A estreia estava prometida para o dia 30 de agosto, mas foi remanejada para 13 de setembro Trata-se
de um dos filmes independentes americanos mais aguardados em muito tempo. Em
parte pela curiosidade sobre a carreira da mais famosa atriz pornô de todos os
tempos e de como Linda Lovelace, no terceiro ato de sua vida, se transformou em
uma ferrenha ativista contra a indústria pornô. A produção da The Weinstein
Company, desde que foi anunciada, alimenta expectativas de público e crítica.
Nessa reportagem especial, Claquete esmiúça os detalhes da produção e de todo
mundo que está por trás dela...
Entre o hard e o soft...
Repare na carinha de anjo. No jeito de menina travessa.
Amanda Seyfried dá corpo a fantasias e justamente por isso foi uma das primeiras
opções para viver a personagem, a primeira mesma foi a não menos instigante
Olivia Wilde. Mas Seyfried tem mais currículo, quiçá mais sex appeal, para
encarnar uma personagem que precisa trafegar entre a inocência e a depravação.
Com uma carreira ainda em ascendência, mas já consolidada, a
atriz de 27 anos enfileira projetos tão distintos quanto midiáticos como Os
miseráveis, Lovelace, O preço do amanhã e A garota da capa vermelha. Desde
Mamma mia (2008) é uma realidade hollywoodiana, mas se experimenta em projetos
ousados como O preço da traição, tira um sarro em participações especiais em
programas como American dad, enquanto se prepara para o primeiro papel de sua
vida como uma lenda do cinema pornô.
Do filme teen Meninas malvadas (2004) a ousada série da HBO
Big love, Amanda Seyfried transita com graça, desenvoltura e talento por uma
indústria que tem no sexo àquela esquina super conhecida.
O hype
Garganta profunda arrecadou mais de U$ 600 milhões, é
reconhecidamente o filme erótico mais visto da história e foi capaz de provocar
uma revolução nos costumes dos anos 70, capitalizando em uma época de revolução
sexual. O filme gerou, até mesmo, um documentário (Por dentro da garganta
profunda) lançado em 2004. Por tudo isso, Lovelace, filme que se predispõe a
dar a versão dos fatos da protagonista de Garganta profunda, ganha destaque. O
hype do filme é mergulhar nessa época que o cinema pornô estava se construindo,
se descobrindo e sendo descoberto e o processo de imersão de uma “garota da porta ao lado” que a levou à fama e às drogas.
Linda Lovelace depois de ser um dos principais rostos do
pornô se tornou uma das principais vozes contra essa indústria. O hype está
todo aí!
Mr. Sex drive
É uma ponta. Talvez um pouco mais do que uma ponta. Mas é
seguramente uma das sensações de Lovelace a presença de James Franco como Hugh
Hefner, o criador da Playboy e que estava envolvido com o cinema (o pornô e o
convencional) nos idos dos anos 60 e 70 que marcaram a contracultura. Hefner,
um tipo legitimamente interessado em sexo, ganhou em James Franco que
recentemente declarou que “faria sexo real em um filme pelo papel certo” um
intérprete a altura do mito.
Nossos loucos anos
Não é segredo para ninguém, mesmo quem pouco se importa com
a vitalidade do cinema pornô, que a internet mudou as regras do jogo. O cinema
pornô vive seu crepúsculo no sentido de indústria. Havia uma época que faturava
tanto quanto Hollywood. Os cinemas eróticos eram frequentados por celebridades
e personalidades nos anos 70 na esteira do sucesso de obras como Garganta
profunda. A moda pegou no Brasil, ainda que com perfil mais marginalizado.
Ainda assim, os cinemas eróticos lotavam nos centros do Rio de Janeiro e São
Paulo. Emanuelle viraria frisson nas sessões Privê das madrugadas da tv aberta.
Se há um filme contemporâneo que registra essa nostalgia ensimesmada de uma era
mais ingênua e devassa é Boogie Nights – prazer sem limites (1997), escrito e
dirigido por Paul Thomas Anderson.
O filme acompanha justamente o apogeu do cinema pornô e como
ele, por um certo período, deu viço ao sonho americano.
Too sexy for your love: os boys do filme de Paul Thomas Anderson
Com vocês, os garanhões...
Ah, esses títulos...
Filmografia parcial de Linda Lovelace
As minhas loucas aventuras na selva (1969)
Dog fucker (1969)
Garganta profunda (1972)
Exóticas fantasias francesas (1974)
Confissões de Linda Lovelace (1974)
Linda Lovelace para presidente (1976)
Documentário ou ficção?
A versão dos fatos por Linda Lovelace. Essa é, sob coação, a
justificativa da equipe por trás de Lovelace para o filme. Mas por que não um
documentário? Rob Epstein, um dos diretores do filme é um documentarista de
longa data e prestigio. São seus os oscarizado The times of Harvey Milk (1984)
e o vanguardista The Aids show, rodado em 1986 com a Aids então uma novidade. O
interesse por aquela época e pelas reminiscências da contracultura acompanham
Epstein que junto com Jeffrey Friedman, seu codiretor em Lovelace, lançou Uivo,
sobre a geração beat em 2010. Foi no curso desse filme que resolveram abraçar a
história de Lovelace. A ideia era fazer uma ficção tão bem fundamentada como a
do filme estrelado por James Franco e que valeu a dupla alguns prêmios ao redor
do mundo.
Sete curiosidades sobre o filme
Amanda Seyfried achou Garganta profunda “um pouco chato”.
Ela fez a confissão durante o último festival de Berlim
O orçamento do filme foi de U$ 10 milhões
Olivia Wilde, de Tron – o legado e Eu queria ter a sua vida,
era a primeira opção para viver Linda Lovelace
A personagem de Sarah Jessica Parker, Gloria Steinem, foi
cortada da versão final do filme
Os produtores de Garganta profunda tentaram vetar o
lançamento do filme na Justiça de Nova Iorque sob argumentação de violação das
leis de direitos autorais
Chloë Sevigny, que no filme faz uma jornalista feminista, é
a campeã entre o elenco feminino de aparições nuas em filmes. A atriz, no
entanto, já declarou que não tirará mais a roupa em frente às câmeras
Wes Bentley e Amanda Seyfried contracenaram em 12 horas, de
Heitor Dhalia
Amanda Seyfried pediu para não rodar cenas em que surgisse completamente nua
Amanda Seyfried pediu para não rodar cenas em que surgisse completamente nua
Eu vi o trailer no cinema quando fui assistir "The Bling Ring". Sei não. Curioso eu não estou, mas a história de Lovelace não deixar de ser um tanto atraente. Acredito que Lindsay Lohan era mais apropriada se é que me entende. Bom, Amanda é ótima e as participações masculinas podem ser um incentivo. Franco e Sarsgaard. Até a Sharon Stone esta no filme!
ResponderExcluirQuero muito ver o filme do Paul Schrader, "The Canyons", falando em sof porn. rs
Abs.
A Lindsay Lohan estava no outro filme, que será lançado no ano que vem, sobre Linda Lovelace. Mas ela foi substituída por Malin Akerman. Tb quero ver "The canyons".
ResponderExcluirAbs