Como era de se esperar, foi divulgado ontem pela assessoria da Columbia Pictures que This is it não ficará apenas duas semanas em cartaz nos Estados Unidos. Quanto aos outros mercados, “dependerá de cada caso”, informa a distribuidora. Com U$ 101 milhões em caixa, desde sua estréia na quarta feira passada, U$ 34 milhões só nos EUA, This is it tem gerado bastante repercussão.
Se por um lado não obtém a performance prevista, por outro tem desempenho invejável para um documentário. De qualquer maneira, o filme abastece rumores e discussões das mais prolixas às mais irrisórias. Ganhou corpo no último fim de semana um boato de que o filme é forte candidato a uma das dez vagas ao Oscar de melhor filme. O boato, noticiado e minimizado aqui, se esmera no fato indelével de que o período de inscrições para concorrentes a categoria de documentários já se expirou e que haveria a predisposição de estender as homenagens a Michael Jackson.
São muitas as possíveis origens para esse boato e todas convergem para a disposição da Columbia de ganhar mais dinheiro com o filme, e com Michael Jackson. Há um precedente muito recente e que talvez esteja inspirando os marketeiros que deram vazão a esses boatos. Heath Ledger. O ator, morto no inicio de 2008, foi indicado postumamente ao Oscar. Antes mesmo do lançamento de O cavaleiro das trevas, colegas e produtores se puseram a defender a indicação de Ledger para o prêmio. O marketing vingou e Ledger acabou vencendo a estatueta de ator coadjuvante (algo inédito, já que o outro ator que vencera um Oscar postumamente, Peter Finch por Rede de intrigas, estava vivo quando foi indicado). Ou seja, Ledger, tal qual outro mito do cinema James Dean fora indicado já morto, diferentemente de Dean, no entanto, o australiano triunfou.
Hoje o diretor Kenny Ortega, que antes de This is it tinha como principal credencial os filmes da série High Scholl Musical, anunciou que os dvd de This is it terá muito material extra, ou seja, advertindo que seu filme é na verdade, ‘muitos filmes’, já que há ainda muito material não aproveitado.
This is it não é filme de Oscar. Não é sequer um documentário na estrita acepção da palavra. É um filme que nasceu, oportunamente, de dois eventos de natureza trágica. A primeira, a morte de Michael Jackson. E a segunda, em virtude da primeira, a não realização dos shows que prometiam revolucionar, mais uma vez, o conceito de espetáculo musical (o filme é um elaborado trabalho de montagem e pós-produção sobre horas de ensaio de Jackson).
This is it é, depois disso dito, a materialização do que significa Hollywood. Fábrica de sonhos, máquina de dinheiro, entretenimento, espetáculo, marketing, política, imagem, rótulos, expressão e criatividade. Embora nem sempre esses conceitos se assentem sob um mesmo projeto, são eles as válvulas propulsoras do cinemão americano. This is it, e toda a reação que amealha, mais do que qualquer outra coisa, nos lembra disso.
Se por um lado não obtém a performance prevista, por outro tem desempenho invejável para um documentário. De qualquer maneira, o filme abastece rumores e discussões das mais prolixas às mais irrisórias. Ganhou corpo no último fim de semana um boato de que o filme é forte candidato a uma das dez vagas ao Oscar de melhor filme. O boato, noticiado e minimizado aqui, se esmera no fato indelével de que o período de inscrições para concorrentes a categoria de documentários já se expirou e que haveria a predisposição de estender as homenagens a Michael Jackson.
São muitas as possíveis origens para esse boato e todas convergem para a disposição da Columbia de ganhar mais dinheiro com o filme, e com Michael Jackson. Há um precedente muito recente e que talvez esteja inspirando os marketeiros que deram vazão a esses boatos. Heath Ledger. O ator, morto no inicio de 2008, foi indicado postumamente ao Oscar. Antes mesmo do lançamento de O cavaleiro das trevas, colegas e produtores se puseram a defender a indicação de Ledger para o prêmio. O marketing vingou e Ledger acabou vencendo a estatueta de ator coadjuvante (algo inédito, já que o outro ator que vencera um Oscar postumamente, Peter Finch por Rede de intrigas, estava vivo quando foi indicado). Ou seja, Ledger, tal qual outro mito do cinema James Dean fora indicado já morto, diferentemente de Dean, no entanto, o australiano triunfou.
Hoje o diretor Kenny Ortega, que antes de This is it tinha como principal credencial os filmes da série High Scholl Musical, anunciou que os dvd de This is it terá muito material extra, ou seja, advertindo que seu filme é na verdade, ‘muitos filmes’, já que há ainda muito material não aproveitado.
This is it não é filme de Oscar. Não é sequer um documentário na estrita acepção da palavra. É um filme que nasceu, oportunamente, de dois eventos de natureza trágica. A primeira, a morte de Michael Jackson. E a segunda, em virtude da primeira, a não realização dos shows que prometiam revolucionar, mais uma vez, o conceito de espetáculo musical (o filme é um elaborado trabalho de montagem e pós-produção sobre horas de ensaio de Jackson).
This is it é, depois disso dito, a materialização do que significa Hollywood. Fábrica de sonhos, máquina de dinheiro, entretenimento, espetáculo, marketing, política, imagem, rótulos, expressão e criatividade. Embora nem sempre esses conceitos se assentem sob um mesmo projeto, são eles as válvulas propulsoras do cinemão americano. This is it, e toda a reação que amealha, mais do que qualquer outra coisa, nos lembra disso.
Respeito o Michael Jackson como artista, mas eu não gastaria meu dinheiro para ver "This is It". Acho que a obra tem por único objetivo amealhar o dinheiro que viria dos shows que o Jackson faria. Pura exploração comercial! A julgar pelo sucesso que o filme vem fazendo com o público, acho que o pessoal que vai ganhar dinheiro com isso deve estar rindo à toa, porque conseguiram o que queriam!
ResponderExcluirGostei do "This is it é, depois disso dito, a materialização do que significa Hollywood." rs Hollywood explorando o defunto... nossa, mas Oscar para This is it é f..., hein!?
ResponderExcluirby FLCP.