Ação com muito riso, tem mais siso
Comédias de ação, há pelos menos quatro anos, estão em voga
no cinema americano. Há aquelas que se saem muito bem, como Encontro explosivo
(2010) e Anjos da lei (2012), e os que ficam pelo meio do caminho como Caçador
de recompensas (2010) e Par perfeito (2010). Dose dupla (2 guns, EUA 2013),
adaptação de uma obscura graphic novel, é desses acertos que ninguém espera. A
começar pela escalação da dupla de protagonistas. Mark Wahlberg e Denzel
Washington. O diretor, Baltasar Kormákur (que já havia trabalhado com Wahlberg
em Contrabando), não inspirava a confiança que muitos papas do cinema de ação
capitalizam quando decidem fundir comédia e ação. Mas o filme é diversão pura.
Banhado em humor negro e com um roteiro que tira sarro escancaradamente da CIA
- ainda que sem a desenvoltura dos irmãos Coen em Queime depois de ler (2008) -
Dose dupla se firma como entretenimento de alto gabarito.
Denzel Washington é uma atração em particular exercitando um
timing cômico incomum em sua carreira.
Na trama, Wahlberg e Washington fazem dois parceiros que se
levantam contra um rei do tráfico de drogas e pretendem roubar o banco no qual
ele assenta parte de sua contabilidade. Ocorre que ambos são agentes da lei. Um
do DEA (agência de combate ao tráfico de drogas) e outro da inteligência da
Marinha americana que agem sem a ciência do outro. Eles acabam trapaceados em
jogo de gato e rato que mobiliza diversas agências de inteligência dos EUA. Uma
piada só!
Dose dupla vem confirmar, ainda, o talento natural e cada
vez mais em evidência, de Wahlberg para o humor. Ele faz ótima tabela com
Washington e garante que seus personagens somem qualidade à vasta galeria de
ótimas duplas de policiais no cinema.
É, divertido sim, mas uma bobagem, rs, sem o brilho dos Irmãos Coen, como você falou. Mas, os dois estão ótimos mesmo.
ResponderExcluirbjs
Amanda: Daquelas bobagens que nos deixam para lá de satisfeitos, não é mesmo?
ResponderExcluirBjao