Retratista da alma feminina
A neozelandesa Jane Campion, nascida em Wellington, mora atualmente na Austrália, onde começou sua carreira no cinema. Foi na Austrália também que se formou em antropologia. E é valendo-se dessa sua formação que Jane Campion realiza seus filmes. A roteirista e diretora de 55 anos começou sua carreira no cinema no inicio dos anos 80, quando frequentava a Escola da Cinema e Televisão na Austrália. O que era curiosidade e hobby, logo se tornaria profissão. Seu primeiro curta metragem, ainda como ingressa da Escola de Cinema, Peel de 1982, ganharia a Palma de ouro em Cannes na categoria de curtas. Uma estréia arrasadora que motivou Jane a seguir em frente.
Seguiram-se trabalhos de menor expressão, mas que possibilitaram que Jane Campion se solidificasse naquele ofício que outrora lhe parecera inusitado . Assim, em um espaço de 5 anos ela lançou 6 filmes, quase que em ritmo industrial. Em comum filmes como Two friends (1986), Passionless moments (1983), A girl´s own story (1984) e Sweetie (1989) tinham o olhar voltado para o universo feminino. Característica que pauta o cinema de Jane Campion e que foi reconhecido em 1990 quando a diretora recebeu o prêmio especial do júri por seu trabalho em Um anjo em minha mesa.
Contudo, o auge estaria por vir. Por seu próximo trabalho, O piano (1993), Jane Campion experimentaria a glória. E em muitos países. Venceu a Palma de Ouro em Cannes, dessa vez na competição principal, venceu prêmios como o César de filme estrangeiro, o Australian film festival e outros prêmios como o Bafta e o Oscar de roteiro. Alias foi no Oscar que O piano fez mais barulho. Além do prêmio de roteiro original para Campion, da indicação para melhor filme, a diretora tornou-se a segunda mulher a ser indicada na categoria de melhor direção. Até hoje, além de Campion,apenas outras duas diretoras obtiveram tal distinção. Sofia Coppola por Encontros e desencontros (2003) e Lina Wertmüller por Seven beauties (1975). O filme rendeu ainda os Oscars de melhor atriz para Holly Hunter e de atriz coadjuvante para, a então criança, Anna Paquin, hoje a intérprete de Sookie Stackhouse em True Blood.
A glória tem seus percalços e Jane Campion os conheceu. Entre O piano e seu próximo trabalho, Retrato de uma mulher (1996), passaram-se três anos. O filme, bastante aguardado pela critica e pela comunidade artística não foi muito bem recebido. Também não foi bem recebido o seu trabalho seguinte, o drama existencial Fogo sagrado (1999), estrelado por Kate Winslet. Como curiosidade, esse foi o primeiro filme de Campion, em que a protagonista do filme não era australiana.
Em Carne viva (2003) foi mais um revés na carreira da cineasta. Ao trazer Meg Ryan em um papel completamente diferente da persona que ostentava no cinema, Campion mais provocou estranheza com sua história de crime e desamor do que simpatia.
Em 2006, já sem alimentar expectativas com seu trabalho realizou um pequeno filme inglês, The water diary, que não chegou a ter distribuição em circuito (permanece inédito no Brasil). Em 2007, a diretora participou do filme coletivo Cada um com seu cinema, em que diretores de várias nacionalidades realizavam curtas em homenagem a sétima arte.
Em 2009 a diretora parece ter reencontrado o sucesso e selado a paz com a critica. Brilho de uma paixão, que teve sua premiere internacional em Veneza, mostra a vida do poeta John Keats, que morreu jovem, aos 25 anos. Campion se interessa pela intensidade das paixões que moviam o poeta e a partir de sua vida, e obra, esmiuça a vida daqueles que o cercaram. O filme, e Campion, ganharam elogios rasgados de Quentin Tarantino que escreveu uma carta aberta elogiando a cineasta de quem se declarou fã. Fatos como esse mostram o momento criativo e de prosperidade que Campion atravessa. Seu mais recente trabalho, que estréia no fim do mês no Brasil, é um dos filmes cogitados para o próximo Oscar. Vale lembrar que Campion guarda boas lembranças de seu último encontro com o careca dourado. Se servir como paramêtro, Brilho de uma paixão marca nova colaboração de Campion com uma atriz australiana, a bela e talentosa Abbie Cornish, também ela, nome quente para o próximo Oscar.
Oscar, Austrália, feminilidade e liberdade são assuntos que Jane Campion incorporou com sobriedade e leveza a seu dicionário particular. Em março de 2010, talvez ela acrescente mais alguns verbetes a essa história já tão rica.
A seguir confira a diretora comentando sobre seu mais recente trabalho e como a inspiração surgiu. O video não tem legendas. É bom para praticar o inglês.
A neozelandesa Jane Campion, nascida em Wellington, mora atualmente na Austrália, onde começou sua carreira no cinema. Foi na Austrália também que se formou em antropologia. E é valendo-se dessa sua formação que Jane Campion realiza seus filmes. A roteirista e diretora de 55 anos começou sua carreira no cinema no inicio dos anos 80, quando frequentava a Escola da Cinema e Televisão na Austrália. O que era curiosidade e hobby, logo se tornaria profissão. Seu primeiro curta metragem, ainda como ingressa da Escola de Cinema, Peel de 1982, ganharia a Palma de ouro em Cannes na categoria de curtas. Uma estréia arrasadora que motivou Jane a seguir em frente.
Seguiram-se trabalhos de menor expressão, mas que possibilitaram que Jane Campion se solidificasse naquele ofício que outrora lhe parecera inusitado . Assim, em um espaço de 5 anos ela lançou 6 filmes, quase que em ritmo industrial. Em comum filmes como Two friends (1986), Passionless moments (1983), A girl´s own story (1984) e Sweetie (1989) tinham o olhar voltado para o universo feminino. Característica que pauta o cinema de Jane Campion e que foi reconhecido em 1990 quando a diretora recebeu o prêmio especial do júri por seu trabalho em Um anjo em minha mesa.
Contudo, o auge estaria por vir. Por seu próximo trabalho, O piano (1993), Jane Campion experimentaria a glória. E em muitos países. Venceu a Palma de Ouro em Cannes, dessa vez na competição principal, venceu prêmios como o César de filme estrangeiro, o Australian film festival e outros prêmios como o Bafta e o Oscar de roteiro. Alias foi no Oscar que O piano fez mais barulho. Além do prêmio de roteiro original para Campion, da indicação para melhor filme, a diretora tornou-se a segunda mulher a ser indicada na categoria de melhor direção. Até hoje, além de Campion,apenas outras duas diretoras obtiveram tal distinção. Sofia Coppola por Encontros e desencontros (2003) e Lina Wertmüller por Seven beauties (1975). O filme rendeu ainda os Oscars de melhor atriz para Holly Hunter e de atriz coadjuvante para, a então criança, Anna Paquin, hoje a intérprete de Sookie Stackhouse em True Blood.
A glória tem seus percalços e Jane Campion os conheceu. Entre O piano e seu próximo trabalho, Retrato de uma mulher (1996), passaram-se três anos. O filme, bastante aguardado pela critica e pela comunidade artística não foi muito bem recebido. Também não foi bem recebido o seu trabalho seguinte, o drama existencial Fogo sagrado (1999), estrelado por Kate Winslet. Como curiosidade, esse foi o primeiro filme de Campion, em que a protagonista do filme não era australiana.
Em Carne viva (2003) foi mais um revés na carreira da cineasta. Ao trazer Meg Ryan em um papel completamente diferente da persona que ostentava no cinema, Campion mais provocou estranheza com sua história de crime e desamor do que simpatia.
Em 2006, já sem alimentar expectativas com seu trabalho realizou um pequeno filme inglês, The water diary, que não chegou a ter distribuição em circuito (permanece inédito no Brasil). Em 2007, a diretora participou do filme coletivo Cada um com seu cinema, em que diretores de várias nacionalidades realizavam curtas em homenagem a sétima arte.
Em 2009 a diretora parece ter reencontrado o sucesso e selado a paz com a critica. Brilho de uma paixão, que teve sua premiere internacional em Veneza, mostra a vida do poeta John Keats, que morreu jovem, aos 25 anos. Campion se interessa pela intensidade das paixões que moviam o poeta e a partir de sua vida, e obra, esmiuça a vida daqueles que o cercaram. O filme, e Campion, ganharam elogios rasgados de Quentin Tarantino que escreveu uma carta aberta elogiando a cineasta de quem se declarou fã. Fatos como esse mostram o momento criativo e de prosperidade que Campion atravessa. Seu mais recente trabalho, que estréia no fim do mês no Brasil, é um dos filmes cogitados para o próximo Oscar. Vale lembrar que Campion guarda boas lembranças de seu último encontro com o careca dourado. Se servir como paramêtro, Brilho de uma paixão marca nova colaboração de Campion com uma atriz australiana, a bela e talentosa Abbie Cornish, também ela, nome quente para o próximo Oscar.
Oscar, Austrália, feminilidade e liberdade são assuntos que Jane Campion incorporou com sobriedade e leveza a seu dicionário particular. Em março de 2010, talvez ela acrescente mais alguns verbetes a essa história já tão rica.
A seguir confira a diretora comentando sobre seu mais recente trabalho e como a inspiração surgiu. O video não tem legendas. É bom para praticar o inglês.
Acho-a competente, apesar de não ter visto sua obra principal, "O Piano", mas estou louquinha para assistir "Brilho de Uma Paixão"
ResponderExcluirBeijos! ;)
Jane Campion tem com esse filme a chance de provar sua competência.Afinal de contas, apenas O piano foi esse supra-sumo todo. Retrato de uma mulher é no áximo mediano, assim como Um anjo em minha mesa. Em carne viva é ruim. Enfim, suas intenções são boas, mas ela geralement fica nisso mesmo. Tb estou ansioso por Brilho de uma paixão. Cruzemos os dedos.
ResponderExcluirBeijos