quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

OSCAR WATCH 2011 - O jeito Colin Firth de ser


Ele já foi o Mr. D´Arcy de Jane Austen e o Mark Darcy de Bridget Jones. O modelo mais perfeito para a estética clean e fotogênica de Tom Ford e atualmente pode ser visto na figura do rei da Inglaterra. Colin Andrew Firth acaba de completar cinco décadas de muita elegância e sofisticação. Ator de berço dos palcos londrinos, com forte inspiração em Shakespeare, foi descoberto dando vida a uma de suas famosas obras, Hamlet.
Firth estrelou produções para a TV britânica antes de avançar ao cinema. Seu primeiro papel de grande destaque na tela grande foi no primeiro Bridget Jones, em 2001. A partir daí, Colin Firth virou referencial de homem romântico. Vieram Simplesmente amor (2003), Hope Springs (2003), Tudo que uma garota quer (2003), Nanny McPhee – a babá encantada (2005), o segundo Bridget Jones (2004) e Marido por acaso (2008). No meio desses projetos de afirmação arquétipa, Firth estrelava um ou outro filme (de matiz independente) que se comunicava com suas raízes. Moça com brinco de perola (2003), Verdade nua (2005), Quando você viu seu pai pela última vez? (2007) e Bons costumes (2008). A grande virada veio mesmo com Direito de amar (2009). No filme de Tom Ford, Firth demonstra toda a sua potência como intérprete. Em níveis inimagináveis para quem se habituou a vê-lo como um ás das comédias românticas certinhas.


O bom filho a casa torna: em recente entrevista, Firth externou que gostaria de voltar a viver Mark Darcy, personagem que marcará sua carreira irrevogavelmente  



Papel de uma vida: como o solitário e enlutado George no filme de estréia do diretor Tom Ford, o ator concebe uma das grandes atuações da história do cinema recente

Revelava-se junto com o talento nato do estilista que debutava como diretor, um ator ciente de suas imperfeições, dono do tempo de expô-las e senhor de um raciocínio muito complexo em termos de atuação: incidir delicadeza e sensibilidade no gestual sem deixar-se afetar por caricaturas. Nem mesmo lendas vivas como Robert De Niro e Al Pacino escapam a esse imbróglio algumas vezes. Firth, patenteado como a âncora do filme de Ford, guia o espectador por todas as sutilezas pretendidas pelo diretor. É, sem dúvidas, a atuação da vida de Colin Firth. Premiado em Veneza e indicado ao Oscar pelo papel, Firth talvez até entregue performances melhores e mais agudas do que neste filme, mas pelo conjunto de timing e domínio dificilmente alguma será mais representativa.
Ao encarnar um monarca com sérios problemas de dicção em O discurso do rei, o ator põe a serviço de uma história, mais uma vez, a simpatia de sua presença sempre clássica e esbelta. Firth vem sendo louvado pela pontualidade da atuação. Recentemente, o ator - quando homenageado com uma estrela na calçada da fama em Hollywood - disse que os atores recebem mais atenção do que deveriam. “Não somos heróis”, argumentou na ocasião. Seu Mark Darcy, e os Georges de Direito de amar e O discurso do rei, apesar da elegância e autoridade da colocação, permitem a discordância.

5 comentários:

  1. Belo momento de Colin Firth e ótima biografia dele que vc postou.

    Meu favorito ainda é Direito de Amar e também gosto dele em Shakespeare Apaixonado. O Discurso do Rei esta na lista deste ano!

    Abs.
    Te dei um selo de qualidade. Merecido!

    Rodrigo

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  2. Comecei a gostar do senhor Darcy porque sou fã incondicional da Jane Austen, depois veio a Helen Field do Diário de Bridget Jones e... tudo o mais, rsrss

    O inédito é q eu vi a maioria dos filmes que vc destacou no texto (faltam só o Direito de Amar e o Discurso do Rei), estou me sentindo a filhote de cinéfila agora! Realmente gosto das atuações dele, ele sempre transmite uma aura de sensibilidade e inteligência aos personagens, sem parecer muito pedante, digo, inglês, rsrsrs

    Beijos

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  3. Muito bom, Colin Firth é mesmo um belo ator. Curiosa para conferir O discurso do rei.

    bjs

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  4. Um ator carismático e charmoso (porque não? rsrs). E está aproveitando bem a chance de mostrar a sua versatilidade. Que venha "The King's Speech"!

    Beijos! ;)

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  5. Rodrigo:Valeu meu brother. Pois é, ele tb estava muito bem em Shakespeare in love. Mas Direito de amar, o que que é aquilo?
    Ponho o selo aqui amanhã. Não preciso nem dizer o quanto me deixaste feliz com a referência...

    Aline:rsrs. Pois é, vamos tratar de ver Direito de amar... bjs

    Amanda: Valeu Amanda. Bjs

    Mayara:É charmoso sim Ma. E tb está aproveitando bem sua chance. Vai ler o Oscar que falta a tantos como Johnny Depp e Tom Cruise, no limiar, melhores atores do que ele...
    bjs

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