Por que Taylor Lautner tem mais chances de vingar em Hollywood do que Robert Pattinson?
Depois do fraco desempenho de Sem saída em seu primeiro fim de semana em cartaz, a pergunta pode parecer ingênua e descolada de sentido. No entanto, esse dado só torna a tarefa de elucidar a questão mais atraente e inteligível.
Os dois astros do fenômeno adolescente Crepúsculo são separados por sete anos. Enquanto Robert Pattinson tem 26 anos, Taylor Lautner tem 19 anos. Robert Pattinson, mais do que ser ator, deseja ser músico. Ainda que esse desejo esteja em suspensão em virtude do estrelato alcançado via Twilight. Já Taylor Lautner frequentava produções como Doze é demais 2 e As aventuras de Sharkboy e lavagirl 3D desde criança. É bem verdade que Crepúsculo redesenhou os parâmetros para esses dois neo astros e é sob eles que a análise deve ser delineada.
O primeiro aspecto a ser analisado é o desempenho de ambos dentro da série de filmes Crepúsculo. Enquanto Robert Pattinson caiu no gosto do público alvo (mulheres entre 12 e 30 anos), Taylor Lautner foi bastante questionado. O menino de 15 anos que surgia cabeludo e raquítico (pelo menos em comparação ao físico que apresentaria daquele momento em diante) não parecia indicado para manter-se no papel que cresceria de tamanho nos próximos filmes. Em Lua nova, Jacob, além de aparecer mais do que Edward, teria cenas de algum relevo dramático. Foi considerada uma substituição, mas os produtores e o diretor Chris Weitz cederam aos esforços de Lautner (dentre os quais ganhar impressionante massa muscular) para manter o papel. Essa determinação, que pode ser alinhavada a de seu personagem na série, destacou Lautner que dos três protagonistas foi o mais elogiado do segundo filme.
Mamãe quero ser Bourne: Taylor Lautner de jaqueta e cara de poucos amigos em Sem saída, uma fita de ação divertida
Após Lua nova surgiu o primeiro trabalho de Robert Pattinson depois do estrondo causado por Crepúsculo. Lembranças, um drama eficiente com soluções equivocadas, teve lançamento mundial para aproveitar o culto a seu protagonista. Foi um fracasso retumbante. O filme de Allan Coulter trazia um Robert Pattinson em personificação amargurada e angustiada como seu personagem mais famoso. Ainda que em Lembranças o personagem fosse mais bem delineado, os ecos de Edward e o componente trágico desse personagem pareciam paralisar tanto o talento dramático de Pattinson (que ainda não pôde ser de todo mensurado) quanto à percepção que o público tem dele. Em 2011, Robert Pattinson apresentou Água para elefantes. Outro filme morno em que o ator surge como um herói romântico trágico. A escolha não poderia ter sido mais infeliz para superar a resistência que parte do público e até mesmo da crítica tem para com o moço. Já Taylor Lautner foi mais inteligente na bifurcação que fez na carreira. Primeiro pela escolha do gênero. Sem saída, o primeiro voo solo de Lautner em Hollywood, é uma fita de ação que pode projetá-lo junto ao público masculino, sem acarretar prejuízo ao seu séquito de fãs do sexo feminino. A faixa etária também é um plus aqui. Além de repercutir melhor com garotos entre 13 e 20, Lautner busca respaldo de uma audiência mais velha em um filme que conta com outros atrativos que não sua presença. E Lautner, diferentemente do que sugerem as escolhas de Pattinson, não esconde que ainda tem muito a aprender em matéria de atuação. Por isso, Sem saída, é um filme em que seus recursos dramáticos não são tão cruciais para o sucesso da fita.
Não dá para dizer que Lautner irá se descobrir como astro de ação. Talvez esse seja até mesmo um prognóstico improvável. Mas é certo que o ator foi mais feliz na escolha do projeto paralelo a Crepúsculo.
Mas a disputa ainda não está decidida. Robert Pattinson tem dois ases na manga. Um chama-se Cosmópolis. No novo filme de David Cronenberg, que deve ser lançado em 2012, o ator vive um milionário que tenta chegar ao cabeleireiro em uma manhã agitada de Nova Iorque enquanto suas ações atravessam graves oscilações na Bolsa. Já em Bel Ami , ele vive um gigolô na França do século XVII em busca de luxuria e mulheres.
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São dois projetos que, conforme as sinopse sugerem, distanciam a figura do ator desse tipo romântico que tanto o persegue. Continuam a ser trabalhos que exigem estofo dramático de Pattinson. Podem ser as duas últimas chances do ator se mostrar rentável fora de Crepúsculo. O talento, de fato, pode ser que ele só mostre quando essas chances se expirarem. Taylor Lautner, por sua vez, a despeito da decolagem canhestra de Sem saída, ainda deve ter mais chances e deverá aproveitá-las sem se impor a pressão que Robert Pattinson joga sobre seus ombros.
Lautner vai partir mais para a "ação", eu acho e Pattinson continuará no drama e romances, talvez uma boa comédia romântica a la L. Brooks. Estrelato para ambos é o que não falta agora. Simpatizo mais com o Lautner e não acho que Pattinson estará muito atrás.
ResponderExcluirAbraço.
O Pattinson fazer um filme em que é um personagem que se preocupa em ir cabeleireiro enquanto suas ações piram é muito piada pronta! rsrsrs
ResponderExcluirLogo, só posso continuar no time Jacob :P
Rodrigo: Tá aí um bom presságio. rsrs
ResponderExcluirAbs
Aline: rsrs. Mas esse filme deve ser muito bom, afinal, é Cronenberg.
Bjs