O slogan de 2012 é dos mais perturbadores. Como os governos do mundo nos protegeriam do fim do mundo? No próprio trailer surge a resposta. Eles não fariam isso. A curiosidade mórbida que move platéias do mundo inteiro é uma espécie de elixir para o diretor alemão Roland Emmerich. Seus filmes, embora mais respeitados pela critica do que os do americano Michael Bay, sempre se esmeram nos efeitos especiais. Além do mais, em comum, eles (os filmes de Emmerich) tem o mote da destruição do mundo. São seus Independency day, o remake americano de Godzilla e O dia depois de amanhã. Em 2012, Emmerich que também colaborou no roteiro, novamente recorre a razões cientificas para “imaginar” o fim do mundo. Embora a previsão maia seja aventada, ela pouco repercute na produção que procura justificativas geológicas e físicas para a catástrofe da vez. O expediente já fora adotado, com mais vigor e ressonância, pelo diretor em O dia depois de amanhã.
2012 traz um apocalipse de fato. Mas o fim do mundo engendrado pelo diretor alemão não é sério. É uma boa sessão de cinema para ser degustada com pipoca e refrigerante. A seguir a critica do filme:
Estamos preparados para o fim?
É difícil analisar um filme que muito pouco propõe além de diversão rasa e 2 horas e meia de abstração dentro de uma sala de cinema. 2012 ( EUA 2009) é entretenimento feito nesses moldes. Você não precisa pensar a respeito, basta curtir a jornada. A destruição orquestrada por Roland Emmerich tem como base a previsão dos maias (civilização pré-colombiana), de que o mundo acabaria em 2012, pois seria nesse ano que findaria o calendário daquela civilização. Em 2012, o filme, tal qual em O dia depois de amanhã, Emmerich aproxima-se da ciência, ou de uma representação bastante eloquente, para dar vazão a história que conta. Chiwetel Ejiofor vive um geólogo que descobre a data de validade do mundo. Cabe a ele orquestrar, sob supervisão do governo dos EUA, um plano para garantir a sobrevivência da espécie - uma vez que não há como impedir o que está por vir. Paralelamente aos eventos “oficiais” acompanhamos o escritor de ficção vivido por John Cusack que tenta sem muito sucesso ser um bom modelo para seus filhos. Enquanto o mundo ruí, Cusack vai se acertando com sua família.
2012 é um triunfo do ponto de vista técnico. Suas imagens são de fato impressionantes. Muitas, inclusive, tem no fato de impressionar o único objetivo. Emmerich conduz sua história de maneira previsível e salutar, ou seja, 2012 não esconde de ninguém seus propósitos ou limitações. Quem estiver disposto a se aventurar nesse espetáculo apocalíptico irá se divertir a valer. Nada mais do que isso. De resto estão lá a ode a família americana, a nobreza associada a liturgia do cargo de presidente americano, o profeta fanático, o bom samaritano, as crianças pentelhas e a mesma predisposição em eliminar sumariamente personagens que embargam um final tipicamente hollywoodiano.
O curioso é que o fim do mundo não é o fim. Como nunca foi. Nem no cinema de Emmerich nem em nenhum outro filme. O que nos leva a indagação, estamos realmente preparados para o fim do mundo? Iríamos ver um filme que renegasse a esperança? Esse ano ainda teremos o filme pós-apocalíptico A estrada. Mas ainda nele há esperança. Há luta pela sobrevivência. Há vida. O fim do mundo no cinema de Hollywood é sempre o inicio de alguma coisa. No caso de 2012, um grande faturamento nas bilheterias.
Pilulas do fim do mundo
Danny Glover faz pose de Obama
Morgan Lilly é tão fofa que ofusca a bela Amanda Peet
Idiomas do fim do mundo
O português do Brasil, pôde ser ouvido em 2012 na ocasião da destruição do Cristo Redentor, imagem bem menos apoteótica do que o cartaz do filme sugeria. Há, porém, outros idiomas em 2012. Rapidamente há troca de diálogos em francês, chinês, árabe e russo.
Apóstolos do fim do mundo
Eles estão representados em 2012 com a devida fidelidade na figura de Charlie Frost (Woody Harrelson). A genialidade, a loucura e a fé desses tão proeminentes arquétipos da sociedade servem a 2012 como um alivio cômico dos mais vitaminados. Exagerar é preciso e Emmerich soube capitalizar bem em cima da sempre fanfarrona persona de Harrelson.
2012 traz um apocalipse de fato. Mas o fim do mundo engendrado pelo diretor alemão não é sério. É uma boa sessão de cinema para ser degustada com pipoca e refrigerante. A seguir a critica do filme:
Estamos preparados para o fim?
É difícil analisar um filme que muito pouco propõe além de diversão rasa e 2 horas e meia de abstração dentro de uma sala de cinema. 2012 ( EUA 2009) é entretenimento feito nesses moldes. Você não precisa pensar a respeito, basta curtir a jornada. A destruição orquestrada por Roland Emmerich tem como base a previsão dos maias (civilização pré-colombiana), de que o mundo acabaria em 2012, pois seria nesse ano que findaria o calendário daquela civilização. Em 2012, o filme, tal qual em O dia depois de amanhã, Emmerich aproxima-se da ciência, ou de uma representação bastante eloquente, para dar vazão a história que conta. Chiwetel Ejiofor vive um geólogo que descobre a data de validade do mundo. Cabe a ele orquestrar, sob supervisão do governo dos EUA, um plano para garantir a sobrevivência da espécie - uma vez que não há como impedir o que está por vir. Paralelamente aos eventos “oficiais” acompanhamos o escritor de ficção vivido por John Cusack que tenta sem muito sucesso ser um bom modelo para seus filhos. Enquanto o mundo ruí, Cusack vai se acertando com sua família.
2012 é um triunfo do ponto de vista técnico. Suas imagens são de fato impressionantes. Muitas, inclusive, tem no fato de impressionar o único objetivo. Emmerich conduz sua história de maneira previsível e salutar, ou seja, 2012 não esconde de ninguém seus propósitos ou limitações. Quem estiver disposto a se aventurar nesse espetáculo apocalíptico irá se divertir a valer. Nada mais do que isso. De resto estão lá a ode a família americana, a nobreza associada a liturgia do cargo de presidente americano, o profeta fanático, o bom samaritano, as crianças pentelhas e a mesma predisposição em eliminar sumariamente personagens que embargam um final tipicamente hollywoodiano.
O curioso é que o fim do mundo não é o fim. Como nunca foi. Nem no cinema de Emmerich nem em nenhum outro filme. O que nos leva a indagação, estamos realmente preparados para o fim do mundo? Iríamos ver um filme que renegasse a esperança? Esse ano ainda teremos o filme pós-apocalíptico A estrada. Mas ainda nele há esperança. Há luta pela sobrevivência. Há vida. O fim do mundo no cinema de Hollywood é sempre o inicio de alguma coisa. No caso de 2012, um grande faturamento nas bilheterias.
Pilulas do fim do mundo
Black is beautiful!
Obama pode ainda não ter promovido grandes mudanças na política americana, mas no cinema, sua eleição já quebra paradigmas. Nos EUA sempre tivemos “filmes negros” feitos por e para negros, um exemplo são as fitas do diretor e ator Tyler Perry. Contudo, em 2012, um blockbuster de apelo mundial, quase todos os personagens principais são negros. Desde o presidente nobre e conciliador (mera coincidência?) até o cientista responsável pela elaboração do plano de defesa da humanidade.
Obama pode ainda não ter promovido grandes mudanças na política americana, mas no cinema, sua eleição já quebra paradigmas. Nos EUA sempre tivemos “filmes negros” feitos por e para negros, um exemplo são as fitas do diretor e ator Tyler Perry. Contudo, em 2012, um blockbuster de apelo mundial, quase todos os personagens principais são negros. Desde o presidente nobre e conciliador (mera coincidência?) até o cientista responsável pela elaboração do plano de defesa da humanidade.
Danny Glover faz pose de Obama
O triunfo da família americana
Roland Emmerich envereda pelo precedente aberto por Steven Spielberg em Guerra dos mundos e arma o espetáculo da destruição para que uma família possa se ajeitar. A família americana de classe média é o grande amuleto da humanidade para enfrentar (e superar) o fim do mundo. Quanto a isso, os maias podem ter previsto muita coisa do que se passa em 2012, mas certamente não previram o potencial terapêutico do apocalipse...
Roland Emmerich envereda pelo precedente aberto por Steven Spielberg em Guerra dos mundos e arma o espetáculo da destruição para que uma família possa se ajeitar. A família americana de classe média é o grande amuleto da humanidade para enfrentar (e superar) o fim do mundo. Quanto a isso, os maias podem ter previsto muita coisa do que se passa em 2012, mas certamente não previram o potencial terapêutico do apocalipse...
Ela é uma fofa!
A menina Morgan Lilly, que vive a filha de John Cusack no filme, é uma graça. Bonitinha, carismática e bem, isso já basta. Ela agrega fofura a um ambiente repleto de efeitos especiais e clichês. Um respiro e tanto, para quem procura qualquer outra coisa que não efeitos especiais.
A menina Morgan Lilly, que vive a filha de John Cusack no filme, é uma graça. Bonitinha, carismática e bem, isso já basta. Ela agrega fofura a um ambiente repleto de efeitos especiais e clichês. Um respiro e tanto, para quem procura qualquer outra coisa que não efeitos especiais.
Morgan Lilly é tão fofa que ofusca a bela Amanda Peet
Idiomas do fim do mundo
O português do Brasil, pôde ser ouvido em 2012 na ocasião da destruição do Cristo Redentor, imagem bem menos apoteótica do que o cartaz do filme sugeria. Há, porém, outros idiomas em 2012. Rapidamente há troca de diálogos em francês, chinês, árabe e russo.
Apostando na confiabilidade
John Cusack parece uma escolha improvável para um blockbuster do porte de 2012. Ele não faz o tipo herói. E apesar de alguns feitos heróicos durante o filme, o ator evita vestir a carapuça em seu personagem. Ele faz o pai moderno que faz de tudo para seus filhos. Desde tolerar a irritante presença do marido da ex até enfrentar meteoros para conseguir um mapa com o paradeiro de um lugar seguro. John Cusack é o tipo de cara que pode viver esse personagem.
John Cusack parece uma escolha improvável para um blockbuster do porte de 2012. Ele não faz o tipo herói. E apesar de alguns feitos heróicos durante o filme, o ator evita vestir a carapuça em seu personagem. Ele faz o pai moderno que faz de tudo para seus filhos. Desde tolerar a irritante presença do marido da ex até enfrentar meteoros para conseguir um mapa com o paradeiro de um lugar seguro. John Cusack é o tipo de cara que pode viver esse personagem.
Run, John, run!
Apóstolos do fim do mundo
Eles estão representados em 2012 com a devida fidelidade na figura de Charlie Frost (Woody Harrelson). A genialidade, a loucura e a fé desses tão proeminentes arquétipos da sociedade servem a 2012 como um alivio cômico dos mais vitaminados. Exagerar é preciso e Emmerich soube capitalizar bem em cima da sempre fanfarrona persona de Harrelson.
Ele não quer parar!
O diretor Roland Emmerich declarou a MTV americana que já está pensando em Independency day 2 e 3. O diretor falou que o filme se passaria doze ou treze anos depois dos eventos do primeiro filme e que Will Smith estaria de volta. O diretor condicionou os próximos filme no entanto, ao retorno financeiro de 2012. Esperto ele, hã?
eu curti o 2012...mas de acordo com os tablóides americanos o emmerich disse que depois desse ele ia se aposentar das catástrofes e fazer coisas mais calmas..hehe!!
ResponderExcluirabraços!!
Fala garoto! Tb curti o 2012. Mas o Emmerich tá escondendo o jogo. Como eu disse na nota ali em cima, ele já declarou que a continuidade de independency day depende da bilheteria desse 2012. A julgar pelos números preliminares... o mundo não vai ter paz.
ResponderExcluirabração!
Carioca! Sabe que para mim 2012 não teve só essa conotação de entreternimento? Pois é, saí da sala de cinema com uma preocupação a mais em cuidar do meio ambiente... Enfim! Saudades!
ResponderExcluirBeijos