(In)feliz coincidência
Existem filmes que são beneficiados por eventos reais que
tornam seu impacto muito maior. É o caso de Invasão a Casa Branca (Olympus has
fallen, EUA 2013), de Antoine Fuqua - diretor hábil e competente por trás de
ótimos exemplares do cinema de ação como Dia de treinamento (2001), Lágrimas do
sol (2003) e Atirador (2007).
Em Invasão a Casa Branca, terroristas norte-coreanos, como
diz o autoexplicativo título acional, invadem a residência oficial da
presidência americana e símbolo maior do que representam o poder e valores daquele país. O fato da Coreia do Norte representar, na atual conjuntura
geopolítica internacional, uma ameaça real, reveste Invasão a Casa Branca de um
interesse circunstancial que intrinsecamente o filme não desenvolve. Trata-se
apenas, e o apenas não incute prejuízo de valor, de um bom exemplar de gênero,
no caso o de ação. Fuqua dirige com extrema destreza técnica – e as cenas da
tomada da Casa Branca pelos terroristas norte-coreanos impressiona por sua
contundência – um filme que objetiva ser um entretenimento salutar para os
nostálgicos do cinema de ação fomentado por Duro de matar (1988). A ironia
maior é que este filme remete com maior propriedade ao filme que lançou Bruce
Willis à fama internacional do que sua quarta sequência, Duro de matar: um bom
dia para morrer, que foi lançado em fevereiro deste ano nos cinemas.
Gerard Butler vive com a eficiência que lhe é característica
– principalmente quando no terreno da ação – Mike Banning, ex-chefe do serviço
secreto afastado após um incidente que provocara indisposição do presidente com
sua presença. Posto no serviço burocrático, Banning se esforça para também ele
invadir a Casa Branca quando os norte-coreanos iniciam sua ofensiva. Consegue,
e tal qual Bruce Willis em Duro de matar, se torna a única esperança de
frustrar os planos terroristas e derrotar os vilões da vez.
Butler: o carisma de sempre dessa vez contra norte-coreanos
Com um elenco coadjuvante bem gabaritado com nomes como
Aaron Eckhart, na figura do presidente dos EUA, Morgan Freeman, Robert Forster,
Melissa Leo, Ashley Judd, Angela Bassett e Dylan McDermott, Invasão a Casa
Branca é eficiente tanto na construção das cenas de ação como no
desenvolvimento da ação, da narrativa.
Não é um filme com qualquer conotação ou comentário
político, o que no presente momento em que a Coréia do Norte só faz a tensão
crescer, não deixa de ser uma boa notícia.
Apesar de adorar o gênero de ação, "Invasão a Casa Branca" (faltou a crase nesse título, hein??) não atraiu muito a minha atenção. Não sei porque, mas a impressão que eu tenho é a de que esse filme é perfeito para se assistir num daqueles SuperCine da vida, ou uma Tela Quente... ou uma sessão do Telecine Action!
ResponderExcluirGosto dos filmes do Antoine Fuqua, sobretudo "Dia de Treinamento" (Denzel numa interpretação esplêndida). Fiquei com vontade de ver este, mas a fita do Emmerich, não. rs
ResponderExcluirÓtimo texto, como sempre.
Abs.
Esse não tive coragem de ver ainda... Acho que estou no mesmo raciocínio de Kamila, guardando para uma Tela Quente ou algo parecido. hehe.
ResponderExcluirbjs
Kamila: Se serve de parâmetro, esperava bem menos do filme. Diverte abeça!
ResponderExcluirBjs
Rodrigo: Tb gosto muito do Fuqua. Seus filmes são testosterona da boa!
Valeu pelo elogio meu velho!
Abs
Amanda: Tela quente it is!
Bjs
O filme é uma copia mal feita do 1º Duro de Matar…cheio de cliches, efeitos especiais e muito barulho…sem faltar o Morgan Freeman…que sempre faz o mesmo papel…que chatisse!!!
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