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sábado, 8 de dezembro de 2012

Crítica: Amanhecer - parte 2


Edward e Bella contra o mundo
Quinto filme da série recupera fôlego romântico e capricha no clímax, mas repete falhas crônicas da franquia. Ainda assim, se configura em um bom fecho para Crepúsculo no cinema 


Amanhecer – parte 2 (The twilight saga: Breaking dawn – part 2) sofre, em parte, dos mesmos problemas que acometem todos os filmes da franquia Crepúsculo. A dificuldade de se erguer dramaticamente. Os primeiros 20 minutos são risíveis com atores pouco convictos, principalmente sobre o vexatório recurso tirado da cartola por Stephenie Meyer sobre o tal do imprinting entre Jacob e Renesmee, e com uma séria dificuldade de se reorganizar dramaticamente com Bella (Kristen Stewart) vampira. Outro problema crônico da série, e que em Amanhecer – parte 2 salta aos olhos, é a forma preguiçosa com que lida com o inconveniente narrativo – um exemplo claro é o tratamento dispensado pelo texto ao pai de Bella neste último capítulo.
Isso posto, é preciso dizer que passada a primeira meia hora, Amanhecer – parte 2 ganha corpo e poder de atração conforme vai elaborando o clímax do filme – bastante satisfatório por sinal.
Outro aspecto que chama a atenção em Amanhecer-parte 2 é como o filme rende melhor nos momentos que não se leva a sério, como quando Jacob se despe para explicar algo muito importante para o pai de Bella ou durante o treinamento de combate desta última. Rir de si mesmo é sempre um bom remédio, ainda mais com graves incoerências narrativas como as que caracterizam a obra original.
Amanhecer–parte 2, em parte pelo prenúncio do confronto entre o clã dos Cullen e os Volturi, não apresenta a mesma morosidade registrada na primeira parte, mas ainda assim é um filme bastante irregular no ritmo e na forma.
O fecho da saga Crepúsculo, no entanto, preserva o romantismo que parecia meio esvaziado nos dois últimos filmes. A cena final é, para os padrões da série, belíssima e de grande sensibilidade. A ideia de Edward e Bella juntos lutando não só por seu amor, como também pela vida de sua filha, ainda que a luta não seja essencialmente por essas razões, é algo simbólica do apelo da franquia junto a seu público alvo.
O quinto filme não é o melhor da série, Eclipse e Lua nova, na engenharia narrativa e visual proposta por seus diretores (Chris Weitz e David Slade, respectivamente), continuam na disputa por esse crédito, mas pelo menos permite que a saga se encerre no cinema na ascendente. Uma boa, e improvável, notícia depois da temeridade que foi Amanhecer – parte 1.

5 comentários:

  1. Bom, apesar de Lua Nova ter uma técnica boa, acho o roteiro mais cansativo. E Eclipse é um episódio que fica meio sem sentido no todo. Então, ao contrário de você, achei esse o melhor da série. Só a cena da batalha já vale o filme, não exatamente pela diferença do resto, mas pela técnica, pelo ritmo, pela capacidade de nos fazer envolver com personagens que nem temos tanta empatia (pelo menos eu que não era fã da série). E gosto da reviravolta também, acho coerente.

    bjs

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  2. Meu deus, CLAQUETE voltou dia 29 de setembro(!), e eu só descubro isso hoje! Quanta coisa (ótima) para ler!
    ...Não sei nem por que procurei Claquete no Google: se mera curiosidade (terá sido deletado?) ou esperança inconsciente no seu retorno...
    Enfim: Salve, Reinaldo!

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  3. Eu já tracei o livro a duras penas... ainda me falta coragem para encarar o filmes finais, rsrs Diante da sua ponderação, quem sabe numa Tela Quente? rsrsrs

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  4. Amanda: Acho que a diferença em nosso raciocínio em relação à avaliação que fazemos de Eclipse, por exemplo, é que você está pensando na série como um todo e nos efeitos narrativos que filme X incide sobre ela. Já eu, para esse meu raciocínio, considero o produto cinematográfico em si. Em todo o seu escopo (narrativa, técnica e, claro, evolução dramática). Me parece, dentro desse contexto, pacífico, que Slade obteve ganhos exclusivos dentro da série.
    Tb gostei da reviravolta final em Amanhecer - parte 2 e concordo quando vc diz que houve coerência. Com a série e com os personagens.
    Bjs

    Cássio Bezerra: rsrs. Pois é. Não sabia exatamente como te contatar para te informar disso. Logo tu que é um dos meus melhores e mais instigantes, inteligentes e cinéfilos leitores. Salve Cássio! Sejamos bem vindos de volta!
    Abs

    Aline: Super Cine vai? rsrs
    bjs

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  5. Olá meu caro,
    eu ainda não conferi este apêndice, rs!
    De qualquer forma, ainda bem que acabou...haha

    Abs.

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