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quinta-feira, 20 de março de 2014

Crítica - Sem escalas

Entre o filmão e o filminho

Sem escalas (Non stop, EUA 2014), nova empreitada de Liam Neeson no cinema de ação, é aquele tipo de filme que trafega entre dois tipos muito distintos de entretenimento cinematográfico. Aquele que pretende apenas segurar o espectador boas duas horas de sessão na cadeira e aquele que assim pretende fazer, mas contando uma boa história e muito bem amarrada.
Dirigido por Jaume Collet-Serra, um artesão do gênero que já havia trabalhado com Neeson em Desconhecido (2011), e produzido por Joe Silver – o rei dos filmes B que de vez em quando emplaca produções A, Sem escalas se beneficia dessa bifurcação. Não é um filme tão sério quanto a tensão ininterrupta que fabrica faz crer e não é tão tolo quanto algumas reviravoltas forçadas sugerem.
Neeson em ação: sempre bom de se ver
É um filme esperto sobre a paranoia americana e que não se avexa de incorporar o espírito de filme B quando a engenhosidade de sua trama começa a parecer viagem demais. Preserva o pedigree com toda a sofisticação que só Neeson pode trazer à sua versão de Steven Seagal  e se veste de filme menor para se desvencilhar de críticas desarranjadas. É uma solução inteligente e que ajuda a entender porque em pouco mais de duas semanas a produção de U$ 50 milhões já ultrapassou os U$ 130 milhões ao redor do mundo.
Liam Neeson faz um agente federal aéreo que acompanha a tripulação em voos internacionais que chegam e partem dos EUA. Em um desses voos, como entrega o trailer que antecipa toda a trama (como muitos trailers atuais, aliás), um passageiro ameaça matar um passageiro a cada 20 minutos se U$ 150 milhões não forem transferidos para uma conta que está no nome do agente vivido por Neeson. O fôlego do filme se concentra, portanto, em fazer a plateia duvidar da sanidade do personagem enquanto testemunha seus esforços para salvar o avião e todos a bordo do que aparenta ser menos um atentado terrorista e mais um ataque a sua pessoa.
Com coadjuvantes de luxo como Julianne Moore, a recentemente oscarizada Lupita Nyong´o e o ascendente Corey Stoll, Sem escalas entrega o que promete.  Ação e tensão em doses cavalares e algum sentido. No fim, a conta fecha no azul. 

5 comentários:

  1. Gosto desse lado surpreendente do Liam Neeson como ator de filmes de ação. Acho que ele tem credibilidade suficiente para fazer a gente cair na onda desses filmes com roteiros estapafúrdios. Apesar disso, ainda não tive tempo de conferir "Sem Escalas".

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  2. Liam Neeson é o cara e é "Sem escalas" é um filme bacanão!
    bjs

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  3. ok, entrega o que promete e a conta fica no azul, rs. Mas, eu me incomodei com a resolução, achei forçado o motivo de tudo aquilo e pesaram na mão na parte final, como o excesso de drama da garotinha por exemplo. De qualquer maneira, é um filme acima da média.

    bjs

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    Respostas
    1. Drama da garotinha ? Tá maluca ? Avião sequestrado, com uma bomba prestes a explodir, e a criança estava fazendo drama?

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  4. Amanda: rsrs. Isso tb me incomodou Amanda. Pois é, se ainda fosse a ex-mulher dele, né? rsrs. O drama com a garotinha já não me incomodou tanto... Desde a cena inicial em que ele a convence a entrar no avião me parecia consignado de que aquela história ainda não havia terminado... se é q vc me entende!
    Bjao

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