Mel à “tarantina”
É preciso acabar com essa resistência à figura de Mel
Gibson. Além de bom ator e diretor visionário, como já provou reiteradas vezes,
Mel Gibson é um ícone do cinema de ação. Plano de fuga é mais uma
demonstração de sua excelência no gênero. Escrito e produzido por Gibson e
dirigido por seu assistente de direção em Apocalypto (2006), Adrian Grunberg,
esse filme que nem sequer foi lançado nos cinemas americanos é seguramente a
fita mais cínica e divertida da temporada até o momento.
Com diálogos espertos e com referências vívidas ao cinema de
Quentin Tarantino, tanto na dinâmica dos personagens como na resolução dos
conflitos, Plano de fuga é entretenimento garantido e atestado da eloquência
de Mel Gibson, aos 56 anos, como astro de ação. Não é pouca coisa. É justamente
o carisma e a energia do ator que diferem o filme da média do gênero.
Gibson vive o motorista, cujo nome real nunca ficamos
sabendo. A primeira vez que o vemos, ele está tentando cruzar a fronteira dos
Estados Unidos com o México em uma alucinante fuga da polícia e com uma mala
recheada de dólares no banco traseiro. As coisas não saem tão bem e ele vai
parar em uma cadeia que mais parece uma favela cercada e com violência
potencializada. É um México repleto de clichês e preconceitos o que se
testemunha nesse filme “casca grossa” estrelado pelo eterno Mad Max.
O personagem de Gibson precisa então decifrar o lugar, bolar
um plano de fuga e, se possível, reaver a grana que roubou. Tudo fica mais
humanizado a partir do momento em que ele se envolve com um menino e sua mãe e
se sente na obrigação de protegê-los do tirano local.
Plano de fuga engatilha um diálogo esperto atrás do outro
e não se avexa no aspecto visual. Com ecos de Cidade de Deus, referência
obrigatória para qualquer filme que aborde espaços marcados por miséria e
violência, a fita envolve e ajuda a entender o porquê de Mel Gibson ainda ser o
cara.
É, o filme instiga mesmo e Mel Gibson consegue nos envolver. Uma louca jornada que não nos deixa ficar com os olhos desgrudados da tela.
ResponderExcluirbjs
P.S. Voltou com força total, heim?
Ando vendo bons filmes com o Mel, ator que eu nunca fui muito com a "cara. Mas "Teoria da Conspiração" e "Um Novo Despertar" já mudaram a minha opinião sobre o ator.
ResponderExcluirQuero ver este!
Amanda: rsrs. Na verdade todas essas críticas publicadas até agora já estavam escritas... Mas planejo manter o impeto.
ResponderExcluirBjs
Alan: E tem mais coisa boa aí: "Eternamente jovem", "Coração valente", "O troco"...
Abs