Não é de hoje que se sabe que as bilheterias internacionais
são a menina dos olhos dos grandes estúdios hollywoodianos. Um dos sintomas é a
maratona promocional, a que os astros de cinema se submetem, ainda mais
excruciante com destinos exóticos como Brasil, Rússia e Coréia do Sul cada vez
mais inseridos no cronograma de divulgação de produções tão díspares como
Oblivion, Se beber, não case e outras maçarocas hollywoodianas. 2013 só não
bateu o recorde de astros e estrelas em terras brasileiras porque os protestos
iniciados em junho afugentaram os Brads Pitts da vida.
A chinesa Bingbing como estratégia de consolidação de marketing |
Outro sintoma da importância do mercado internacional para
uma típica produção americana é a presença cada vez mais consolidada e ansiada
por executivos de atores a atrizes de toda parte do globo. Em Homem de ferro 3, a atriz chinesa Fan
Bingbing entrou apenas para agradar o mercado chinês. Sua participação,
inclusive, foi dilatada na versão do filme que chegou aos cinemas daquele país.
O filme também teve imagens gravadas na China como forma de despertar o
interesse local pela produção.
Para Elysium, Neill Blomkamp queria um elenco internacional,
prioritariamente oriundo de países subdesenvolvidos, por razões pertinentes à
narrativa – que trata do eterno conflito entre ricos e pobres, mas coincidiu
com o interesse do estúdio de internacionalizar o elenco do filme que, para
todos os fins, se passa em
Los Angeles e no satélite denominado Elysium. Blomkamp foi
buscar Wagner Moura, ator que é expoente no Brasil, para viver um dos
principais personagens do filme. O mexicano Diego Luna, a também brasileira
Alice Braga e o sul-africano Sharlto Copley completam o elenco multicultural.
A tendência de elencos globalizados é acompanhada pela
disposição de ir filmar fora dos EUA. Nunca antes tantas produções de verão
foram filmar fora dos EUA ou do Canadá (já que Vancouver e Toronto são
historicamente locações acessíveis - em termos financeiros e de logística –
para os estúdios). Da trilogia Os mercenários, passando por Star Trek, 300: a
Ascensão de um império e Wolverine: imortal (outro que sobeja em atores não
americanos – a começar pelo próprio Hugh Jackman), Hollywood nunca foi menos
Hollywoodiana.
Wagner Moura e Alice Braga, com a estampa de Matt Damon ao fundo: foco na internacionalização dos blockbusters americanos....
Bela matéria, Reinaldo, pois é, o filme tentou ser o mais global possível, pena que nem por isso, se tornou uma obra-prima.
ResponderExcluirbjs
Amanda: uma pena mesmo!
ResponderExcluirbjs