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terça-feira, 25 de junho de 2013

Especial Guerra Mundial Z - A engenharia de um sucesso

O Rio de Janeiro está dominado: os zumbis invadem a cidade maravilhosa em um dos muitos e impressionantes cartazes do filme que chega aos cinemas brasileiros na sexta-feira (28)

“Estou ansioso. Adoraria voltar para dirigir uma sequência”, disse o diretor Marc Forster na premiere de Guerra mundial Z em Paris há algumas semanas. A frase exalta um espírito colaborativo e satisfação que até pouco não circundavam o filme. A Paramount e Brad Pitt, principal produtor do filme, ficaram insatisfeitos com o corte final do filme e o clímax que se passava em Moscou e resolveram mudar. Para isso, o lançamento foi adiado de novembro de 2012 para junho de 2013, o roteirista Damon Lindelof acionado para reescrever o terceiro ato do filme e novas filmagens agendadas para as primeiras quatro semanas do ano. Não obstante o estouro do orçamento e o vazamento das constantes discussões entre Forster e Pitt, Guerra mundial Z rapidamente ganhou a pecha de filme maldito. O buzz negativo foi contornado com o intenso e agressivo marketing lançado pelo estúdio que espera consolidar uma nova franquia. Afora Transformers, em que divide os lucros com a DreamWorks, o estúdio não tem nenhuma franquia com fôlego para posteriores temporadas de verão. O fato dos zumbis gozarem de certo prestígio na cultura pop contemporânea e de não protagonizarem nenhuma franquia no cinema, como ocorre com os vampiros, por exemplo, atiçou o estúdio que firmou parceria com outras companhias menores, inclusive a de Pitt, para bancar o projeto.
Todo mundo sabia que o primeiro fim de semana seria crucial para saber se havia, afinal, possibilidade de futuro para Guerra mundial Z ou se tudo acabaria aqui. E não era um fim de semana qualquer. O lançamento ocorreu na janela mais apertada do verão. O homem de aço, principal carro chefe da temporada da Warner Brothers, havia sido lançado há uma semana e Guerra mundial Z seria lançado ainda com a concorrência de Universidade Monstros, da sempre festejada Pixar.
O fim de semana mais lucrativo do ano, no entanto, foi de boas notícias para a Paramount, Brad Pitt e demais envolvidos em Guerra mundial Z. O filme não conseguiu o topo das bilheterias, que ficou com Universidade monstros que arrecadou impressionantes U$ 82 milhões, mas ficou com um distintíssimo segundo lugar com U$ 66 milhões arrecadados. Foram U$ 16 milhões a mais do que a mais otimista estimativa do estúdio previa. A boa performance do filme no primeiro fim de semana nos EUA, aliada às boas críticas que vem recebendo, já garantiu as duas sequências.



Meu filho é um zumbi
Guerra mundial Z garantiu a maior bilheteria de abertura da carreira de Brad Pitt e o ator trabalhou arduamente para que isso ocorresse. Não obstante a mais insana e incrível maratona promocional que já enfrentou (mais detalhes no post abaixo), o ator, insatisfeito com o terceiro ato do filme, bateu o pé e fez questão de mudar conforme pedia sua consciência. O final descartado pode ser conferido acima.
“Fiz esse filme para meus filhos”, disse Pitt em entrevista na Austrália, um dos muitos países que visitou para divulgar a produção. “Queria fazer alguma coisa que eles pudessem se divertir e se relacionar”. Um dos filhos de Pitt, Maddox, o mais velho, está no filme. “É verdade. Ele leva uma saraivada de tiros na cara”, ri Pitt em coletiva de imprensa em Nova Iorque. “Ele faz uma ponta como um zumbi”, esclarece.
As entrevistas desencanadas, o filho zumbi e o protagonismo de Pitt nos bastidores revelam o controle do astro sobre a produção, o que talvez explique a fragilidade da relação com Marc Forster, desabituado a esse tipo de relação.
Fato é que Guerra mundial Z é o único grande lançamento da temporada que não é sequência ou refilmagem. “Pode ser uma vantagem”, disfarça Pitt, ainda no controle, quando perguntado a respeito por um repórter de uma tv australiana. 

Pitt e Forster nos bastidores de Guerra mundial Z: quem orienta quem?

2 comentários:

  1. "Guerra mundial Z é o único grande lançamento da temporada que não é sequência ou refilmagem". - Caramba, a que ponto nós chegamos, né? E se levarmos em conta que é uma adaptação de um livro, o cenário fica ainda mais assustador. Não tinha me tocado para isso, parece que as ideias originais estão fugindo da mentes dos roteiristas de Hollywood. Tristeza.

    De qualquer maneira, entre tapas e beijos, Pitt e Marc Forster conseguiram fazer um bom entretenimento.

    bjs

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  2. Não tem jeito. Blockbuster que se preze, hj, dificilmente é 100% original. A Pixar e Chris Nolan é que ainda conseguem experimentar...
    Bjs

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