackman X Mel Gibson

Dois dos grandes astros do cinema que a Austrália exportou para Hollywood se enfrentam no Tira-teima deste mês no blog. Assim como a conterrânea Nicole Kidman, Gibson nasceu em território americano, mas naturalizou-se australiano e passou a infância naquele país. Já Jackman é 100% australiano. Essas e outras diferenças (e algumas similaridades) pautam o Tira-teima.




 
Como chegou a Hollywood


Mel Gibson: Estourou na fita independente australiana Mad Max que se tornou sucesso nos EUA e virou um action star na mesma época em que Bruce Willis, Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger dominavam o gênero.

Hugh Jackman: Depois de interpretar um pai abusivo e violento no independente australiano Erskineville kings (1999), Jackman aterrissou em uma das produções mais aguardadas e comentadas do ano 2000. Após Dougray Scott se machucar durante as filmagens de Missão Impossível 2, o ator – que também é australiano – teve de cancelar sua participação em X-men: o filme. Jackman foi testado e contratado para viver o personagem que lhe valeria a fama: Wolverine


A percepção do público


Mel Gibson tornou-se um ás hollywoodiano. Junto com Julia Roberts, Tom Cruise e Arnold Schwarzenegger sagrou-se um dos astros capilares de uma indústria que se ergueu e solidificou-se sobre eles. É um potente catalisador de público que o tem como leading man eficiente em variados gêneros. Nos últimos anos, sua imagem foi desgastada por inúmeros escândalos envolvendo desde intolerância religiosa até violência doméstica.


Hugh Jackman é considerado um ator de fibra com forte apelo em produções de ação. Mas já foi aprovado em comédias românticas e thrillers que não envolvam gente se socando. Já se provou capaz de atrair público mesmo fora da franquia mutante.


A relação com os jornalistas


Gibson é tido como um “entrevistado bipolar”. Há relatos de entrevistas maravilhosas com um astro afável e atencioso e entrevistas terríveis com um astro egocêntrico e arrogante. Ultimamente, Gibson tem sido mais cordial no trato com jornalistas.

Um gentleman. Essa é a percepção dominante em relação ao australiano que já esteve duas vezes no Brasil e já se declarou ser fã do ex-jogador de futebol Ronaldo. Atencioso, lisonjeiro e bastante simpático, Jackman agrada jornalistas de todas as nacionalidades.



Grande feito cinematográfico


Mel Gibson tem história. Isso é inegável. Vencedor de dois Oscars por Coração Valente (filme e direção), Gibson conseguiu algo ainda mais notável. Seu terceiro filme como diretor, A paixão de Cristo, tornou-se o filme independente de maior arrecadação na história do cinema. Rodado com U$ 25 milhões, a fita rendeu mais de U$ 800 milhões mundialmente. Em termos proporcionais, o primeiro Atividade paranormal superaria o feito do filme de Gibson anos mais tarde, mas sem causar o mesmo impacto.


Muito do sucesso da primeira trilogia mutante passa por Hugh Jackman. O ator é o grande fiador dos filmes.


O toque de Midas


Ter recebido cachê de U$ 25 milhões por mais de quatro filmes demonstra que Gibson tinha aquele qzinho que levava o público aos cinemas. O ator é capaz de transformar filmes pouco sofisticados como O preço de um resgate e O fim da escuridão em filmes mais impactantes do que se poderia supor.

Além de viabilizar um spin off de X-men, que não deu tão certo, Jackman conseguiu – em um mesmo ano – consagrar três filmes como sucessos de bilheteria. Em 2006, ele ainda deu vez ao cinema independente com Scoop – o grande furo e A fonte da vida.

Ainda por cima, Jackman é um showman nato. Com trânsito pela Broadway, o ator já apresentou o Tony (prêmio máximo do teatro) e foi o host mais elogiado dos últimos anos no Oscar.


As bilheterias


Os filmes estrelados por Mel Gibson já renderam mais de U$ 2 bilhões nas bilheterias. Uma bela estatística para se ostentar. Ultimamente, no entanto, o ator não tem mantido seu “mojo”. Seu último filme, Um novo despertar- ainda que seja uma fita independente- amargou uma bilheteria ruim até mesmo para produções desse perfil.

O primeiro grande teste de Jackman foi Van Helsing – o caçador de monstros. Embora a fita tenha se tornado um sucesso, não teve a envergadura financeira que era esperada. Fora dos filmes mutantes, o ator só esteve a frente de produções de médio porte e não fez feio. Mas as derrapadas vêm ficando mais constantes. Desde A lista – você está livre hoje?, primeiro filme produzido por Jackman, até os recentes Austrália e X-men origens: Wolverine, o ator tem colecionado flops.


Versatilidade


Gibson é o tipo de ator que se sai bem no drama, na comédia, no suspense ou em filmes de ação. Ainda que predomine neste último, o ator já se mostrou auto suficiente em todos os gêneros cinematográficos.

Jackman não se experimentou muito fora da ação, mas quando o fez foi bem sucedido como na comédia romântica Alguém como você.



Há dez anos...
Após um 2000 cheio de sucessos (O patriota e Do que as mulheres gostam), Gibson passou 2001 gravando duas produções bastante diferentes (Fomos heróis e Sinais) que seriam lançados no ano seguinte.


Depois de um 2000 dos sonhos, 2001 foi um ano de muito trabalho para Jackman. O ator lançou três filmes (A senha:swordfish, Kate & Leopold e Alguém como você) e retornou aos sets para reviver Wolverine na sequência do filme que lhe deu fama.

3 comentários:

  1. É tira-teima de peso. Dois grandes atores, grandes astros, homens bonitos, hehe. Hugh Jackman só perde por não ser diretor, coisa que Mel Gibson provou ser muito bom também. Mas, devido a seus últimos comportamentos, acho que Jackman está em um momento muito superior, só precisa fazer mais dramas para ser mais valorizado por premiações.

    bjs

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  2. Eu adoro os dois, mas sendo bem sincero, acho que Gibson - em matéria de Hollywood star - está anos luz a frente de Jackman. Como ator, também o acho superior. Mas é inegável que Jackman em media training é nota dez. rsrs
    Bjs

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  3. Hugh Jackman é bom, mas não é melhor q Mel Gibson não

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