O cineasta alemão Werner Herzog disse outro dia em
entrevista no Rio de Janeiro, onde participou de um festival que destacou
algumas de suas obras, para surpresa de alguns interlocutores, que gosta de
Crepúsculo. Herzog disse que há bons signos na franquia e que até mesmo toparia
dirigir um capítulo, desde que lhe permitissem também escrever o roteiro. O
alemão acrescentou, ainda, que Crepúsculo possibilitou que Hollywood
descobrisse um público que vinha sendo negligenciado: as adolescentes.
Agregando à sintomática fala de Herzog, o interesse de
cineastas tidos do primeiro escalão (Sofia Coppola e Gus Van Sant) que à época
da escolha do diretor para as duas últimas partes da franquia externaram
interesse em negociar, é possível ter uma noção do que é Crepúsculo, além de
seu rótulo pop.
Batendo nos U$ 5 bilhões em arrecadação nas bilheterias e
com uma apaixonada legião de fãs, Crepúsculo rendeu muitos posts em Claquete. Esse
provavelmente não será o último, a despeito do fim da franquia no cinema.
A maior qualidade da franquia talvez seja o de atualizar um
mito romântico clássico e que de tempos em tempos aparece sob nova roupagem.
Cinematograficamente, são muitos os problemas. Em julho de 2011, a seção Insight
denominada “Eclipse e um olhar sobre a evolução da saga Crepúsculo” fez um balanço dos três primeiros filmes da
franquia no ímpeto de avaliar o status da saga no cinema e na cultura pop. A
avaliação se mantém. Os dois últimos filmes pouco acrescentaram ao escopo. O
diretor Bill Condon, na qualidade dos créditos o melhor diretor a assumir um
filme da franquia, não conseguiu fazer das duas partes de Amanhecer um produto
uniforme. David Slade havia inserido humor e dado mais viço ao trabalho dos atores. O
que fez de Eclipse um produto cinematográfico mais vistoso. A maquiagem em
muitos dos defeitos da obra original, no entanto, não foi mantida no mesmo
nível por Condon. Amanhecer – parte 2, talvez pelo maior tempo para
finalização, acaba fazendo melhor uso do humor do que a primeira parte.
A franquia Crepúsculo se despede do cinema com números
impressionantes, o status de maior fenômeno pop dos últimos anos e uma fissura
entre cinema de qualidade e símbolo pop iconográfico que parecia inexistir em
um mundo com a trilogia do Batman de Christopher Nolan, a saga de Harry Potter
e mesmo a trilogia O senhor dos anéis.
É um paradoxo que ajuda a expandir os limites de Crepúsculo
enquanto fonte de interesse. O que difunde, no entanto, é o interesse
depositado na saga. A tendência é que ele se equacione na nostalgia de fãs,
detratores e analistas por um fenômeno que encontrou um jeito bem particular de
adentrar os anais da história do cinema.
Eu gosto muito da série literária “Crepúsculo”, mas acho que a adaptação cinematográfica dos livros foi muito falha, especialmente em termos de qualidade. Mas, acredito que os filmes mantiveram a essência principal do livro, a qual você comenta em seu texto: o romantismo de uma forma mais clássica, com valores que estão meio que fora de moda, mas que possuem apelo com muita gente. Acho que o triângulo amoroso entre Bella-Edward-Jacob foi muito bem retratado e isso tem muito a ver com o trio de atores que os interpreta, os quais possuem muito carisma. Falei aqui que a série é fraca do ponto de vista cinematográfico, mas ela agrada a quem importa: os fãs!
ResponderExcluirBeijos!
Kamila: Exato Ka, a franquia funciona as mil maravilhas com o público alvo, o que nunca deixa de ser excelente notícia!
ResponderExcluirbjs
Crepúsculo é o "cult trash" do futuro, rs
ResponderExcluirAMO CREPUSCULO MUINTO LEGAL O FILME AMOOOOOOOOO MESMO S2....
ResponderExcluirgosto do filme ja assiste todos e recomendo
Excluireu amo crepusculo ele e tudo minha vida
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